O Projeto Multidisciplinar III
Por: amandanunnes17 • 4/11/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 2.458 Palavras (10 Páginas) • 242 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA- UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Polo Nova Andradina-MS
Pedagogia
Amanda Lima de Oliveira RA: 1299113692
Camila de Novaes Correa da Silva RA: 9978022159
Cynthia Antônia Manganelli Amaro RA: 8314770430
Gleid Eliana Delgado da Costa RA: 1709140155
Simone Schadeck Moraes RA: 378914
PROJETO MULTIDISCIPLINAR III
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Prof. Gilse T. Lazzari Perosa
Nova Andradina-MS
Maio/2015
RESENHA DOS TEXTOS
Nos textos estudados entende-se que projeto não é apenas um plano de trabalho ou um conjunto de atividades bem organizadas, mas vem acompanhado de muitos estudos e análises sobre a melhor maneira de trabalhar e cumprir o currículo, de forma que os alunos sejam preparados para enfrentar os desafios do nosso século XXI. A ideia que é aprofundada é a de que o trabalho de uma escola não se reduz a uma grade curricular, a uma junção de disciplinas, mas há que se pensar nas dimensões, as perspectivas políticas, estéticas, afetivas e tecnológicas, para que o saber tenha significado de valores humanos.
Vivemos em uma sociedade que respira informação, constantemente bombardeados por rádios, TVs, jornais, revistas, celulares, internet, que são renovadas no dia seguinte, mostrando que é impossível saber tudo. Essa necessidade de conhecer, e o não saber mostra que os conhecimentos básicos e fundamentais, como ler e escrever, e o desenvolvimento de competências, habilidades e conhecimentos inespecíficos devem estar muito bem arraigados, para que se possa saber filtrar e criticar tanta informação que circula.
Se os fatos do mundo são transdisciplinares é imprescindível que a escola ensine a trabalhar em grupo, a agir sinergicamente com o outro, multiplicando os conhecimentos para um bem comum, negociando e ampliando os espaços de participação, de forma inovadora e criativa, procurando propor o que ninguém pensou ainda. Mas somente a criatividade e vontade de inovar não são suficientes para o mundo educacional, e a maioria das atividades criativas que se vê atualmente nas escolas é feita através dos projetos.
Esta prática tem sido usada como uma estratégia de ensino, que te um formato mais ágil e participativo dos professores, ao lado dos alunos, que por muito tempo têm sido cobrados a ler, decorar, interpretar, cumprir prazos e tarefas, onde se espera que seus pensamentos sejam iguais aos dos autores famosos. Muito pouco se aproveita do que os alunos fazem, mas atribuem nota a sua capacidade de imitar e repetir os pensamentos dos autores, dos livros, dos mestres. Porém, ao praticar para aprender tudo se torna mais fácil, pois é o modo natural, intuitivo, a criança aprende pela experimentação ativa do mundo. Muitas vezes a metodologia faz com que o aluno não tenha outra alternativa, que a de pensar de um só modo, em situações em que a criatividade é esquecida.
Os projetos têm se mostrado a forma mais organizativa e viável de fugir das limitações curriculares, saindo das aulas expositivas e passivas, pois juntam Matemática com a Biologia, a Química com a História, o Português com a formação de uma identidade cultural, sempre de forma ativa, criativa que exige a participação de todos, a terminam por produzir fatos sociais, e a troca informações vai construindo o conhecimento. Assim, o elemento principal na criação e aplicação de um projeto é a coragem de romper com as limitações do cotidiano, convidando os alunos à reflexão sobre questões importantes da vida real, da sociedade em que vivem.
Entende-se assim, que ensinar com uso de projetos é uma forma de conceber educação que envolve o aluno, o professor, os recursos disponíveis, inclusive as novas tecnologias, e todas as interações que se estabelecem nesse ambiente, denominado ambiente de aprendizagem, um ambiente que serve para propiciar a interação entre todos os seus elementos, incentivando a autonomia do aluno e a construção de conhecimentos de distintas áreas do saber, por meio da busca de informações significativas para a compreensão, representação e resolução de uma situação-problema.
O ensino com projetos motiva a escola a ser capaz de atender às demandas da sociedade; considerar as expectativas, potencialidades e necessidades dos alunos; dar espaço para que professores e alunos tenham autonomia para desenvolver o processo de aprendizagem de forma cooperativa; desenvolver as capacidades de trabalhar em equipe, tomar decisões, comunicar-se com desenvoltura, formular e resolver problemas relacionados com situações contextuais; desenvolver a habilidade de reconstruir o conhecimento, integrando conteúdos e habilidades a partir de conceitos, estratégias, crenças e valores; fazer uso das novas, incentivando uma nova cultura do aprendizado por meio da criação de ambientes que privilegiem a construção do conhecimento e a comunicação.
Ao professor propor seus projetos deve abranger também alguns desafios, como lidar com ambiguidades, soluções provisórias, variáveis e conteúdos não identificáveis, e precisa se preparar para ser flexível, revendo e adaptando os planos durante a execução.
Para a realização de um projeto é necessário pensar em cada passo, de forma que não é o professor quem planeja para os alunos executarem, mas ambos são parceiros e sujeitos de aprendizagem, cada um atuando segundo o seu papel e nível de desenvolvimento, com as questões de investigação, suas dúvidas, curiosidades e indagações e, a partir de seus conhecimentos prévios, valores, crenças, interesses e experiências, e vão interagir com os objetos de conhecimento, para explorar e fazer descobertas, até a apropriação de novos conhecimentos.
O professor, por sua vez, vai incentivar seus alunos a formular os questionamentos, ao mesmo tempo em que o ajuda a articular informações com conhecimentos anteriormente adquiridos e a gerenciar o seu desenvolvimento, atuando como consultor, articulador, mediador, orientador, especialista e facilitador do processo em desenvolvimento pelo aluno.
Segundo Fazenda (1994) a interdisciplinaridade caracteriza-se pela articulação entre teorias, conceitos e ideias, em constante diálogo entre si, um exercício de conhecimento: o perguntar e o duvidar, fazendo com que as disciplinas sejam trabalhadas de maneira recíproca, pois induz a um aprofundamento vertical na identidade de cada disciplina, sem que haja a fragmentação de cada uma delas no processo.
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