O SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Por: Andréa Nascimento • 26/9/2021 • Projeto de pesquisa • 7.894 Palavras (32 Páginas) • 154 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
HISTÓRIA – 4º FLEX e 5º SEMESTRE
Alexandra roberta brito da silva barros
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II –
4º FLEX e 5º SEMESTRES (REGULAR) – OBSERVAÇÃO
E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
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Macapá-AP
2017
Alexandra roberta brito da silva barros
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO –
4º FLEX E 5º SEMESTRES (REGULAR) – OBSERVAÇÃO
E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL.
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Estágio Curricular Obrigatório II – 4º Flex e 5º Semestres (regular) - 150 horas
Orientador: Profa. Carla Patrícia Dias Rocha
Orientador: Prof. José Maria Ferreira dos Santos
Tutor a distancia: Aline Vanessa Locastre
Tutor presencial: Wanne Danielle Pinto Farias
Pólo de Apoio Presencial: Macapá-II- AP
Macapá
2017
1- ESTUDO DE ARTIGO
Memória e História em livros didáticos de História: o PNLD em perspectiva
Memória e contemporaneidade
A memória foi tida por muito tempo como base para compreensão de fenômenos políticos e sociais que vivenciamos na contemporaneidade. Contudo hoje percebe-se que a memória vai muito além desta concepção, o texto nos impulsiona a construção do saber histórico e dos sentidos de continuidade da vida. A memória portanto está ligada as nossas vidas cotidianas, ao conversarmos com alguém, ler um e-mail, ouvir uma música tudo nos remete a lembrar de algo na qual guardamos por considerar importante (ALMEIDA e MIRANDA, 2012).
Para ALMEIDA e MIRANDA (2012), estamos vivendo em uma sociedade que cresce e produz história seja ela oral ou escrita, e a memória é uma forma viva de se manter e guardar a história, pois permite que seja passada de geração em geração, um exemplo disso é a memória afro-brasileira que por muito tempo teve sua história escondida e depois de muito tempo o governo traz a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro brasileira e indígena nas escolas como uma forma de resgatar esse conhecimento.
Segundo os autores a ditadura militar e as guerras civis são fatos históricos que por muito tempo não tiveram suas histórias conhecidas do público geral e dos alunos das escolas, desta feita agora passaram a ser pesquisadas e abordadas. Surgem então questionamentos como por exemplo: quem foram as pessoas que participaram, quem foram os culpados, quem não aparecem nos relatos históricos e qual era sua importância para o fato.
Quanto a forma de trabalhar esse conhecimento nas escolas especialmente em sala de aula, nessa nova abordagem histórica o texto nos relata que o professor utiliza um método diferenciado ao invés de somente passar o assunto ele instiga o aluno a pesquisar e construir seu próprio conhecimento, partindo do seu entendimento e ideia de pertencimento sobre os conceitos históricos.
A escola, e especialmente o ensino de História como campo de saber onde tais questões normalmente são atribuídas como de sua responsabilidade, é profundamente afetada pelos efeitos desse debate, a Memória em suas operações de lembranças e esquecimento consiste em pensar ações inteligíveis que fazem parte do cotidiano dos alunos e orientam seu estar no mundo e que, por essa razão, dizem respeito diretamente ao que pode ser mobilizado como porta de acesso ao saber histórico e ao conhecimento das mudanças e permanências no tempo.
Almeida e Miranda (2012) reforçam que temos que entender e conhecer melhor a ligação entre a história e a memória uma vez que dentro da sala de aula o professor necessita delas para se fazer entender quanto ao conteúdo, antes a história era tida como uma matéria para se decorar e de caráter linear, porem hoje entendemos que a história é repleta de lacunas, e com a ajuda da memória podemos em alguns casos “preencher algumas destas lacunas”.
Segundo o texto a dimensão política não pode ser desconsiderada, já que memória é vida e atravessa a existência humana conferindo-lhe significação, sentido, afetividade. Afinal, é intrínseca à condição humana a busca de formas de localização no tempo e no espaço, sobretudo como forma de nos entendermos enquanto sujeitos dentro de um grupo específico e em relação a outros grupos em diferentes temporalidades.
Por intermédio das práticas de Memória se fortalecem as condições necessárias à formação de uma orientação básica no tempo ALMEIDA e MIRANDA (2012). Essa habilidade está vinculada a nossa capacidade de estabelecer diálogos com o passado e com o futuro, sendo o tempo presente o lugar de construção dessa inteligibilidade. Por meio das operações de Memória, com toda sua dinâmica de lembranças e esquecimentos, se torna possível avançar num tempo anterior ao de nossa existência e projetar ações para o futuro.
[...] porque é afetiva e mágica, a memória não se acomoda a detalhes que a confortam, ela se alimenta de lembranças vagas, telescópicas, globais ou flutuantes, particulares ou simbólicas, sensível a todas as transferências, cenas, censuras ou projeções (NORA, 1993, p. 9) apud (ALMEIDA e MIRANDA, 2012). .
O livro didático de História, nesse contexto, assume lugar de grande relevância no ensino de História em nosso país, já que o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) situa-se entre os maiores programas de distribuição de livros didáticos do mundo, proporcionando, assim, profundos impactos no sistema de ensino e no mercado editorial brasileiro.
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