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O Surgimento Do Trotskismo No Brasil

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Por:   •  25/10/2014  •  815 Palavras (4 Páginas)  •  409 Visualizações

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O surgimento do trotskismo no Brasil

O trotskismo brasileiro surge no final da década de 1920, principalmente como parte da luta internacional da Oposição de Esquerda dirigida por Trotski, a qual é trazida para o Brasil, da Europa, pelo mais brilhante quadro intelectual do PCB no momento, o jovem Mário Pedrosa. Era, ao mesmo tempo, como em vários outros países, uma resposta ao descaminho da direção do PCB. Com ele, racha toda uma ala da juventude do PCB.

Pouco depois, as fileiras trotskistas terão um ganho importante; a adesão de vários integrantes da chamada Oposição Sindical, entre eles do gráfico João da Costa Pimenta, um dos fundadores do Partido Comunista e que havia estado na liderança das principais lutas operárias do período, devido à política verdadeiramente provocadora dos stalinistas em relação aos sindicatos.

Em maio de 1930, surge no Rio de Janeiro o jornal A Luta de Classe, do grupo que seria conhecido inicialmente como Grupo Comunista Lênin. Em fins de 1930, os trotskistas, embora em número reduzido, contando com cerca de 50 militantes, passaram a controlar a União dos Trabalhadores Gráficos, de São Paulo. Em 1931, após os acontecimentos de outubro de 1930, que colocaram um fim à República Velha, Mário Pedrosa e o jornalista Lívio Xavier mudam-se para São Paulo para escapar da perseguição na capital, fundam a “Liga Comunista: Oposição Leninista do PC do Brasil”, vinculando-se á Oposição Internacional e lançando o Boletim da Oposição.

Rapidamente, no entanto, a situação política em São Paulo, que permitia até o momento uma maior liberdade de atuação, começou a se fechar. O interventor de São Paulo, João Alberto, cerceou o direito de greve, o direito de associação, censurou a imprensa e prendeu diversos militantes operários.

Após a Revolução de 1930, uma das primeiras medidas de Getúlio Vargas foi a criação do Ministério do Trabalho e a Lei de Sindicalização, buscando colocar os sindicatos e a classe operária sob o controle da burguesia nacionalista.

O fracasso deste propósito político fundamental, juntamente com outras contradições que o regime burguês não conseguia resolver, desembocará no Estado Novo em 1937.

Em 1932, o governo de Getúlio Vargas promulga uma série de leis trabalhistas como parte do mesmo objetivo. No entanto, a partir deste ano fica claro para a burguesia que está em marcha uma segunda revolução, com uma polarização cada vez maior entre a classe operária e a burguesia.

Em resposta a esta situação surge a Ação Integralista Brasileira, organização fascista, impulsionada e financiada pela burguesia, que terá um grande crescimento até 1934. O crescimento do fascismo era a reação inconfundível ao crescimento da revolução proletária.

Em 1934, o PCB e os anarquistas criam cada qual seus comitês antifascistas para combater os integralistas. Os trotskistas, seguindo a orientação da Oposição de Esquerda de Leon Trotski, propõem a formação de uma Frente Única Operária para combater o fascismo, formada efetivamente em 1933. Em 7 outubro, quando os integralistas preparam uma enorme manifestação, onde jurariam fidelidade a Plínio Salgado, uma ampla frente anti-fascista, na qual os trotskistas assumem a dianteira, para impedir

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