O TRADICIONAL E A ESSÊNCIA
Por: Cleuminha • 3/5/2018 • Resenha • 952 Palavras (4 Páginas) • 152 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO- UFMA/NEAD
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO II
O TRADICIONAL E A ESSÊNCIA
Açailândia, 2018
CLEUMA SOUSA DE OLIVEIRA
O TRADICIONAL E A ESSÊNCIA
Trabalho apresentado como requisito parcial
para obtenção de nota do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia UFMA/NEAD.
Prof(a). Manoel da Conceição Silva da Disciplina de Filosofia da Educação II
Açailândia, 2018
No sentido amplo da palavra, humanismo significa valorizar o ser humano e sua condição acima de tudo, foi um movimento que teve inicio no século XIV, ele tinha como enfoque o homem como centro do interesse.
A concepção humanista, em sua versões tradicionais centradas em uma visão essencialista do homem ou modernas fundamentada na filosofia da existência, consubstancia-se com a Pedagogia liberal apresentando-se com um instrumento de luta da burguesia contra o sistemas de privilégios característicos do feudalismo.
Pedagogia conhecida como autoritária, onde o professor é o guia e tem autoridade e o conhecimento é a norma, o educando é entendido como a criatura de cabeça vazia que deve ser “enchida” e a Escola é um mundo fechado e a parte da sociedade.
Apesar da suposta desvinculação com a realidade, a escola tradicional encontra aspectos defensivos pois para Durkheim, o modelo não é menos importante, pois leva o educando a mais alta concepção do homem: “Educar é propor modelo, escolher modelos, conferindo-lhes uma clareza, uma perfeição , em suma, um estilo que, através da realidade do dia a dia, não será possível atingir”.(SNYDERS,op.cit.:17)
Mesmo que a escola tradicional tenha suas bases filosóficas na antiguidade clássica e se desenvolveu na idade média foi na idade moderna, com Coménio, Rousseau, Locke, Pestalozzi e Herbart que a filosofia da Essência se aprofunda e sistematiza sua influência na educação, Porém já era possível identificar os primeiros passos da filosofia da existência.
A medida que se questiona o dogmatismo medieval, a experiência humana se torna fonte de conhecimento, a vertente Religiosa da filosofia da Essência passa a ser questionada por uma vertente leiga oriunda de movimentos histórico-filosóficos tais como a Reforma Protestante e o Renascimento.
O Renascimento vem a enaltecer o homem em sua materialidade e em suas concepções imanentista, humanista e naturalista despertando um interesse pelo mundo a ser conquistado, e usufruído por meios humanos, apresentando a característica humanista do homem livre de si mesmo, dominador da natureza e Senhor do mundo.
Os séculos XVI e XVII assistem à emergência da burguesia como grupo social, revolucionando o mundo, e essa revolução refletem na circulação de idéias impulsionando o surgimento da REFORMA, originando uma religião laica impactando a igreja católica derrotando seu predomínio político e ideológico e contribuindo para enfraquecimento do feudalismo.
Lutero esboça os primeiros alertas em relação à necessidade de democratização da educação, pois a necessidade de publicilização do ensino estava em consonância com a principal tese da Reforma. O pensamento dos educadores protestantes inseria-se no contexto de uma nova concepção de mundo e de educação. Um dos principais representantes foi Comênio com sua “Didática Magna”
Em quase todo continente europeu, as escolas atendiam aos filhos dos burgueses e da pequena nobreza, enquanto nos países católicos o ensino continuava nas mãos das ordens religiosas, em especial dos Jesuítas, já os países adeptos do protestantismo deram maior participação do Estado na educação.
A pedagogia da essência tem sua continuidade no século VIII, com ROUSSEAU que como Comênio, utiliza a noção de natureza da criança. Entre tanto é possível perceber indícios da Pedagogia da existência no seu pensamento educacional, pois a criança é vista em sua vida empírica e a educação deve se deixar guiar pela natureza.
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