O USO DAS TECNOLOGIAS E MÍDIAS DIGITAIS COMO AUXÍLIO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DURANTE A PANDEMIA
Por: willian.mourao • 16/10/2022 • Artigo • 3.745 Palavras (15 Páginas) • 147 Visualizações
O USO DAS TECNOLOGIAS E MÍDIAS DIGITAIS COMO AUXÍLIO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DURANTE A PANDEMIA
Rosicleia Augusto da Silva[1]
RESUMO
O presente artigo trata das dificuldades da educação inclusiva durante a pandemia causada pelo coronavírus. O objetivo deste artigo é relatar através de pesquisas, os desafios do ensino brasileiro no âmbito da educação inclusiva e como a tecnologia tem sido ferramenta fundamental no desenvolvimento das atividades pedagógicas, apesar da baixa adesão a inclusão digital dos alunos, devido a falta de investimento no país, mostrando a realidade das práticas pedagógicas do educador e dos alunos, bem como da comunidade em que fazem parte. Os resultados demonstram o quanto estamos distantes de uma educação inclusiva de qualidade e que a pandemia deixou ainda mais evidente que é preciso investir em politicas públicas que incluam todos aqueles que não tem acesso à informação e não torne ainda mais distante a desigualdade no ensino no Brasil. Conclui-se que o ensino educacional está em um momento de reflexão e desenvolvimento para a inclusão de uma educação acessível a todos.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão Digital. Educação Inclusiva. Tecnologia
INTRODUÇÃO
Antes da pandemia, o Brasil já era um país bastante desigual em relação a educação e ao acesso à tecnologia e mídias digitais, seja no âmbito geral, quanto no campo educacional, com a crise que foi estabelecida por causa da pandemia, as escolas passaram a vivenciar uma situação em que sua organização teve de ser reestruturada, enquanto os alunos tiveram que se adequar a uma nova realidade à da educação remota, os professores tiveram que adaptar seu trabalho para atender os requisitos atuais. Sem familiaridade suficiente com os recursos tecnológicos utilizados no nesta modalidade de ensino a distância, os professores da educação básica precisavam se acostumar com essas ferramentas muitas vezes por conta própria.
Diante desse cenário, vários obstáculos e desafios surgiram e muitas desigualdades foram ainda mais destacadas. No Brasil, o agravamento foi ainda mais evidente por situações relacionadas a políticas sociais, uma vez que o país já vivia uma crise econômica, contingências problemas na educação.
No contexto da educação inclusiva, o planejamento das escolas para trabalhar com as atividades remotas foi atribuído sem apoio do governo, partindo de um processo coletivo, que envolveu entidades escolares, instituições, organizações, universidades, movimentos sociais e indivíduos. Os conhecimentos, materiais e práticas de ensino foram compartilhados a serviço do acesso à educação, muitos processos foram necessários, para que os alunos continuassem com a aprendizagem e atividades de ensino durante o isolamento.
As avaliações foram fundamentais para analisar a participação e o desenvolvimento dos alunos, mas nessa readaptação do ensino foi necessário flexibilizá-las, abrindo mão de alguns elementos para manter o aluno na base e em continuidade com o futuro retorno.
Portanto, este trabalho tem como objetivo ilustrar os principais desafios e barreiras para a obtenção de educação no Brasil no contexto da pandemia, e apresentar as experiências e as possibilidades de exercício efetivo do direito à educação durante o COVID-19. Como reflexão e perspectiva sobre a inclusão digital em nosso país, as pessoas que mais precisam de ajuda podem obter os meios adequados no processo educacional contemporâneo.
AS DIFICULDADES DO USO DAS TECNOLOGIAS E MIDIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DURANTE A PANDEMIA
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os estudantes de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.
Honora e Frizanco (2008) explicam que a pessoa que apresenta deficiência intelectual tem importantes limitações em seu comportamento, que comprometem seu desempenho na vida. Elas ocorrem no comportamento adaptativo, nas habilidades conceituais, práticas, sociais. Na escola essas dificuldades transparecem na construção de conceitos e no conhecimento em geral, quando, o aluno demonstra dificuldade, principalmente quanto à percepção, generalização aprendizagem de leitura e escrita, memória, abstração.
A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicos ou culturais e crianças de outros grupos e zonas desfavorecidos ou marginalizados. (Brasil, 1997, p. 17 e 18).
O surgimento da pandemia, tornou ainda mais evidente a diferença entre aqueles que tinham maior dificuldade no aprendizado, exigindo muito mais dos educadores, que hoje precisam se reinventar e se adaptar à novas metodologias e novas tecnologias. É preciso agora estabelecer novas metas de aprendizagem para crianças que tenham diferentes níveis de aprendizado.
O principal foco agora é adequar o aprendizado com base no que é mais importante, desenvolvendo as habilidades sociais e emocionais que estão previstas na BNCC, reorganizando conteúdos e adaptando objetivos de acordo com a nova realidade educacional.
Nesse sentido a educação inclusiva tem enfrentado várias dificuldades como, a falta de recursos financeiros, materiais, humanos, e também formação adequada para as mudanças necessárias que engloba toda comunidade escolar, entre outros aspectos. Como outras modalidades de ensino, teve de se adequar e remodelar a forma como o currículo proposto é desenvolvido, e vivenciar práticas inovadoras, além de desafios, isso mostrou um trabalho colaborativo entre a escola e a família, permitindo assim o desenvolvimento continuado da educação inclusiva, até com a interrupção das atividades presenciais.
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