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O conteúdo da discussão sobre o uso da história da matemática no ensinо

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Por:   •  3/11/2014  •  Seminário  •  2.586 Palavras (11 Páginas)  •  244 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O artigo que aqui se inicia traz em seu conteúdo uma discussão sobre a utilização da historia da matemática no ensino, trata-se de um tema relevante ao professor em formação tendo em vista que a matemática, assim como qualquer outra disciplina possui argumentos/fundamentos e pressupostos históricos que norteiam seus avanços e suas técnicas. Procuraremos destacar neste artigo que a matemática não é composta somente de cálculos e de equações que em muitas vezes são reconhecidos por a maioria das pessoas como fatores abstratos e distantes da realidade de cada um.

A matemática faz parte da rotina de cada indivíduo, e é com base nesta percepção que se pretende aqui, mostrar que a contextualização de sua história na sala de aula pode ser o fator diferenciador entre a familiarização de um aluno com a disciplina ou a sua rejeição pelos princípios matemáticos que lhe são apresentados. Cabe dizer que o que se observa na atualidade é uma constante procura por praticidade, os alunos a cada dia que passa, procuram inteirar-se de conteúdos que tem aplicabilidade em seu cotidiano.

Deste modo, mostrar a história da matemática e a sua aplicabilidade no cenário mundial no decorrer do tempo, tem sido a maneira mais fácil de fazer com que alunos deixem de ver a disciplina como um monstro e passem a encará-la como algo viável, benéfico e essencial a formação de todos independente de sua área de atuação.

Com isso, determina-se que na composição deste artigo, far-se-á uso de um método de revisão bibliográfica que esclarece e reforça o conteúdo já abordado por teóricos e procura ampliar o conteúdo já existente.

No que se refere á relevância de discussão, pode-se destacar que, todas as pesquisas já destinadas ao ensino da matemática têm como função maior melhorar sistematicamente o ensino-aprendizagem da disciplina e a deteriorar a imagem de que a matemática é difícil, não é para todos.

2 CONCEITOS SOBRE A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

Para que se aborde de modo responsável sobre o uso da história da matemática no ensino, é necessário que, primeiramente se verifique de que forma a história da matemática é interpretada por historiadores e por matemáticos. De modo geral o que se observa é que a matemática tem sido ao longo dos tempos verificada por a sociedade, apenas como uma ciência que traduz em números o seu objeto de estudo, posteriormente foi-se observando e entendendo que a matemática produz dados assertivos, sobre a evolução humana, sobre a disponibilidade de recursos e sobre demais necessidades de uma comunidade.

Evolutivamente, o conceito matemático sobre praticamente tudo que compõe o mundo é certeiro, eficaz e indispensável a todos, entretanto, em uma abordagem pedagógica, o que se percebe é que, os avanços, o ensino sobre a viabilidade da matemática, a sua importância para o mundo e a sua necessidade em todas as esferas da sociedade não integram ainda o ensino regular, com isso a disciplina de matemática ganha uma feição mais inflexível, menos acolhedora e puramente exata, sem espaços para reflexões, ponderações e contextualização de sua aplicabilidade.

O resultado desta abordagem pedagógica resulta na propagação de que a matemática é difícil, não é para todos e que se pode fugir dela, tal pensamento se completa com o posicionamento de Gonçalves (2009 p. 39) que diz que:

A história da matemática já foi chamada de “matemática demais para os historiadores” e de “ histórica demais para os matemáticos”. De qualquer maneira, esse artefato cultural chamado matemática é historicizável, e a história da matemática é tão legitima como a história da sexualidade, dos hábitos à mesa ou da mídia. Entretanto, ainda não há estudos abrangentes sobre a relação entre a historiografia das ciências, do mesmo modo, não é muito clara a posição em que se coloca a historiografia da matemática. (Gonçalves 2009 p. 39).

De acordo com o entendimento de Gonçalves (2009), existe certa dificuldade de divulgação da história da matemática por parte dos historiadores devido ao fato de estes considerarem, rica demais em aspectos matemáticos. Por outro lado a rejeição de sua própria história pelos matemáticos é resultado de uma interpretação equivocada que torna a mesma extremamente rica em detalhes, e causa com isso a repulsa dos matemáticos em relação ao surgimento desta.

Desde modo observa-se a extrema necessidade de adaptação destes pontos de vista a um olhar comum que se delimita a observar primeiramente o beneficio do entendimento desta história da matemática à geração de alunos contemporânea, assim, ao se defender que aspectos históricos e matemáticos são, inerentes, essenciais e indispensáveis à integração da historia da matemática, o que se tem é um considerável aumento na adesão e na aceitação dos fatores históricos que integram a matemática.

Assim, ainda segundo Gonçalves (2009), a rejeição da história da matemática por historiadores já é um claro sinal de que a ausência de um ensino correto na formação destes historiadores acabou por formas profissionais que se assustam com elementos matemáticos, da mesma forma, a mesma ausência de elementos históricos na formação dos matemáticos, resulta em uma equivocada interpretação dos mesmos a respeito de sua própria história.

Neste ponto, Oliveira (2006), ensina que existe a imediata necessidade de que cálculos, regras e demais normas sejam contextualizadas com finalidade de que os aprendizes visualizem uma finalidade e uma aplicabilidade nestes, ao mesmo tempo em que se conscientizam que as regras e os ensinamentos que compõem o mundo matemático não surge de forma solta e sem a menor finalidade, pelo contrário, possui fundamento e está mais presente na vida de todos do que se pode imaginar.

Deste modo Oliveira (2006 p. 67) continua a mostrar seu pensamento sobre a viabilidade do ensino matemático fundamentado com fatores históricos, o autor fala que:

A matemática acende medo e aversão à maioria dos alunos, por ser considerada uma matéria de difícil compreensão. É vista também como uma disciplina destinada a poucos, e aqueles que não conseguem bons resultados na escola são vistos como impossibilitados de aprender, aumentando o numero de alunos que deixam à escola sem que esta busque alternativas para reverter esse quadro que acontece em cada período letivo. (Oliveira 2006 p. 67).

Oliveira (2006) mostra uma situação familiar a cada professor durante

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