O desenvolvimento da criança com base na contação de histórias
Artigo: O desenvolvimento da criança com base na contação de histórias. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Iltean • 8/11/2014 • Artigo • 1.771 Palavras (8 Páginas) • 523 Visualizações
O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM BASE NA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS¹
Maria Aline Pereira
Rita de Cássia Alves de Queiroz²
1 Considerações Iniciais
Durante muitos anos a ação de contar histórias nas escolas era considerada como modo de distrair e divertir as crianças somente para passar o tempo, sem que houvesse uma intenção pedagógica; as histórias eram contadas sem nenhum interesse de incumbir valores e atitudes que existem nos contos e que são de suma importância para o desenvolvimento da criança que é o âmago da contação de história, pois é para ela que o ato é direcionado, dessa forma se torna viável que a mesma possa entrar em contato desde os primeiro anos de vida. Nessa perspectiva é imprescindível que o educador faça os contos uma rotina diária na sua prática docente quando devem primar os conhecimentos prévios da mesma e deixá-la livre, pois as histórias estimulam a imaginação, educa e desenvolve habilidades cognitivas e físicas.
O presente artigo faz uma discussão referente à contação de histórias em uma perspectiva de conduzir a criança a desenvolver suas habilidades na educação infantil, nesse contexto procura-se investigar através do nosso estudo, a perspectiva de incumbir na criança valores e atitudes através da contação de histórias buscando relacionar a leitura com sua vivência, pensando nesse aspecto surgiu o interesse de elaborar um projeto que abarcasse essa temática, durante o período do estágio supervisionado I, onde se pode constatar que não era trabalhado diariamente no que tange uma relevante importância para que possa estabelecer relações pessoais e interpessoais, construindo a partir dos contos uma íntima relação com a literatura infantil, proporcionando momentos de reflexão.
Diante disso, o artigo em questão foi construído a partir do que vivenciamos no estágio supervisionado I, realizado na Escola Municipal Manoel Valentim de Oliveira, localizada no Município de Alexandria/RN, onde teve duração de três semanas, uma de observação e duas de regência.
Portanto busca-se dentro deste trabalho observar a relação da criança da Educação Infantil com a contação de história, abordando aqui um diálogo bastante pertinente a respeito do trabalho desenvolvido com as crianças do Infantil II; bem como fazendo relações com fundamentações teóricas do RCNEI (1998); ABRAMOVICH (1997) e OLIVEIRA (1988).
2 Hora da contação
De acordo com o contexto histórico sobre a temática, aponta-se que as histórias lidas e contadas para as crianças antes do séc. XVIII eram as mesmas destinadas aos adultos com linguagens distantes da compreensão da criança, visto que a mesma era tida como um adulto em miniatura e não se tinha preocupação nenhuma em criar histórias destinadas especialmente para este público, de tal modo que essa preocupação foi surgindo com o passar dos tempos, e se concretizando a partir do séc. XVIII, onde surgiram os primeiros contos para o público infantil. Com isso, ao longo dos anos, esta prática de leitura tornou-se cada vez mais eficaz no que desrespeito a construir aprendizagens.
Tendo em vista a contação de histórias como fator fundamental no desenvolvimento de aprendizagens da criança, desde seus primeiros anos de vida e ao longo de todo o seu período de desenvolvimento intelectual, é de suma importância apropriar-se e compreender um pouco o que ressalta alguns autores com relação a essa maneira de desenvolver competências educacionais nos educandos. Assim como retrata o (RCNEI, VOL. 3, p.145), “A leitura de histórias é uma rica fonte de aprendizagem de novos vocabulários”, pois sem dúvida é através dela que pode-se desenvolver diversas competências relacionadas as aprendizagens, com isso pretende-se encontrar caminhos para se desenvolver os eixos da Educação Infantil através da interdisciplinaridade.
Assim, o RCNEI também ressalta a relevância que a literatura possui na Educação Infantil, onde afirma que:
A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura (RCNEI, VOL. 3, p.141).
Sendo assim, a leitura de contos apresenta mais essas aptidões no acréscimo dos conhecimentos destas crianças em formação, ainda que não saibam decodificar o código, a contação através da voz do professor também desenvolve habilidades de leitura, atenção e diversas outras habilidades na criança.
Nos tempos atuais se prioriza as discussões sobre a educação onde todos possam estabelecer relações íntimas com os gêneros textuais vivenciando no di a dia da sala de aula e buscando incorporar aspectos relevantes a essa prática para descobrir através dos contos seus medos e desejos, é nesse momento que entra a figura do professor mediador como contador de histórias conduzindo-os a lidar com as emoções e usar sua criatividade em desenvolver a oralidade através da leitura de imagem; a criança por meio de seus atos expressa seus sentimentos e é dessa forma que ela vai interagir ou não.
Logo existem várias formas de conduzir o educando ao mundo da literatura infantil, fazendo-o interagir e se envolver em um mundo encantador, para isso a mesma tem que ter conhecimento dos contos e das diversas maneiras de apresentá-los para a turma, já que o professor não pode tão somente dispor da oralidade como ferramenta na condução do ensino-aprendizagem, todavia fazer uso de todas as possibilidades se faz necessário porque é pertinente no que tange uma iniciativa que venha a favorecer um melhor rendimento educacional, em que haja reciprocidade mútua e contínua, no andamento das atividades propostas que é motivante e enriquecedora na educação infantil e que essa leitura tenha uma linguagem fácil e acessível para a sua compreensão. Perante o que foi discutido até o momento visto que a oralidade é fundamental nesse contexto, mas não é a única forma, os contos podem e devem ser contados por intermédio de dramatizações, fantoches, danças e etc., lembrando que para a criança ter um aprendizado significativo precisa-se se apropriar-se dessa ferramenta.
3 Conhecendo uma experiência: A relação da criança com a literatura infantil
Durante o período de observação, percebeu-se que as leituras e práticas de contação de histórias estavam presentes no dia-a-dia, mas não eram contextualizadas, sendo esporadicamente
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