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O homem, a cultura e seu desenvolvimento: Uma perspectiva antropológica

Por:   •  1/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  354 Visualizações

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Desde a pré-história já existiam relações entre indivíduo e seu ambiente natural. Relações que nunca foram harmoniosas, pelo contrário, sempre foram marcadas por conflitos internos e “quebras de braço” entre as partes.

Ao analisar a forma como a natureza tem sido produzida desde os primórdios, teorias como a de Marx que trazem o trabalho humano como centro da relação homem-natureza permitem uma análise antropológica das associações e ligações do homem, meio ambiente e capitalismo.

Embora ainda existiam correntes que indiquem um distanciamento entre relações humanas e naturais, convenhamos que esta distinção não é plausível visto que o homem está na natureza, assim como a natureza está no homem. Portanto, é o homem produto da história natural e a natureza condição concreta da existencialidade humana.

A sociedade contemporânea tem vivenciado uma série de problemas que são consequências do seu modo de relacionar-se com a natureza no processo de produção. Portanto, ao pensar na natureza hoje, é necessário analisar também em um longo processo histórico o vínculo entre a mesma e o modo de produção capitalista, e, a partir de então, compreender as mudanças que se processam no modo da sociedade pensar interagir e produzir.

A sociedade atual está cercada, entrelaçada por uma dinâmica interna bastante complexa, a qual representa um conjunto de mediações e relações fundamentais ao trabalho. Sob uma óptica capitalista é possível observa-la como a reprodução ampliada do capital, que necessita do fluxo de produção de mercadorias e da mais-valia para possibilitar sua expansão.

Por conseguinte, entende-se que a relação homem-meio apresenta-se como contradição capital-trabalho, pois a partir do ponto de vista abstrato, os homens se relacionam com a natureza para a transformar em produtos. Já no ponto de vista real, o trabalho é um processo de produção/reprodução de mercadorias.

No capitalismo, portanto, o acesso aos recursos existentes na natureza passam por relações mercantis, visto que sua apropriação pelo capital implica a eliminação de sua "gratuidade natural". Portanto, a incorporação da natureza e do próprio homem ao circuito produtivo é a base para que o capital se expanda.

No processo de acumulação do capital, o trabalhador tem sido despojado do conjunto dos meios materiais de reprodução de sua existência e forçado a transformar sua força de trabalho em mercadoria, a serviço do próprio capital, em troca de um salário. É também fruto do processo de acumulação do capital o desaparecimento da identidade orgânica do homem com a natureza, gerando contradição e consequentemente degradação ambiental.

O Capital busca cada vez mais a produtividade do trabalho, desta forma, ele eleva cada vez mais a taxa de exploração tanto do trabalhador quanto da natureza. Tornando a alienação econômica e trabalhista (que é produto da divisão social) ainda mais intensa.

É válido ressaltar também há interesse das classes dirigentes em distinguir os povos por meio de etnias, que seriam duas : as inferiores e as superiores, afim de justificar as desigualdades e impor a ideia que o proletariado encontra-se em um nível biológico inferior ao da classe dominante (reafirmando a divisão social)

Assim, o processo de constituição da classe proletária, que se dá a partir da separação das condições objetivas de produção, ou seja, dos meios de produção (especialmente da terra e, através dela a natureza) e de sua inserção no trabalho fabril, explica a subordinação do proletariado à lógica capitalista de exploração da natureza. Desta forma, a atividade exercida pelo trabalhador torna-se fragmentada e portando subjetiva, pois os meios de produção tendem a alienar a capacidade do indivíduo tornando-o uma ferramenta do sistema capitalista.

Nesse sentido, o trabalho adquire uma dimensão abstrata, e conduz ao mascaramento de sua dimensão concreta (de trabalho socialmente necessário), e consequentemente torna-se produto do capital afim de “satisfazer” as necessidades do próprio capital.

Considerando as questões colocadas até o momento, é interessante adicionar também o fato de que após passar por todo um processo de criação, o homem também evoluiu, ou melhor dizendo, continuará evoluindo enquanto houver transformações sendo elas naturais ou não e que a partir de determinado momento, o homem terá a necessidade de se incluir socialmente não somente em relação ao trabalho, mas também ao meio em que vive.

Como já foi mencionado anteriormente, o trabalho se torna necessário, socialmente falando, pois o homem vive para produzir e precisa produzir

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