O trabalho do pedagogo
Por: schnaider • 3/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.743 Palavras (11 Páginas) • 300 Visualizações
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pedagogia
geizielli natal
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
memorial de formação
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Colatina
2014
geizielli natal
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
memorial de formação
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Psicologia da Educação, Desenvolvimento e Aprendizagem,Educação,Sociedadee Práxis Educativas, Políticas Públicas na Educação Básica ,Teoria e préticas do Currículo,Prática Pedagógica Interdisciplinar,Escola e Sociedade,Seminário Intercisciplinar II.
Profs.: Wilson Sanches, Edilaine Vagula, Marlizete Stainle,Raquel Lemos,CyntiaSimioni,Vilze Vidotte,Rosely Montagnini,Fabiane Musardo,OkçanaBattini,Sandra Reis e Fábio Luis da Silva.
Tutora virtual: Elma Soares Dutra Abelha
Tutor presencial: Vanessa Wiedenhoeft Lepphaus
Colatina
2014
1- INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo tratar sobre a importância dos fundamentos da ação pedagógica. Uma conscientização sobre a formação do pedagogo, incluindo sua opção pelo curso de pedagogia e de que maneira sua formação escolar contribuiu para essa decisão. Uma visão ampliada sobre a educação e suas finalidades e a importância da pedagogia neste processo de formação.
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- Memórias de infância e Experiências vivenciadas
Venho de uma família muito humilde do interior da cidade de Colatina, estado do Espírito Santo, cresci ouvindo pouco sobre educação, pois o que realmente importava era o trabalho e principalmente uma oportunidade em uma cidade grande.Quando completei 5 anos de idade juntamente com meus pais fui morar na capital , Vitória-ES, foi uma experiência muito difícil porque a realidade de uma grande cidade se apresentava conflituosa diante dos meus olhos, tudo era diferente, as brincadeiras se resumiam a momentos diante da televisão,tive que trocar a liberdade pelo medo.A violência era algo muito freqüente no bairro onde morávamos,o medo me privou das coisas simples de criança como:aprender a andar de bicicleta na rua,passear pelas calçadas enfim coisas simples se tornaram difíceis num lugar marcado por tantos assassinatos, chacinas e muitos roubos.
Somente com sete anos de idade ingressei na pré-escola, minha professora se chamava Rosane,era de estatura baixa mais tinha lindos cabelos compridos,sua voz suave nunca me saiu da memória,lembro-me de sentir muito confortável ao seu lado.No início de 1989 um trágico acidente aconteceu, o veículo de transporte onde meu pai trabalhava pegou fogo.
Com 70% do corpo queimado foi levado ao hospital com poucas chances de vida, três meses depois não resistindo aos ferimentos faleceu, levando com ele os meus sonhos de criança.
Agora, eu já não pensava mais na escola, mas consolar minha mãe e minha irmãzinha de dois anos, que não parava de chamar pelo papai, novamente o medo de permanecermos sozinhos naquela cidade nos motivou a voltarmos para cidade de Colatina, onde poderíamos encontrar o apoio dos familiares.Minha mãe que nunca havia trabalhado fora, agora procurava emprego para dar continuidade ao percurso da vida.
Com aproximadamente nove anos retomei os estudos na “Escola Oséias Rangel de Amorim”, o retorno foi muito difícil, minha mãe não tinha paciência para me ajudar com os deveres de casa, e minha professora que se chamava Analícia era muito carinhosa e cobrava muito o envolvimento dos pais na educação.
Em uma reunião de pais a professora chamou minha mãe , e explicou sobre minhas dificuldades em sala de aula,não se importando muito minha mãe disse: ”essa menina é burra deixa ela pra lá”,a partir daquele dia a professora tomou uma decisão,disse para minha mãe não se preocupar mais com o ensino de casa, pois ela mesmo iria ajudar. Daquele dia em diante um peso saiu das minhas costas. Analícia era maravilhosa,muito paciente, e sempre de bom humor.
Respeitava todas as expressões de conhecimento,lembro-me que tinha imensa paciência para ouvir uma história contada por minha amiga Rafaela que demorava horas para ler um pequeno texto.
Sua paciência e amor me fizeram amar ir para escola, fazer o dever de casa não significava mais medo de errar, e sim a possibilidade de aprender mais com minha amada professora.
Já na segunda série foi mais difícil, por que minha professora era bem rigorosa, não gostava de ser chamada de tia, sua voz era grossa e se chamava Madalena. Na sala dela acontecia de tudo, apagadores voavam muitas crianças de castigo sem recreio, enfim foi difícil, mas minha dedicação aos estudos e o medo dela, nunca me fizeram ser uma vítima de seus ataques.Depois deste ano tão rigoroso, novamente tive uma ótima professora se chamava Mirthes, ela não possuía expressões de afetividade, porém sua forma de demonstrar seus conhecimentos e sua inteligência me fascinavam, ela tinha prazer pelo ensino e explicava quantas vezes fossem necessárias, não alterava sua voz, sempre serena demonstrava o controle da classe pelo respeito mútuo.Me lembro que a escola era muito organizada, e possuía uma coordenadora com nome de Rosangela, sempre ouvia falar muito sobre sua determinação em lutar pelos alunos menos favorecidos, ela incentiva os professores a ensinarem sobre plantio de hortaliças, que depois seriam usadas em nossa própria merenda escolar.
Não poderia esquecer-me das filas de entrada e do hino nacional, tudo muito supervisionado, não poderiam haver conversas nem movimentos que sugerissem alguma desordem.
Depois que conclui meus primeiros anos de estudo na escola Oseías Rangel de Amorim, ingressei em uma escola maior, com mais professores, várias matérias desconhecidas, mas foi maravilhoso.Na escola “Conde de Linhares” vivi os melhores anos da minha vida,dentre todos os professores de excelente qualidade , um se destacava ,o professor Jorge ,suas aulas de histórias eram verdadeiras viagens na cultura de outros povos, suas aulas eram em grupos de 5 pessoas, cada grupo ficava responsável por um conteúdo dentro da matéria, cabendo a este a responsabilidade de explicar para os demais alunos todos os conhecimentos adquiridos.Todos os meus medos de falar em público foram vencidos, conquistei minha liberdade de opinião e expressão .Aquelas aulas me fizeram, buscar o conhecimento, que naquela época se resumia apenas as bibliotecas municipais.O compartilhamento dos conhecimentos em grupo me fizeram crescer como ser social.
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