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OLHARES DE FUTUROS PROFESSORES DE ESPANHOL PARTICIPANTES DO PIBID NA IMPLANTAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

Por:   •  26/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.425 Palavras (14 Páginas)  •  193 Visualizações

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OLHARES DE FUTUROS PROFESSORES DE ESPANHOL PARTICIPANTES DO PIBID NA IMPLANTAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

Nilcéia Gonçalves Carvalho da Silva (Letras Espanhol - UEL)

Renata Juliana Pypcak (Letras Espanhol - UEL)

Ana Raquel Abelha Cavenaghi (Orientadora – UEL)

Resumo

O presente estudo é resultado de atividades desenvolvidas no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Letras Espanhol da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O referido projeto tem como objetivo principal promover a inserção dos estudantes de licenciatura no contexto das escolas públicas desde o início de sua formação acadêmica com o desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas a partir da orientação de um docente da universidade e de um professor supervisor da escola. Algumas atividades desenvolvidas pelo PIBID Letras Espanhol da UEL englobam o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) como recurso pedagógico inovador que pode contribuir para a melhoria da aprendizagem e interesse dos estudantes em sala de aula. Dessa forma, este trabalho se caracteriza como um relato de experiência a partir de observações e práticas realizadas em duas escolas estaduais da cidade de Londrina inseridas em contextos econômicos diferentes. Para tanto, algumas dificuldades encontradas nos contextos escolares quanto ao uso das TIC nas aulas de Espanhol do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) serão apresentadas a fim de superar os desafios promovendo a reflexão.

Palavras-chave: PIBID; Novas Tecnologias; Língua Espanhola.

 

O ensino de língua estrangeira no estado Paraná especificamente o ensino da Língua Espanhola vem ganhando espaço no cenário educacional, principalmente depois de muitas leis e tratados que abordam a temática de ensino de língua estrangeira. O primeiro grande passo na história foi em 1986 com a criação do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) após mobilizações lideradas por professores até hoje mantido pela Secretaria da Educação do Paraná.

Em 1996, com a criação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) foi instituída a oferta de uma língua estrangeira no Ensino Fundamental conforme a necessidade e escolha da comunidade escolar e uma língua estrangeira como uma disciplina obrigatória e uma segunda língua como optativa no Ensino Médio.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) depois da implementação da LDB, também criaram diretrizes para o ensino de língua estrangeira no ensino fundamental pautado no ensino de língua como prática social, focado na leitura e deixando de lado as outras habilidades linguísticas. Em 1999, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), publica os parâmetros para o ensino Médio pautando-se na comunicação oral e escrita.

Com a Lei 11.161 de 2005, o ensino de Língua Espanhola se tornou obrigatório no Ensino Médio e facultativo no Ensino Fundamental, pois o Brasil tinha como meta destacar o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).

Em 2004, a Secretaria de Educação Estadual do Paraná (SEED) abre concurso publico para ampliar o quadro de professores pela necessidade de demanda devido à lei 11.161. A partir desse período, o estado do Paraná aumenta o número de escolas que oferecem a língua espanhola no CELEM e promove a capacitação de profissionais da área de língua estrangeira.    

As tecnologias já fazem parte da vida dos alunos, pois sempre estão de alguma maneira em contato com algum desses recursos tecnológicos. Um deles, talvez o mais explícito, é o celular que permite aos alunos a todo o momento estar conectado às redes sociais. Dessa forma, os professores podem utilizar esse recurso em sala de aula mostrando os caminhos a serem trilhados para que esse uso seja benéfico ao processo de ensino- aprendizagem.

“Assim, a utilização do computador é mais dinâmica devido ao prévio conhecimento do uso dessa ferramenta. Entretanto, alguns alunos podem fazer o mau uso, necessitando o constante monitoramento para evitar acessos que não são permitidos e desvio do que é proposto. Portanto, para que a aula seja proveitosa se faz necessário a formação continuada do professor para que esteja hábito a ser orientado de seus alunos em como utilizar essas ferramentas tecnológicas de forma significativa.” (ANDRADE, 2011, p.8)

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) dentro dos colégios participantes tem contribuído muito para melhoria do processo de ensino-aprendizagem da Língua Espanhola. No entanto, também foram encontradas muitas dificuldades com relação ao espaço físico em alguns colégios, à faixa etária dos alunos e aos problemas sociais encontrados nestes contextos.

Esse artigo tem como objetivo mostrar as principais diferenças entre dois colégios da cidade de Londrina, Ana Molina e Marcelino Champagnat. Ambos oferecem aos alunos e comunidade externa no contra turno o CELEM e trabalham uma vez por semana com o auxilio de bolsistas do projeto PIBID. As principais diferenças serão destacadas quanto às questões sociais, às idades dos alunos e ao espaço físico e como o uso das novas tecnologias pode ser implantado diante de diferentes realidades.

No Colégio Ana Molina, no que diz respeito aos espaços físicos, podemos começar destacando a sala de aula onde são ministradas as aulas do CELEM. O espaço é pequeno com pouca ventilação, o teto é muito baixo, muito quente e quando chove há goteiras e por esse motivo as aulas tem que ser transferidas para biblioteca que é um espaço também bem limitado e a todo o momento é interrompida já que é um espaço que pertence à comunidade escolar. Essa situação não está em conformidade com as recomendações de Brasil (2004, p.41) que afirma:

“[...] ambientes físicos escolares de qualidade são espaços educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados, com flores e árvores, móveis, equipamentos e materiais didáticos adequados à realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de qualidade aos alunos, aos pais e à comunidade, além de boas condições de trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral.” (BRASIL, 2004, P. 41)

Esse tipo de situação interfere diretamente no processo de ensino-aprendizagem, pois pode contribuir para a desmotivação do professor que vê seu trabalho limitado já que não pode trabalhar em um ambiente limpo e organizado cuja sala é usada também como depósito de material de limpeza e armazenamento de leite que é entregue à comunidade. Isso causa reclamação entre os estudantes porque tira sua atenção e concentração durante as aulas, e dá a impressão de que não é um ambiente de sala de aula.

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