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OS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Por:   •  26/10/2017  •  Resenha  •  1.841 Palavras (8 Páginas)  •  243 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho aborda uma reflexão a partir do contexto das dificuldades na educação com foco as pesquisas na área das políticas educacionais brasileira.

Mesmo com o aumento dos investimentos, o Brasil ainda tem milhões de crianças fora da escola. Dessas, a grande maioria está concentrada nas regiões Norte e Nordeste e a desigualdade social reflete esses números. O Brasil fez progressos expressivos na educação nos últimos 10 anos, mas ainda temos um longo caminho para atingir o nível dos países desenvolvidos.

Entre os desafios mais importantes para a próxima década, estão a qualidade do ensino secundário, a eficiência do gasto público, a qualidade dos professores e a educação infantil. Sem dúvida, esses são pontos essenciais. A atenção do Brasil com a educação é muito recente com necessidade de ampliar os investimentos, direcioná-los e acompanhar sua utilização.

Observamos que o País está aumentando rapidamente o ensino pré-escolar e a cobertura das creches, mas é necessário mais foco na qualidade desses serviços. Foca-se a qualidade dos currículos, formação e supervisão de monitores e educadores, além do acompanhamento e avaliação de programas oferecidos por essas instituições.

Propomos analisar os limites e possibilidades confrontando desafios postos à educação na atualidade. Com o objetivo de observar além dos muros da escola e dos sistemas educacionais; sobre a própria educação e avaliando o educador em todas suas atribuições, sobre si mesmo e suas atitudes.

Sugerimos, a pensar no investimento e na atenção à educação como uma suposta aposta uma vez que esse nível de ensino tem como ambição o desenvolvimento integral do aluno, consequentemente o ser humano.

Tendo em vista uma vez, que não nos há convicção quanto ao aproveitamento da ação da educação, mas, fartos, de coragem, comprometimento e entusiasmo do educador.

Desenvolvimento

Na última década, o Brasil tem feito restruturações e mudanças significativas em todos os níveis de ensino. Reduzindo as desigualdades sociais de acesso; na permanência, com o aumento da quantidade de alunos que concluem o Ensino Médio; ampliando o número de profissionais da educação e da capacitação dos mesmos; na criação de um sistema de avaliação estruturado e tecnicamente sólido; no desenvolvimento de mecanismos de descentralização da gestão.

Enfim, expandindo políticas, programas, planos, leis, diretrizes e propostas de estratégias para melhorar a qualidade da educação nacional. Concomitantemente, alguns problemas e desafios parecem longe de serem resolvidos.

Existem um grande o número de alunos que não chegam a completar 12 anos de estudos; a escolarização e muitos programas de formação de professores sofrem com a precariedade e pouca qualidade; muitos alunos têm baixos resultados nas avaliações de desempenho e de aprendizagem; e, muitos que concluem o ensino básico, além de não conseguirem entrar na universidade, também, carregam déficits elementares de aprendizagem; falta clareza em relação à padrões mínimos de qualidade para as escolas e para a educação em geral; há problemas pertinentes ao reconhecimento, do trabalho docente; bem como a gestão dos recursos educacionais; crescimento dos casos de indisciplina e violência escolar, a fragilidade, baixa capacidade técnica, desconhecimento, negligência política, de órgão de fiscalização e gestão educacional, em relação a existência à implementação de vários programas e propostas de políticas educativas, existentes.

Causas que representam em desafios e limites para a escola pública de qualidade para todos, revelam, ainda, que há muito que avançar demonstrando crise da escola, da educação e das políticas educativas.

Sendo assim, como os conflitos sociais atingem as demais instituições sociais, família, por exemplo, a escola, também, é diretamente atingida por ela e suas incertezas. Um aluno com excesso de agressividade em sala de aula, não reflete, simplesmente, um quadro de violência escolar, antes, porém de violência na escola, pois tal fenômeno que nela se manifesta é antes um fato social.

A escola como vista hoje é uma invenção recente da modernidade, sua estrutura, organização, tempo-espacial, seu currículo, seu papel, objetivo e funcionalidade. Essa têm sofrido alterações no sentido de corresponder aos paradigmas e a maneira de pensar da modernidade. Questões sobre a função da educação frente aos problemas sociais que atingem a escola, o que é que a distinguem e qual sua especificidade dentro da sociedade. Sugerimos repensar a fragmentação nos currículos e nas políticas educativas. Devemos observar o educado em suas atribuições (docência, pesquisa, formulador, executor de políticas da educação) sobre si mesmo e suas ações sendo ele um ser social, sujeito instituído e participante da sociedade que afirmamos em crise. Ao mesmo tempo, é sujeito educador (que se faz, se fez, que está se fazendo) que ocupa, entre outros papeis, um papel social particular e é importante assumi-lo como tal, ainda que com suas crises. Um papel, uma função, um profissional, um deus moderno no mundo da criação.

A fé na transformação e progresso do mundo por meio da ciência, da razão sofre grande golpe. Uma de suas principais características a crença de que as teorias, os conceitos, os modelos, a pretensão de trazer, fazer o desenvolvimento e o sucesso da sociedade e as respostas dadas pela modernidade falharam, ao entrar no século XIX com uma constatação: a ciência não conseguiu responder aos problemas básicos humanidade. A racionalidade moderna marcou a história do conhecimento ocidental favorecendo a fragmentação do conhecimento e pensamento humano.

Tal processo influenciou de sobremaneira como os indivíduos são educados, a sua forma de pensar, sua cultura, as práticas e relações diárias, tanto no plano individual quanto no social. Da mesma forma, a escola, configurou-se a partir dessas referências e paradigmas da racionalidade moderna, por isso, apresenta-se com uma organização fragmentada, com regras bem definidas, rígidas e fechadas. Todavia, os paradigmas da racionalidade moderna foram postos em cheque. Foram e estão sendo criticadas e combatidas por inúmeros estudiosos, principalmente, no intuito de propor uma racionalidade mais orgânica, menos técnica e dicotômica.

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Hannoun (1998) nos traz uma grande contribuição para raciocínio sobre as ideias contidas nesse texto, principalmente, por propor pensarmos a educação como uma aposta enactante. A proposta enactante é um pensamento-ação, é uma ação reflexão, uma decisão teórica e prática ao mesmo tempo. Tem como base a concepção de enação, expressão que em sua raiz refere-se a uma ação em decorrência da percepção global de uma realidade. Ação que emerge do percebido, do conhecido, mediante ao próprio processo de conhecer. Prática movida pela teoria e teoria movida pela prática, ação e decisão frutos de pressuposições vividas, experimentada, conhecidas. Tal compreensão envolve o plano físico, da motricidade, da afetividade e das relações humana e social, da moral e da ética. O agir e as escolhas são constituídos por móbeis, intencionalidade, sendo estes, os motivos, argumentos e justificações de cada decisão.

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