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OS PARADIGMAS INOVADORES

Por:   •  2/4/2018  •  Resenha  •  1.981 Palavras (8 Páginas)  •  1.815 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CENTRO DE CÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: DIDÁTICA APLICADA Á ENFERMAGEM

OS PARADIGMAS INOVADORES: a produção do conhecimento

Teresina/2018

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

OS PARADIGMAS INOVADORES NA EDUCAÇÃO 4

Abordagem Sistêmica 4

Abordagem Progressista 5

Abordagem do ensino com pesquisa 6

CONCLUSÃO 8

REFERÊNCIAS 9

INTRODUÇÃO

O mundo moderno é palco de um colapso sem antecedentes, considerando-se que em qualquer outro período da história da humanidade, segundo Capra (1982), vivemos a legítima ameaça de extinção da raça humana e de toda a vida no planeta.

A base epistemológica que esteia os paradigmas subjacentes a cognominada sociedade industrial, respalda-se numa visão de mundo reducionista, produto das premissas que amparam a ciência clássica. Tais premissas parecem não ser mais capazes de contextualizar a sociedade atual. Deste modo, nasce a necessidade de uma nova ordem social, que devemos juntos construir, regulada numa outra base epistemológica que permita conduzir ações dentro de uma conjuntura cada vez mais complexa e dinâmica.

Para Morin (2001), a base epistemológica capaz de sustentar os paradigmas da sociedade atual é a “complexidade”. A humanidade precisa regular-se, de acordo com Morin, em uma nova forma de pensar e agir e, cabe a educação entalhar nas mentes e nos corações das pessoas esse novo olhar para o mundo.

Ante tal contexto, a prática pedagógica nos diversos níveis de ensino precisa ser repensada. Surge, assim, a necessidade de identificar quais seriam os referenciais que caracterizam o paradigma da complexidade e como aplicá-lo na prática pedagógica da Educação.

O escopo deste trabalho é colaborar para a ponderação sobre o desempenho e a forma de atuação docente dentro de uma abordagem paradigmática inovadora.

OS PARADIGMAS INOVADORES NA EDUCAÇÃO

Os paradigmas inovadores na educação estão calcados na visão de totalidade, de interconexão e interação, rompendo, assim, com a visão fragmentada, descontextualizada e reducionista de mundo, valorizando o todo, o contexto, os sentidos.

As inovações exigidas pela a ciência e pela sociedade do conhecimento incitam, desafiam e instauram um novo e renovado modo de ver, de pensar e de fazer educação. Nesse contexto, os professores vêm sendo desafiados a buscarem novos caminhos para exercer a docência, os quais estejam pautados nessa visão de totalidade, unicidade, criticidade.

Behrens (2010) aponta que esse paradigma contempla uma aliança com abordagens diferentes, mas, complementares de ensino. São elas: a holística ou sistêmica, a progressista e o ensino com pesquisa.

Abordagem Sistêmica

Busca restabelecer conexões nos vários âmbitos da vida humana. Nesta visão “verifica-se um nítido movimento em direção à percepção das interdependências, ao entendimento da complementaridade entre os opostos e ao reconhecimento da complexidade da vida e da natureza humana” (Vergara, 1993, p.27).

Behrens (2010) apresenta o professor, nesta abordagem como aquele que possui visão do todo, é amigo, parceiro, colaborador, cooperativo, crítico, exigente, reflexivo, sensível, interdisciplinar, engajado e democrático, discute sentimentos e insita a participação; além de estar preocupado com os seus semelhantes e com a vida na sociedade e no planeta.

O professor tem papel fundamental na superação do paradigma da fragmentação, buscando ultrapassar a reprodução para a produção do conhecimento. Com a visão sistêmica, os docentes precisam instigar seus alunos para a recuperação de valores perdidos na sociedade moderna. O docente terá de repensar “para que” é por que” está formando os estudante. Deve se utilizar de práticas pedagógicas que desenvolvem simultaneamente razão , sensação, sentimento e intuição, estimulando a integração intercultural.

Para atingir tais requisitos, os professores precisam visualizar o aluno como um ser pleno e com potencialidades para se desenvolver completamente. A educação precisa facilitar a aprendizagem no crescimento da pessoa como um todo, sendo levado em consideração o cérebro como um todo, propondo, assim, buscar uma prática pedagógica renovada e compatível com as exigências do paradigma emergente. O aluno, nessa abordagem, é caracterizado como um ser complexo, que vive coletivamente, mas é único, competente e valioso.

O aluno precisa ser considerado em suas inteligências múltiplas e este desafio instiga os professores a reconstruírem suas práticas educativas. A visão sistêmica alerta para a formação desses alunos, para que, ao acessar o conhecimento, eles sejam éticos, críticos e construtores de uma sociedade justa e igualitária. A metodologia na abordagem sistêmica, alerta que os docentes e os alunos precisam trabalhar em parcerias significativas num ensino de melhor qualidade, buscando uma prática pedagógica crítica, produtiva, reflexiva e transformadora.

Assim, nesta abordagem, o aluno é visto como um ser indivisível e dotado de múltiplas dimensões: corpo, mente, emoções e espiritualidade, bem como, de

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