Os Conceitos de projeto educativo e sua relevância em educação
Por: becamarques • 16/6/2015 • Trabalho acadêmico • 2.095 Palavras (9 Páginas) • 266 Visualizações
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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL – UNIDERP
CURSO: PEDAGOGIA 5º SEMESTRE
DISCIPLINA: PROJETO MULTIDISCIPLINAR III
ASSUNTO: PLANEJAMENTO DE PROJETO EDUCATIVO
DISCENTES:
CLAUDIA FARIA AMARAL GUEDES – RA: 360987
CARLA GUIOMAR DE CARVALHO F. M. AMORIM – RA: 398653
ROSEMEIRE DA ENCARNAÇÃO LOPES – RA: 382364
REBECA MARQUES DE ARRUDA SANTOS – RA: 379858
WALKIRIA DOS SANTOS ALMEIDA – RA: 378734
PROFESSORA: GILSE T. LAZZARI PEROSA
MACEIÓ, JUNHO DE 2014.
Introdução
No mundo em que vivemos estamos vendo adultos que estão esquecendo-se dos valores que aprenderam enquanto crianças para que assim vivessem em sociedade com ética, compreensão, justiça e cordialidade.
Por isso neste projeto, priorizamos o ensino do bom comportamento, regras e como controlar seus sentimentos, desejos e emoções em prol da sociedade em que vivem e assim tornar o mundo melhor e serem pessoas capazes de lidar com cada situação vivida. Embora pequeninos o sentimento de querer viver em uma sociedade que priorize a igualdade tem que estar na mente e no coração de cada cidadão.
Conceitos de projeto educativo e sua relevância em educação
Ao voltarmos nosso olhar para o passado, encontramos alguns aportes que justificam o surgimento da Educação Infantil, atrelada às necessidades sociais. O que observamos nessa contextura é que os ideais em relação à educação foram, na verdade, determinados pela influência do sistema econômico no Brasil. As novas configurações assumidas pelo sistema capitalista afetam na verdade toda a realidade social. Essa configuração capitalista implicou em profundas alterações nas relações entre produção material, produção do saber e apropriação desse saber. Ocorre com isso a necessidade da universalização da escola básica. Com o advento desse tipo de sociedade (a capitalista), vamos constatar que a forma escolar da educação se generaliza e se torna dominante. Em sentido vertical, há não apenas a tendência a ampliar o tempo de escolaridade do 2º grau para a universidade, da graduação para a pós-graduação e, assim por diante, como também a ampliá-la, antecipando seu início. Daí a reivindicação mais ou menos generalizada de educação escolar para a fase anterior à idade propriamente escolar. A chamada educação pré-escolar ou educação infantil é requerida hoje não mais em termos de apenas um ou dois anos, correspondentes ao antigo curso pré-primário, mas desde o zero ano. O Fórum das Entidades Educacionais em Defesa da Escola Pública aprovou o dever do Estado de cuidar da educação das crianças desde zero ano de idade. Há, pois, uma quando o trabalho deixa de ser domiciliar, e as famílias, ao se deslocarem e dispersarem, não consegue mais acompanhar o crescimento dos filhos. O atendimento institucional à criança de zero a cinco/seis anos esteve, por um prolongado período de sua história, substancialmente atrelado a transformações sociais que incluíram: a expansão da industrialização e conseqüentemente a reorganização das estruturas familiares; a incorporação do trabalho de um grande número de mulheres pelo mercado, etc. Tais transformações intensificaram as necessidades de criação de espaços institucionais destinados não apenas ao atendimento das crianças pequenas, mas também aos idosos. A própria família, em lugar de requerer para si a exclusividade da educação, na primeira infância, tende a exigir a educação escolar desde a mais tenra idade; se possível, desde o nascimento. Reclama-se a ampliação da jornada escolar. Pretende-se que as crianças não fiquem apenas três horas por dia na escolar, mas sim seis, ou até oito horas.
Em termos de Educação Infantil, essa hipertrofia baseia-se nas necessidades postas pelo capitalismo: à demanda pela força de trabalho feminina. Se recuarmos na história, em meados do século XIX o atendimento de crianças pequenas longe da mãe em instituições como creches ou parques infantis praticamente não existia no Brasil. Á medida que as mulheres saiam para o mercado de trabalho, tendo que abdicar dos cuidados maternos, ocorria como conseqüências o abandono, a violência, a desnutrição, a marginalidade das crianças. Assim, iniciativas isoladas de proteção à infância começavam a ocorrer para atender aos problemas sociais decorrentes desta fase. O interesse pela infância passa a ser mais aparente uma preocupação com a especificidade de um trabalho educativo, mas um atendimento voltado às demandas das transformações sociais. Denomina Educação (Educação Infantil), justamente por considerar esse nível um momento privilegiado, com especificidades, pois se assim não fosse, seria denominado Ensino (Ensino Fundamental, Ensino Médio). Esse esclarecimento quanto à nomenclatura, evidencia uma luta teórica apontando como se o modelo escolar se apresenta como pejorativo à educação das crianças de zero a cinco/seis anos. A bandeira de luta, assinalada por Cerizara, vem se tornando uma ação específica de um grupo que tenta, a todo custo, distanciar a Educação Infantil do modelo escolar. A especificidade do trabalho educativo à Educação Infantil, nestes termos, é mais uma tentativa de se incorporar uma nova pedagogia denominada pedagogia da infância. No âmago desse discurso esta pedagogia se instala no seio da Educação Infantil, a fim de retirar desse contexto qualquer referência de cultura, conhecimentos rudimentares, para empregar animação, prazer e o professor é uma viveza desses postulados.
A criança deve construir seus próprios significados relativa ao mundo que a cerca por meio de um trabalho baseado no lúdico como sinônimo de prazer, centrado nas interações entre pares e adultos numa comunidade que ultrapasse os muros da escola e envolva pais e amigos. Opera-se desta forma uma naturalização das concepções de criança, de ser humano e de comunidade, tornando-se extremamente alienante ao buscar um “oásis” para a proteção e preservação de seu objeto central de trabalho, ou seja, a criança, deslocando-a do contexto capitalista em que estamos inseridos. Esse ensinamento passa a ser perpetuado desde a entrada da criança na escola, regando o individualismo e a satisfação de necessidades particulares. Os projetos elaborados têm permanência e a duração que dependem das e de como as crianças querem. Essa pedagogia está aliada às pedagogias do aprender a aprender:
O foco do trabalho educativo na aprendizagem provinda das construções individuais; A inversão da idéia de que o adulto humaniza a criança, portanto, a infância passa a ser portadora de todas as virtudes e de todas as forças que humanizariam os adultos; o princípio de que o lúdico, isto é, o prazeroso, deve ser o eixo central da prática educativa; a ausência de planejamento, a criança dita o ritmo do trabalho e o professor apenas a segue; a crença de que trazer a comunidade e a cultura local para dentro da escola tornará a criança um cidadão melhor no futuro; a crença de que conhecimento provindo da prática e retirado do cotidiano das crianças e professores vale mais do que qualquer livro; a defesa do lema “aprender a aprender”, ou seja, o professor não ensina, apenas acompanha, orienta, estimula, partilha; a inexistência de um conhecimento universal, sendo este substituído por múltiplos significados, frutos de múltiplas leituras do cotidiano que devem ser negociados entre professores e alunos; a negação da repetição como recurso pedagógico; a ênfase nas múltiplas formas de comunicação que se diferenciem da “tradicional” transmissão verbal do conhecimento, etc.
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