Os Escritores da Liberdade

Nome: Elias Luiz Rodrigues Kurkdjian     20200055

Adaptação de Psicologia da Educação II – Prof. Maria Regina Chirichella

Resenha crítica – Escritores da Liberdade

        O filme conta a história de uma professora novata que possui o ideal de mudar a realidade através da educação. Ela aceita o cargo de professora da turma mais problemática da escola, acreditando que poderia aplicar seus conhecimentos para mudar a realidade daqueles indivíduos. Já no início das aulas, ela enfrenta a resistência dos alunos em assistir à aula, em respeitá-la como autoridade e em entender a importância dos estudos no contexto de vida deles, já que fora da escola eles enfrentam problemas como a morte de amigos e familiares devido à guerra das gangues, que se estende para dentro da sala de aula. A professora, mesmo motivada a desistir por seu pai, seu marido e seus superiores na escola, segue buscando maneiras de cativar seus alunos, até que consegue através da contextualização das aulas com a realidade deles. A partir daí a porta se abre para o ensino da importância da educação para se libertar de um ciclo de agressões e mortes pela guerra das facções e para buscar uma alternativa àquela vida.  

        A resolução rápida de problemas complexos, necessária para um filme de aproximadamente 2h de duração, não condiz com a realidade. Por precisar desta dinâmica compacta, o filme passa a ser muitas vezes inverossímil, principalmente na conquista da confiança da turma pela professora e na quase instantânea união de alunos de gangues rivais, superando desavenças históricas de humilhações diárias e mortes entre os grupos. Apesar disso, o filme demonstra que pode sim haver mudança através da educação, mas esta transformação vem através do árduo trabalho dos educadores, acumulando decepções e recomeços. Também mostra que o problema da falta de vontade dos alunos tem origem no sistema de ensino, que oferece o descrédito para aqueles que mais precisam de uma base de ensino para mudar seu status quo, contrariando a noção de que o aluno precisa ser mais ativo por si próprio e criticando todo o sistema de ensino que é conivente com o desprezo pelos mais necessitados.

        O filme demonstra que o professor precisa estar preparado para se adaptar às particularidades de cada ambiente nos quais se insere para dar aula, a fim de ter a contextualização como uma ferramenta útil para tornar o ensino atraente. Também mostra, através de um diário dado para cada aluno escrever o que havia no seu dia a dia, que deve estar a par da heterogeneidade da turma, sabendo compreender e respeitar a dificuldade de cada um, para melhor mediar a superação destes problemas. Os professores não devem desacreditar dos alunos e deixar eles à deriva, como a escola fez com os alunos do filme, pois é importante

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