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Os Escritores da Liberdade

Por:   •  15/9/2015  •  Resenha  •  712 Palavras (3 Páginas)  •  242 Visualizações

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Escritores da Liberdade

  Professora recém-formada com ideais e valores renovados, é “jogada” em uma turma atrasada e desinteressada em aprender. Surge aí, o desafio da educadora, salvar esses jovens que vivem em um contexto social precário e violento, de uma cidade em guerra nos seus bairros mais pobres, causados por gangues que são movidos pelas tensões raciais.
 Vê seus sonhos e expectativas, caírem por terra, ao confrontar a realidade lhe oferecida, vendo adolescentes marcados pela violência sufocante e fechados para um novo mundo.
Mas isso, faz com que esta professora resolva mudar seus métodos, usando como base a história de seu pai, que foi na juventude membro de gangue e lutou pela sua liberdade, com honra, coragem e com princípios educacionais. Tenta despertar o interesse da direção da escola e é ignorada, pois a escola recebe esses alunos, não com a preocupação de formar cidadãos e sim por obrigatoriedade legislativa.
 Inicia-se o maior desafio dela, usar o potencial de cada aluno e sua historia de vida, para transformem a realidade em que vivem e vejam um futuro de esperança.
 Ela faz com que, eles olhem para si próprios e percebam o que eles tem feito de diferente, já que demonstram insatisfação com a realidade. Essa reflexão faz com que cada um, deixe de ser coadjuvante de sua historia e se torne ator ou atriz principal, usando um diário para que eles escrevam suas historias de vida, sucessos e insucessos, desafios, atitudes ou mesmo a falta dela. Inicialmente há confronto entre professora e alunos, pois eles a questionam o porquê dela estar ali e ela devolve a pergunta com outra: por que serem violentos e fazerem parte de gangues. Mas de forma natural, a professora começa a dar espaço para eles colocarem suas idéias e pensamentos, conquistando assim a confiança deles. Entra na realidade em que eles vivem , compartilhando seus sofrimentos e anseios, trazendo isso para o processo de aprendizagem.Adota um projeto de leitura e escrita, usando como  base o livro “O diário de Anne Frank”, uma literatura baseada em fatos reais, sobre o episódio crucial da humanidade, a discriminação e extermínio dos judeus como descrita na obra. Todos os alunos lêem o livro e a partir deste, registram em seus diários tudo o que sentirem vontade de escrever a respeito da sua vida. Utiliza também músicas de rap, ouvidas por todos eles e os levou a aulas de campos no museu onde estão marcadas as histórias de muitos massacrados pelo preconceito, desigualdades sociais e intolerâncias.
O respeito e autoconfiança são resgatados, apresentando uma nova realidade possível de transformação. Os alunos saem da condição de marginalidade e iniciam no campo das possibilidades, ao lutarem pelos seus ideais, pelas suas conquistas, enfrentando os obstáculos, não mais com a violência, mais com o conhecimento.

A professora pede, como trabalho sobre a leitura, que escrevessem uma carta para a mulher que havia protegido Anne Frank, falando sobre o que acharam do livro. Os alunos, se sentindo sujeitos na sua história, têm a idéia de realmente mandar estas cartas. Assim, eles mesmos arrecadam fundos para pagar todas as despesas que haveria.         Foi estudando a história do holocausto que a turma 203 passou de guetos para uma única família sem preconceito.
 O prazer de ter o dever cumprido por esta professora nos leva a refletir que, não precisa ser ditador, mas sim pacificador para educar; ser o condutor de sonhos, o diretor de muitas historias de sucesso, sem usar muitos artifícios, mas transbordar em companheirismo, amor e dedicação.

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