Os Pensadores da Educação
Por: vanjoel • 1/9/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.522 Palavras (7 Páginas) • 135 Visualizações
FERNANDO DE AZEVEDO
Biografia do Pensador/a
Terceiro ocupante da Cadeira 14, eleito em 10 de agosto de 1967, na sucessão de Antonio Carneiro Leão e recebido pelo Acadêmico Cassiano Ricardo em 24 de setembro de 1968.
Fernando de Azevedo, professor, educador, crítico, ensaísta e sociólogo, nasceu em São Gonçalo do Sapucaí, MG, em 2 de abril de 1894, e faleceu em São Paulo, SP, em 18 de setembro de 1974.
Filho de Francisco Eugênio de Azevedo e de Sara Lemos Almeida de Azevedo, cursou o ginasial no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo. Durante cinco anos fez cursos especiais de letras clássicas, língua e literatura grega e latina, de poética e retórica; e, em seguida, cursou Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo.
Foi, aos 22 anos, professor substituto de latim e psicologia no Ginásio do Estado em Belo Horizonte; de latim e literatura na Escola Normal de São Paulo; de sociologia educacional no Instituto de Educação da Universidade de São Paulo; catedrático do Departamento de Sociologia e Antropologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Professor emérito da referida faculdade da USP.
Foi Diretor geral da Instrução Pública do Distrito Federal (1926-30); Diretor Geral da Instrução Pública do Estado de São Paulo (1933); Membro da Comissão organizadora da Universidade de São Paulo (1934); Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo (1941-42); Membro do Conselho Universitário por mais de doze anos, desde a fundação da Universidade de São Paulo; Secretário da Educação e Saúde do Estado de São Paulo (1947); Diretor do Centro Regional de Pesquisas Educacionais, que ele instalou e organizou (1956-61); Secretário de Educação e Cultura no governo do prefeito Prestes Maia (1961); redator e crítico literário de O Estado de São Paulo (1923-26), jornal em que organizou e dirigiu, em 1926, dois inquéritos um sobre a arquitetura colonial, e outro sobre Educação Pública em São Paulo, abordando os problemas fundamentais do ensino de todos os graus e tipos, e iniciando uma campanha por uma nova política de educação e pela criação de universidades no Brasil. No Distrito Federal (1926-30), projetou, defendeu e realizou uma reforma de ensino das mais radicais que se empreenderam no país. Traçou e executou um largo plano de construções escolares, entre as quais as dos edifícios na rua Mariz e Barros, destinados à antiga Escola Normal, hoje Instituto de Educação. Em 1933, quando Diretor Geral da Instrução Pública do Estado de São Paulo, promoveu reformas, consubstanciadas no Código de Educação.
Fundou em 1931, e dirigiu por mais de 15 anos, na Companhia Editora Nacional, a Biblioteca Pedagógica Brasileira (B.P.B.), de que faziam parte a série Iniciação Científica e a coleção Brasiliana. Foi o redator e o primeiro signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (A reconstrução educacional no Brasil), em 1932, em que se lançaram as bases e diretrizes de uma nova política de educação. Foi presidente da Associação Brasileira de Educação em 1938 e eleito presidente da VIII Conferência Mundial de Educação que deveria realizar-se no Rio de Janeiro. Eleito no Congresso Mundial de Zurich (1950) vice-presidente da International Sociological Association (1950-53), assumiu com os outros dois vice-presidentes, Morris Ginsberg, da Inglaterra, e Georges Davy, da França, a direção dessa associação internacional por morte de seu presidente, Louis Wirth, da Universidade de Chicago. Membro correspondente da Comissão Internacional para uma História do Desenvolvimento Científico e Cultural da humanidade (publicação da Unesco); um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Sociologia, de que foi presidente, desde sua fundação (1935) até 1960; foi presidente da Associação Brasileira de Escritores (seção de São Paulo). Durante anos escreveu para O Estado de São Paulo.
Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (1944); Cruz de Oficial de Legião de Honra, da França (1947); Prêmio de Educação Visconde de Porto Seguro, conferido pela Fundação Visconde de Porto Seguro, de São Paulo (1964); Prêmio Moinho Santista (1971) em Ciências Sociais. Pertenceu à Academia Paulista de Letras.
Contribuição que o/a pensador/a apresenta para a Educação
Suas idéias tinham como objetivo a democratização da educação, defendia a escola publica , laica, obrigatória e a escola como dever do estado. Fernando de Azevedo foi protagonista de vários acontecimentos no âmbito da educação no Brasil principalmente entre os anos de 1920 e 1960. A reforma que ele propôs contém tem 3 objetivos ;
- A escola como um direito para todos em idade escolar
- Integração dos níveis de ensino, ensino primário, ensino técnico profissional e ensino normal.
- Adaptação a meio geográficos, essa idéia partiu da percepção de no estado do Rio de Janeiro havia três tipos de ambientes geográficos, o urbano, rural e marítimo. Cada escola daria prioridade ao que diz respeito ao seu meio e suas necessidades.
Essa reforma foi aprovada em 1927.
Azevedo via a escola como formadora do cidadão, onde o aluno é preparado para relações sociais quanto para o mercado de trabalho.
Ele pensava também sobre a arquitetura da escola, com objetivo de mudar a realidade, pois naquela época as escolas funcionavam em prédios velhos ou alugados, apoiava uma estrutura arquitetônica conhecida como neo colonial que tinha traços do barroco e representação de elementos referente a elementos da fauna brasileira e sua cultura.
Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço filho são três educadores que uma contribuição importante na historia da educação brasileira, no âmbito de modernização da escola, democratizar a escola para que todos tivessem o direito de freqüentá-la.
Fernando de Azevedo é um dos primeiro redatores e signatários do manifesto dos pioneiros da educação. Participou da fundação da USP
Conceito de escola nova, que focava no estudo mais cientifico da educação.
Foi também pioneiro da Psicomotricidade na Escola Pública Brasileira. Pois sendo formado em educação física acreditava na saúde do corpo. Três contribuições fundamentais: "
1. A grande reforma do ensino no antigo Distrito Federal (1927-1930) (...), reforma essa que, segundo as opiniões mais autorizadas, foi o marco inicial do processo de modernização do ensino no Brasil.
2. O Manifesto dos pioneiros da educação nova (1932) (...), documento único na historia da educação brasileira. (...) Subscrito por um grupo dos mais eminentes educadores e intelectuais, mantém até hoje sua validade.
3. “A monumental obra A cultura brasileira, redigida inicialmente para servir de introdução ao recenseamento de 1940, tornou-se de consulta obrigatória para quem deseja conhecer a evolução da cultura nacional, em todos os seus aspectos” (Carta ao Jornal do Brasil, 1976).
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