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Os Pensadores da Educação

Por:   •  10/5/2015  •  Dissertação  •  470 Palavras (2 Páginas)  •  224 Visualizações

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         O homem não vem ao mundo com um registro de como se defender. Todos aqueles comportamentos que aparecem espontaneamente nos animais, sem a necessidade de uma aprendizagem, nos homens são insuficientes para o enfrentamento de toda a complexidade que o caracteriza. O fato de o homem não ter a parte principal de sua conduta determinada pela herança biológica o torna capaz de criar, inventar e ser agente de sua própria história.  “A vaca sabe ser vaca. Mas o homem precisa de bula para ser homem”. Essa afirmação de Jorge Forbes sintetiza algo essencial da condição humana: a necessidade do Outro. O animal vive movido pela convicção de seus instintos, que não relutam em dar respostas rápidas, automáticas e eficazes a um estímulo interno ou externo. Os animais não são tomados por vacilações quando afetados por algum acontecimento do seu meio nem se consomem em dúvidas “existenciais”.

A herança do ser humano, não é uma herança biológica, mas cultural. Não são os comportamentos herdados ou inatos que direcionarão a conduta do homem ao longo de sua vida, mas as heranças culturais, igualmente determinantes que permitem sua metabolização pelo sujeito. Sua primeira intervenção na psicanálise é para situar o Eu como instância de desconhecimento, de ilusão, de alienação, sede do narcisismo. É o momento do Estádio do Espelho. O Eu é situado no registro do Imaginário, juntamente com fenômenos como amor, ódio, agressividade. Distingue-se do Sujeito do Inconsciente, instância simbólica. Lacan reafirma, então, a divisão do sujeito, pois o Inconsciente seria autônomo com relação ao Eu. Esse registro é o do Simbólico, é o campo da linguagem, do significante.  O momento da descoberta pela criança de que no espelho existe alguma coisa que tomará como um “outro”, denuncia uma mudança importantíssima no seu psiquismo. Ela já começa a diferenciar o eu do outro, embora ainda não consiga separação completa e realista de ambos, visualizando o outro a partir de sua própria imagem o tomando sua imagem como sendo o outro um estranho no qual não se reconhece.

O olhar da mãe fornecerá para a criança as primeiras imagens de si mesma. É pelo espelho do olhar materno que o bebê começa a se ver e reconhecer. Portanto, o eu começa a se formar de maneira alienada. Com o olhar materno será constituído a partir dos seus desejos projetados na criança, serão os desejos maternos que serão tomados como sendo próprios desejos da criança. A aparição da figura paterna na relação estabelecida entre mãe e filho representará um interdito, instaurando o lugar da lei na estrutura psíquica. A inserção do nome PAI permitirá a constituição de um lugar próprio da criança destacado da figura materna. A chegada do pai afasta a criança da mãe e ao fazê-lo designa-lhe um lugar próprio onde encontrará sua própria imagem, sua identidade ou seu nome.

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