PENSADORES DA EDUCAÇÃO-MANOEL BOMFIM
Por: Letícia c. • 3/5/2020 • Trabalho acadêmico • 1.021 Palavras (5 Páginas) • 108 Visualizações
PENSADORES DA EDUCAÇÃO: MANOEL BOMFIM
Manoel José de Bomfim nasceu na cidade de Aracaju - Sergipe em 8 de agosto de 1868, foi um médico, psicólogo, pedagogo, sociólogo, historiador e intelectual brasileiro. Um dos primeiros críticos do racismo científico).
Desde sempre demonstrava ser muito inteligente, estudou em sua cidade natal até os 12 anos. Em 1886 ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, mais tarde se transferiu para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde concluiu o curso.
Entre 1891 e 1894 foi nomeado médico da Polícia Militar do Rio de Janeiro e logo após foi nomeado a tenente cirurgião. Nessa época se casou, foi morar no interior com sua esposa que se chamava Natividade de Oliveira, tiveram dois filhos: Aníbal e Maria.
Sua primogênita, Maria, faleceu com 1 ano e 2 meses e provocou em Manoel uma dor tão grande que ele abandonou a medicina.
Depois de alguns anos, voltou ao Rio de Janeiro e se dedicou aos Estudos Sociais e à Educação, oito anos depois ingressou no magistério e lecionou Educação moral e Cívica na Escola Normal do Rio de Janeiro.
Na Recém Proclamada República, final do século 19, foi nomeado Diretor geral do Pedagogium, onde ele começou como professor antes de se tornar diretor e lá permaneceu por 18 anos. O Pedagogium era um estabelecimento de ensino profissional, criado em 1890 com o propósito de coordenar e controlar as atividades pedagógicas do país, era também um centro impulsionador de reformas e melhorias para o ensino público além de funcionar como um museu pedagógico, onde professores da época fariam formação continuada, e suas experiências e trabalhos feitos ao longo do curso ficavam nesse local, a título de pesquisa.
Em viagem a Paris, em 1902, mandado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, a fim de estudar os estabelecimentos pedagógicos daquele continente, entre 1902 e 1903, também estudou Psicologia na Sorbonne (França), com o propósito de especializar-se nessa disciplina para estar em condições de melhor desempenhar as suas tarefas no “Pedagogium”. Bomfim estudou com Georges Dumas e Alfred Binet, com quem planejou a instalação do primeiro Laboratório de Psicologia Brasileiro, instalado no Pedagogium mas que foi extinto em 1919.
De volta ao Brasil, em 1905, foi Diretor interino da Instrução Pública do Rio de Janeiro e em 1906 foi nomeado Diretor Geral da Instrução Pública do Distrito Federal.
Em 1907, foi eleito Deputado Estadual e como deputado defendeu importantes projetos no âmbito da educação.
INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Ligada ao Partido Operário Independente, Bomfim participou da criação da Fundação da Universidade Popular de Ensino Livre, instituição centrada na educação de jovens e adultos, que representou um marco na luta por um modelo de educação popular no Brasil.
Enquanto vivia, Bomfim defendia a ampliação da educação pública como meio para a emancipação e para a construção de uma sociedade democrática. Segundo ele, era preciso rever a educação se o objetivo fosse melhorar a cidadania. Em suas obras, sempre colocou o acesso à educação como condição fundamental para a superação da herança colonial.
No campo da Educação e da Psicologia produziu uma vasta obra, além de livros didáticos de Língua Portuguesa, em co autoria com Olavo Bilac (fundador da Academia Brasileira de Letras). Dentre eles, os seguintes livros: O facto psíquico (1904); Lições de Pedagogia (1915); Noções de Psychologia (1916), obras utilizadas com suporte para suas aulas na Escola Normal; Pensar e Dizer: estudo do symbolo no pensamento e na linguagem (1923) e O methodo dos testes (1928); f Cultura e Educação do povo brasileiro (1932), premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1933; Além outras publicações como: Crítica à Escola Activa, O fato psychico, As alucinações auditivas do perseguido e O respeito à criança.
Suas obras mais conhecidas, são sobre o Brasil e a América Latina, consideradas hoje como clássicos do pensamento radical brasileiro, são elas: A América Latina: males de origem (1905/1993); Através do Brasil: prática da Língua Portuguesa : Narrativa; O Brasil na América: caracterização da formação brasileira; O Brasil na História: deturpação das tradições, degradação política; O Brasil Nação;
Nessas obras, de caráter bastante crítico é explicita uma visão contraposta ao ideário hegemônico brasileiro da época,
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