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PSICOMOTRICIDADE E ALFABETIZAÇÃO: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

Por:   •  22/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  9.272 Palavras (38 Páginas)  •  144 Visualizações

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  PSICOMOTRICIDADE E ALFABETIZAÇÃO:

UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

Autor: Adriane Martins

Orientadora: Maria Pérola Cardoso Figueiredo

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso de Licenciatura em Pedagogia - Turma PED1204

Projeto de Ensino - PE

26/05/2018

RESUMO

A temática desta pesquisa investiga a corporeidade no processo do desenvolvimento infantil tendo como ferramenta  nas práticas educativas aplicadas a psicomotricidade. A pesquisa bibliográfica buscou conceituar e confirmar a eficácia da apropriação sobre o desenvolvimento psicomotor, corroborando com as atividades aplicadas no estágio supervisionado. Tais atividades puderam comprovar, de forma suscinta, a aplicabilidade dos conceitos psicomotores e verificar na prática a efetividade desses conhecimentos em prol da melhoria da qualidade na aprendizagem da leitura e escrita.

Palavras-chave: Psicomotricidade. Alfabetização. Corporeidade. Desenvolvimento.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema central o estudo da corporeidade, concentrando nas  metodologias de ensino cujo enfoque será dado a psicomotricidade como ferramenta de trabalho e desenvolvimento. O tema “A Corporeidade nas Práticas Educativas – A Psicomotricidade como estímulo para o desenvolvimento infantil”, apresentará a psicomotricidade como atividade corporal, auxiliadora na ampliação das potencialidades físicas, psicológicas e motoras dos alunos  para o desenvolvimento da alfabetização.

Por muito tempo o corpo foi entendido como dissociável da mente, e esse entendimento, de certa maneira, ainda é cultivado por esse dualismo e se faz presente em diversos espaços sociais. A escola, existindo como espaço social, onde se desenvolvem práticas educativas para o processo de ensino-aprendizagem, pressupõem a possibilidade de formação do sujeito na totalidade humana como ser uno e indivisível. A integração deste corpo se faz necessária porque, em uma compreensão mais ampla, elabora na criança a passagem da atividade simbólica, que são as representações mentais, para o mundo concreto, fazendo-a relacionar-se com este mundo. Dentro deste contexto, entende-se que a criança precisa ser trabalhada como um todo – corpo e mente.

Levando em consideração que as primeiras formas de manifestação de si são feitas através do corpo, não se pode ignorar o papel deste  no desenvolvimento das formas de comunicação. Por consequencia, quanto mais estimulação a criança receber, melhor a possibilidade de uma adaptação motora, desenvolvimento psicomotor e , melhor comunicação.

A corporeidade[1] é a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como instrumento relacional com o mundo. A criança ao se relacionar com o mundo, seja no seu meio familiar ou escolar, sente vontades, emoções e necessidade de movimentar-se e explorar tudo o que a cerca. Essa dominação do espaço explorado dá a criança suporte para melhor conhecimento do seu corpo e autonomia de seus movimentos.

Percebe-se, portanto, que a educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento do seu próprio corpo, levando em consideração a sua idade, cultura corporal e seus interesses. A educação psicomotora utiliza as funções perceptivas, afetivas e motoras, dando à criança a possibilidade de explorar o ambiente e vivenciar experiências concretas indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, tornando-a capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.

        No desenvolvimento infantil, a descoberta do corpo e seus movimentos é o processo pelo qual a criança inicia sua comunicação com o mundo, é a primeira linguagem que o ser humano expressa, os quais, aos poucos vão se estruturando, assumindo significações e exercendo influências no comportamento.

O começo da alfabetização, período em que a criança inicia sua apropriação da leitura e da escrita, é marcado pela passagem da educação infantil para o ensino fundamental, momento este de grande importância e inúmeras mudanças na vida escolar da criança. Apesar de não existir uma regra para essas mudanças, elas são fundamentalmente, a divisão das disciplinas, a inserção de avaliação com provas, o aumento gradativo de tarefas para casa e em algumas instituições, o aumento de alunos na sala de aula. Dentro desta perspectiva, a tendência é que o tempo e o espaço destinado as brincadeiras diminuam, devido ao aumento da demanda pedagógica.

A corporeidade, o conhecimento do corpo e suas funções auxiliam neste momento de transição, pois o corpo é um meio de expressão e comunicação, das emoções, das ações, dos afetos, dos pensamentos e da autopercepção, e para que haja o desenvolvimento da escrita é necessário a execução de inúmeros movimentos, entre eles os movimentos que utilizam a coordenação fina e ampla, a dominância da lateralidade, a formação da imagem corporal, o equilíbrio, entre outros, os quais são imprescindíveis para esse aprendizado.

Sendo assim, para este estudo, foi pesquisados autores que corroboram com a ideia do uso da psicomotricidade nas práticas educativas, analisando conceitos e estudos bibliográficos que reforcem a importância desta aplicabilidade no cotidiano escolar.

Objetivando compreender a relação da psicomotricidade no processo de aquisição da leitura e da escrita, este trabalho procurou, dentro de uma análise teórica, observar e compreender a seguinte indagação: Quais as dinâmicas psicomotoras que contribuem para a alfabetização?

O questionamento acima, foi investigado através de estudo sobre o histórico e conceito da psicomotricidade e o desenvolvimento psicomotor. Também, o conceito de alfabetização foi explanado para melhor entender como a psicomotricidade se relaciona com este desenvolvimento. E por fim, como o uso de atividades psicomotoras auxiliam e contribuem para a aquisição da leitura e escrita.

Esta pesquisa foi concebida através de estudo de atividades realizadas durante o estágio supervisionado no primeiro ano do ensino fundamental em escola da rede particular na cidade de Florianópolis (SC). Também foram utilizadas revisão bibliográfica de livros, periódicos e trabalhos acadêmicos como fonte de pesquisa e embasamento teórico de conceitos.

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