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Por: BIASUYLA • 11/12/2021 • Projeto de pesquisa • 2.123 Palavras (9 Páginas) • 439 Visualizações
Vivência Educativas
A importância do plano de aula para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem
Rita Peres Silva
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo analisar se o plano de aula é realmente importante para que aprendizagem aconteça de modo satisfatório e significativo auxiliando trabalho pedagógico do professor como uma ferramenta de grande relevância no desenvolvimento do ensino e aprendizagem. Atualmente o planejamento é utilizado para organizar a ação educativa uma vez que permite que se levante o questionamento do tipo de cidadão que se pretende formar, deixando, assim, de ser um simples regulador para se tornar ato político-filosófico, científico e técnico. É um trabalho presente que prepara para o futuro visando à transformação da sociedade. Palavras-chave: Plano de aula. Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
O planejamento está presente em nosso dia a dia, ao nortear a realização das atividades do cotidiana é de fundamental importância para o êxito das ações a serem desenvolvida, inclusive na atividade docente, durante o processo educativo.
A ausência do planejamento para o desenvolvimento da aula pode ter consequências caóticas, resultados desastrosos, indesejados e inesperado, no âmbito educacional, pode acarretar aulas monótonas, improvisadas, desorganizadas, desestimulantes, desencadeando o desinteresse dos estudantes pelo conteúdo e pelas aulas, prejudicando a o ensino-aprendizagem, tendo assim oposição aos resultados desejados para a boa formação.
O presente trabalho almeja analisar teorias que comprove que o plano de aula é importante para que o ensino seja eficaz e aprendizagem aconteça de forma satisfatória e que tenha significado.
1 Nome do acadêmico: Rita Peres Silva
2 Nome do Professor tutor externo: Liliane Pereira de Sousa
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – 10/12/2021
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As ações educativas devem ter como perspectiva a construção da sociedade conscientes de seus direitos e obrigações, sejam eles individuais ou coletiva, no entanto o professor deve planejar pois é seu dever ter uma perspectiva na construção de uma sociedade, ou seja, na formação do cidadão ciente dos seus direitos e obrigações conforme a citação abaixo:
A educação, a escola e o ensino são os grandes meios que o homem busca para poder realizar o seu projeto de vida. Portanto, cabe à escola e aos professores o dever de planejar a sua ação educativa para construir o seu bem viver. (MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001, p.11)
Apesar do planejamento da ação educativa ser de suma importância, existem professores que são negligentes na sua prática educativa, improvisando suas atividades em consequência, não conseguem alcançar os objetivos quanto à formação do cidadão.
A ausência de um processo de planejamento de ensino nas escolas, aliado às demais dificuldades enfrentadas pelos docentes do seu trabalho, tem levado a uma contínua improvisação pedagógica das aulas. Em outras palavras, aquilo que deveria ser uma prática eventual acaba sendo uma “regra”, prejudicando, assim, a aprendizagem dos alunos e o próprio trabalho escolar como um todo. (FUSARI, 2008, p.47)
Para Moretto (2007, p.100) “Há, ainda, quem pense que sua experiência como professor seja suficiente para ministrar suas aulas com competência.” Há ainda Muitos Docentes que têm esse pensamento desconsiderando a função do planejamento e sua importância, simplesmente estão preocupados em ministrar conteúdos, desconsiderando a realidade e a herança cultural existente em cada comunidade escolar bem como suas necessidades.
Muitas vezes os professores trocam o que seria o seu planejamento pela escolha de um livro didático. Infelizmente, quando isso acontece, na maioria das vezes, esses professores acabam se tornando simples administradores do livro escolhido. Deixam de planejar seu trabalho a partir da realidade de seus alunos para seguir o que o autor do livro considerou como mais indicado (MEC, 2006, p. 40).
O que acontece muitas vezes é que o professor se prende nas questões técnicas, ou seja, burocrática e acabam que repetindo os planos para entrega na Coordenação Pedagógica para ter a sensação de mais um documento entregue como diz Fusari “em muitos casos, os professores copiam ou fazem cópia do plano do ano anterior e o entregam a secretaria da escola, com a sensação de mais uma atividade burocrática” (FUSARI, 2008, p. 45).
Luckesi (2001, p.106) afirma que o ato de planejar, em nosso país, principalmente na educação, tem sido considerada como uma atividade sem significado, ou seja, os professores estão muito preocupados com os roteiros bem elaborados e esquecem do aperfeiçoamento do ato político do planejamento.
Os docentes precisam quebrar o paradigma de que o planejamento é um ato simplesmente técnico e passar a se questionarem sobre o tipo de cidadão que pretende se forma e por meio dessa ferramenta buscar estratégia que possa realmente trazer resultados para o desenvolvimento da aprendizagem significativa em busca de tornar os alunos atuante na sociedade confirma Luckesi (2001, p.108) na seguinte citação:
O planejamento não será nem exclusivamente um ato político-filosófico, nem exclusivamente um ato técnico; será sim um ato ao mesmo tempo político-social, científico e técnico: político-social, na medida em que está comprometido com as finalidades sociais e políticas; científicas na medida em que não pode planejar sem um conhecimento da realidade; técnico, na medida em que o planejamento exige uma definição de meios eficientes para se obter resultados.
Esse fazer que é se planejar não pode priorizar o lado técnico em detrimento do lado político-social ou vice-versa, todos os dois são de grande relevância, por este motivo, devem ser muito bem pensados ao serem formulados visando à transformação da sociedade então para que isso aconteça o professor deve conhecer a realidade do seu alunado e a partir de então fazer o plano de aula, assim será muito mais fácil a criança aprender e essa aprendizagem ter significado na sua vida.
Pensando na formação do cidadão o professor deve pensar que o plano de aula deve nortear suas aulas em busca do desenvolvimento do ser humano que possa ter autonomia, em tomadas de decisões, resolver os seus problemas ter a capacidade de traçar seus caminhos, pois o planejamento deve se pensar como um processo educativo na citação abaixo pode se compreender que o professor deve ter conhecimento científico que norteia suas ações, para que chegue ao objetivo almejado.
Essencialmente, educar/ensinar é um ato político. Entendamos bem essa proposição: a essência política do ato pedagógico orienta a práxis do educador quanto aos objetivos a serem atingidos, aos conteúdos a serem transmitidos e aos procedimentos a serem utilizados, quando do trabalho junto a um determinado grupo de alunos.” (SILVA, EZEQUIEL, 1991, p.42 in Hypolitto 2008, p. 6) Menegolla & Sant’Anna (2001) ainda completam argumentando que o plano das aulas visa à liberdade de ação e não pode ser planejado somente pelo bom senso, sem bases científicas que norteiem o professor. Segundo Gutenberg (2008, p. 21) essa base científica utilizada para organizar o trabalho pedagógico são os pilares e princípios da Educação, anunciados e exigidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96) (MEC, 2008); por este motivo faz-se necessário conhecê-los e compreendê-los muito bem.
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