Pedagogia Educação de Jovens e Adultos
Por: Elizandra Alves Pereira • 4/9/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 878 Palavras (4 Páginas) • 102 Visualizações
Pesquisa em Educação
CIRCUITO INICIAL
AULA 1
1 A FORMAÇÃO EM PESQUISA
O Pensador (1889), do escultor francês Auguste Rodin (1840-1917), representa uma figura humana em reflexão e preocupação sobre o seu destino. A escultura tornou-se um ícone popular da imagem de um filósofo. Rodin não considerava somente como um pensador, sua concepção era ele (o pensador) como um criador.
Aqui, aproveito para ilustrar a nós, professores e/ou futuros agentes da educação, como pensadores e pesquisadores. Pois, primeiramente, uma pesquisa não se realiza se não houver reflexão e preocupação com pessoas e situações do mundo em que vivemos. Esse é o mote/incentivo/estímulo, ou como preferirem se referir, que sempre se desdobra em profundas inquietações sobre a vida e o que fazemos com ela, tanto no campo pessoal quanto no campo profissional.
Um segundo aspecto é o fato de, por meio dessas inquietações, buscarmos mecanismos de investigação que possam responder, ainda que provisoriamente, nossas questões. Por isso, a inquietação e a necessidade de investigação são incessantes e próprias da natureza humana. Na medida em que procuramos solucionar problemas que construímos, com base em experiências do cotidiano, e investimos cada vez mais em compreender novos fenômenos e situações.
Bem, mas, especificamente, o que tem isso a ver com a Pesquisa em Educação?
Eis uma questão importante para tratarmos. A educação se constitui de um conjunto de pessoas com funções distintas e finalidades quase sempre comuns. Mas, essa compreensão não é suficiente para respondermos à questão. A Pesquisa em Educação é feita de observação, mas, principalmente, de reflexão. A todo o momento refletimos, pensamos sobre as situações vivenciadas, seja por se pautar em harmonia/conflito seja por se pautar em satisfação/insatisfação pela forma como acontece o cotidiano educacional. Esses pares de opostos (harmonia/conflito e satisfação/insatisfação) representam alguns dos dilemas diários que se constituem no ambiente escolar, do qual os professores são protagonistas.
Por outro lado, esses mesmos professores estão frequentemente em diálogo com documentos oficiais que se articulam nas deliberações desse ambiente da escola e do que é feito no processo de aprendizagem. Contudo, muitos desses diálogos deixam a desejar quanto à participação do conjunto dos professores, seja porque não lhes sobre tempo, dada a jornada intensa de aulas e tarefas complementares, seja porque acreditem que esse diálogo não lhes pertence. Prefiro, então, pensar que, quanto mais professores aderirem ao diálogo e a todo o processo de construção de conhecimento, melhor, ainda, a forma como esse conhecimento será disseminado.
A pesquisa é um caminho valioso que permite um horizonte de novos conhecimentos, diferenciando e superando, assim, o conhecimento do senso comum.
De outro modo, quando tratamos de documento oficial, como é o caso das diretrizes do Curso de Pedagogia (comentadas no Livro de Estudos), reconhecemos um processo de organização e uma perspectiva de regulação na formação inicial de professores. Portanto, as políticas educacionais buscam efetivar regulações, cujos documentos oficiais são alguns dos vetores que viabilizam na prática essas políticas. Logo, estar ausente nesse processo de discussão e implementação das políticas fortalece mais ainda um mecanismo alienante, no qual, ao contrário disso, o professor deve se envolver, com discussões para compreender seu papel e para que sua participação seja ativa no sentido de transformar-se e ser agente de transformação. É por isso, também, que cada vez mais pesquisas buscam entender os documentos oficiais com interpretações e proposições inovadoras.
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