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Pedagogia social: A atuação do pedagogo em ambiente não escolar.

Por:   •  14/8/2018  •  Resenha  •  1.255 Palavras (6 Páginas)  •  458 Visualizações

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ARAÚJO, Nádia Fernanda Martins de. et. al. Pedagogia social: a atuação do pedagogo em ambiente não escolar. MACHADO, Eveley Monteiro. Pedagogia social no Brasil: Políticas, Teorias e práticas em construção. LEMOS, Ilane Barbosa & CABRAL, Carmen Lúcia de Oliveira. O pedagogo e os campos de atuação não escolar: desafios/dificuldades para inserção desse profissional. Orzechowski, S. T. Machado, E. R. & Olkivera, A. A. de. A formação do pedagogo para além da docência possibilidades de articulação entre a pedagogia social educação popular educação social, 2014.

Maria Nacif de Melo

A presente resenha descreve os conteúdos dos artigos elencados que tratam sobre o percurso de desenvolvimento do Curso de Pedagogia com ênfase na Pedagogia em ambientes Não escolares.

O artigo “Pedagogia social: a atuação do pedagogo em ambiente não escolar” trata sobre a formação da Pedagogia desde a Grécia Antiga onde surgiu a nomenclatura “paidagogos” utilizada para denominar pessoa que acompanhava crianças, ensinando-lhes regras de convívio e outros ensinamentos sobre o comportamento em sociedade. Adiante, afirma-se que a educação supera os muros da escola, chegando aos espaços externos o que faz que tenha sentido formativo mais amplo.

Dentre as bases normativas apontadas consta o Parecer do Conselho Nacional de Educação – CNE em seu artigo 4º, inciso IV, que prevê trabalho do pedagogo em “espaços escolares e não escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos”. A seguir se fala sobre Comenius, no século XVIII, que desenvolve prática educacional social e sobre Pestalozzi que trabalha no acolhimento dos marginalizados.

O termo Pedagogia Social, segundo os autores, surgiu por meio de pesquisadores alemães, Magwer (1844) e Diesterweg (1850). Afirmam que os conflitos na Europa nos séculos XIX e XX, guerras e pós- guerra, serviram para que essa Pedagogia social se desenvolvesse. Na atualidade, a forma mais utilizada para denominar esse profissional é Educador Social, não havendo, porém, consenso sobre uma só nomenclatura.

Sobre pedagogia social no Brasil, os autores citam Paulo Freire (2005) na obra “Pedagogia do Oprimido” como proposição que está alinhada a esse tipo de trabalho pedagógico relacionado ao popular.

No artigo “Pedagogia Social no Brasil: Políticas, teorias e Práticas em Construção” o autor aponta a problematização que se faz sobre o significado da Pedagogia Social e sua abrangência. Questiona-se se a Pedagogia em si já não é Social. Aponta o tratamento que se deu à Pedagogia Social por meio das concepções da visão neoliberal desde o século XX cuja ideia era a de que a educação precisava apresentar resultados alinhados aos investimentos.

Aborda historicamente as bases normativas da educação desde a declaração Universal dos Direitos Humanos, passando por várias convenções até chegar à Constituição Federal de 1988, artigo 205, que trata sobre “educação como direito de todos e dever do estado e da família” e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394 (1996), artigo 1º, que prevê a Educação como os “processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais” [...].  

Afirma que fora do ambiente escolar há necessidades formativas de diversas dimensões: cultura, lazer, suprimento de necessidades básicas, atendimento a populações expostas a riscos etc. Diante dessas necessidades são realizados projetos para implementações de políticas que desenvolvam soluções sociais, nas quais há exigência de participação de profissional habilitado como o Pedagogo social.

A seguir, aponta como a profissão Pedagogia Social se desenvolveu na Europa, onde o profissional é chamado Educador social, Pedagogo Social e Educador Profissional. Na Itália, segundo os autores, a Pedagogia Social é associada à ciência da educação social produzida pelos meios de comunicação; na França está associada ao atendimento das necessidades sociais; nos países anglo- saxões privilegia-se a compensação de carências sociais; na Espanha é estruturada em três eixos: educação de adultos, inserção e adaptação social e formação na empresa.  

O artigo “O Pedagogo e os Campos de Atuação Não Escolar: desafios/dificuldades para inserção desse profissionaltrata da institucionalização do Curso de Pedagogia apontando - se problemas de caracterização e definição. Informa que em 1939 ocorre o “disciplinamento do curso de pedagogia da Faculdade Nacional de Filosofia”, organizado segundo os direcionamentos do governo de Vargas.

Afirma que se começou a pensar nas possibilidades de desenvolver uma educação capaz de atender à demanda exigida pelo modelo de sociedade da época. Esse processo de expansão do modelo neoliberal acaba por influenciar o campo educacional fazendo surgir novas demandas, como as das empresas por profissionais que tratam bem dos clientes e se relacionem bem no trabalho. Essas novas demandas repercutem na formação do Pedagogo por se necessitar socialmente de profissional que tenha condições de trabalhar com o desenvolvimento dessas habilidades, indo além da escola aos espaços não escolares.

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