Processo de Coleta de Dados
Por: Daiane Dreger Josemar Da Silva • 30/7/2015 • Projeto de pesquisa • 1.532 Palavras (7 Páginas) • 419 Visualizações
PROCESSO DE COLETA E
SISTEMATIZAÇÃO DE DADOS
Terezinha Bazé de Lima
De acordo com Bastos e Keller (1195, p. 53) apud Fiorentini & Lorenzato (2006) a pesquisa científica é uma investigação metódica a respeito de um determinado assunto, com objetivo de esclarecer aspectos do objeto em estudo. Na mesma linha, Trujillo (1982, p. 167) afirma que pesquisa é uma atividade humana, honesta cujo propósito é descobrir respostas para as indagações ou questões significativas que são propostas. Assim, pesquisar significa perseguir uma interrogação, problema ou pergunta de modo rigoroso, sistemático sempre andando em torno dela, buscando todas as dimensões... qualquer que seja a concepção de pesquisa assumida pelo pesquisador (BICUDO, 1993, p. 19).[1]
Algumas modalidades de pesquisa - Tipos de pesquisa e/ou estudo em educação:
Os estudos e ou pesquisas de campo requerem a utilização de variados instrumentos para coleta de dados, que consiste na construção e desenvolvimento de modos de investigar o objeto de estudo. Podemos destacar: formulários, questionários, entrevistas, observações, observação participante ou etnográfica. Também é importante destacar que o pesquisador para definir o instrumento para coleta de dados é preciso definir o tipo de pesquisa (estudo) que será delineado:
1 – pesquisa bibliográfica ou de revisão de literatura: é a modalidade de estudo que se propõe a realizar análises históricas e ou de revisão de estudos tendo como material de análise documentos escritos ou produções culturais selecionadas a partir de arquivos e acervos. Também é desenvolvida principalmente, a partir de livros e artigos científicos publicados em periódicos especializados, embora em quase todos os estudos seja exigido esse tipo de pesquisa. Contudo, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
OBS.: Essa modalidade de estudo compreende quanto ao tipo de “pesquisa do estado-da-arte”, principalmente, quando procuram inventariar, sistematizar e avaliar a produção científica numa determinada área do conhecimento (FIORENTINI, 2006). OBS.: A pesquisa puramente bibliográfica, de acordo com o Regulamento da Faculdade de Educação da UNIGRAN, não é permitida.
2 – pesquisa experimental ou de laboratório: caracterizam-se pela realização de um experimento. Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Pode ser desenvolvida também na área de ciências humanas e ciências sociais (RUIZ, 1991 apud CASTILHO, 2008).
3 – pesquisa de campo: de acordo com Fiorentini e Lorenzato (2006) a denominação “pesquisa naturalista ou de campo” normalmente é utilizada para designar que os dados dos estudos são coletados diretamente “no campo”, em contraste com aqueles realizados em biblioteca, museu ou em laboratórios e/ou ambientes especiais. É aquela modalidade de investigação na qual a coleta de dados é realizada diretamente no local em que o problema ou fenômeno acontece e pode se dar por amostragem, entrevista, observação participante, pesquisa-ação, aplicação de questionário e outros.
De acordo com Gil (2008) no estudo de campo, o pesquisador realiza a maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada a importância de o pesquisador ter tido ele mesmo uma experiência direta com a situação de estudo. Também se exige do pesquisador que permaneça o maior tempo possível no campo, pois somente com essa imerção na realidade é que se pode entender as regras, os costumes e as convenções que regem o grupo estudado.
4 – estudo de caso: De acordo com Castilho (2008) é a pesquisa que se faz sobre determinado indivíduo, família, grupo, instituição, empresa ou comunidade com o objetivo de realizar uma indagação em profundidade, para examinar o ciclo de sua vida ou aspecto particular desta. Já Fiorentini e Lorenzato (2006) citando Gil (1988) destaca que é um estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos com contornos claramente definidos, permitindo seu amplo e detalhado conhecimento.
Para o autor, o “caso” não significa apenas uma pessoa, grupo de pessoas ou uma escola. Pode ser qualquer “sistema delimitado” que apresenta algumas características singulares, por merecer uma investigação especial por parte do pesquisador. Nesse sentido, o autor enfatiza que o caso pode ser também uma instituição, um programa, uma comunidade, uma associação, uma experiência, um grupo de professores, uma classe de alunos e até mesmo um aluno ou um professor, etc. Por isso, o estudo de caso tende a seguir uma abordagem de pesquisa qualitativa.
A abordagem qualitativa busca investigar e interpretar o caso como um todo orgânico, uma unidade em ação com dinâmica própria, mas que guarda uma forte relação com seu entorno ou contexto sócio-cultural.
5 – pesquisa-ação e ou pesquisa colaborativa:
De acordo com os estudos de Thiollent, Barbier, Fiorentini e Chizotti, pode-se afirmar que pesquisa-ação é um tipo de pesquisa colaborativa e ativa, em que o pesquisador se introduz no ambiente a ser estudado não só para observá-lo e compreendê-lo, mas sobretudo para mudá-lo em direções que permitam a melhoria das práticas dos envolvidos no processo de pesquisa (sujeitos).
Portanto, é constituída como um procedimento voltado para a resolução de problemas práticos e que envolve uma ação conjunta ou cooperativa do pesquisador e pesquisados envolvidos nos problemas. Sendo assim, trata-se de um processo investigativo de intervenção em que caminham juntas prática investigativa, prática reflexiva e prática educativa. Isto posto, a pesquisa-ação possui uma METODOLOGIA própria, de acordo com as etapas descritas abaixo:
1. A Fase Exploratória (Diagnóstico da situação a ser pesquisada, levantamento dos problemas prioritários, estudo da viabilidade da pesquisa-ação no campo de pesquisa selecionado)
2. Realização de Seminário para apresentar a proposta preliminar em forma de projeto de pesquisa ao grupo de pesquisado e solicitar autorização e estabelecer o termo de aceite, e apresentação de tarefas entre o pesquisador e os pesquisados, ou seja, constituir os grupos de estudo e equipes de pesquisa.
3. Delimitação do campo de observação e seleção da amostragem (representatividade qualitativa de números de sujeitos que serão envolvidos com a pesquisa).
4. Coletas de Dados (Definição dos instrumentais para a coleta de dados) Ex.: Observação, entrevista coletiva, entrevista individual, aplicação de questionário, observação do participante.
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