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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Por:   •  14/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.949 Palavras (8 Páginas)  •  434 Visualizações

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO – OTP I

REGIANE FERNANDES MUSIAL

INTRODUÇÃO

           

         O Estagio desenvolvido na disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico I (OTP I) visa complementar a teoria com a observação da prática e atuação do pedagogo em espaços educativos não formais, e tomar conhecimento das especificidades do trabalho pedagógico. A proposta de realização do estágio supervisionado é efetuada pelo professor regente da disciplina Ricardo Patáro, ministrada ao segundo ano de Pedagogia Noturno, foi consolidada, no dia treze de novembro de dois mil e treze, no período da tarde, no Centro de Integração localizado na cidade de Campo Mourão. O Centro designado como Centro de Integração Primavera volta-se o seu atendimento para a educação não formal. O estágio se baseou em conversa com a Orientadora Pedagógica, do Centro mencionado anteriormente, com o objetivo de uma ampliação do conhecimento do educando quanto ao trabalho do pedagogo em novos espaços educativos. O estágio leva o estagiário a participar de um novo contexto educacional propiciando ao mesmo, um espaço para observação da estrutura física do local e da importância do trabalho desempenhado pelo pedagogo. A metodologia usada para o desenvolvimento do trabalho será bibliográfico e observação.

  1.  CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DO ESPAÇO EDUCATIVO

A educação pode ser classificada em três grandes categorias bem definidas: formal, não formal e informal (TRILLA, 2008). No caso deste relatório, o espaço para a realização desse relato se insere no campo definido por Trilla (2008) como educação não formal.

Recepcionados pela pedagoga (monitora) do Centro de Integração, que de imediato nos apresentou o espaço externo do Centro, que era composta por quadra, biblioteca, e um grande espaço com gramado onde as atividades eram realizadas. Ao adentrarmos no Centro, a pedagoga nos relatou sua trajetória como estudante de pedagogia da universidade estadual do Paraná na época Fecilcam, no decorrer do seu curso, por meio de trabalhos voluntários realizados em hospitais da região, desenvolveu uma verdadeira paixão pela educação não formal, dando sequência a este trabalho após a conclusão do seu curso, pós-graduada em gestão, ela (pedagoga) deixou bem claro que educação vai além das salas de aula, e sua preocupação em dar oportunidade às crianças. Para compreender a especificidade desse espaço, busquei o autor Trilla (2008), o qual estava estudando em sala, o assunto de seu texto me permitiu aprofundar o estudo sobre as lógicas da educação não formal. Trilla (2008), afirma que “a necessidade de criar, paralelamente à escola, outros meios e ambientes educacionais. Meios e ambientes que, claro não devem ser vistos necessariamente como opostos ou alternativos à escola, mas como funcionalmente complementares a ela.” Que resultam na visibilidade da educação não-formal.

Trilla (2008), critica e ultrapassa o sentido frequentemente impreciso com o qual se caracteriza a educação não formal e a informal por oposição à educação escolar. Além disso, Trilla (2008) diferencia a educação não formal de informal no amplo e heterogêneo setor educacional que resta para além do escolar, considerando os meios que “estão organizados para a consecução de objetivos educacionais explicitamente formulados, e os que foram conformados a partir de intervenções pedagógicas específicas”. Trilla, situa nesses diferentes compartimentos, por exemplo, respectivamente, um programa de televisão para ensino de língua estrangeira e um filme seriado de TV, um curso de reciclagem profissional e aprendizagens que se adquirem diretamente no processo de trabalho. Nesses casos, a intencionalidade no que diz respeito à modificação de condutas é o critério de classificação da não formal e da informal.

A pedagoga comenta que a meta do Centro Primavera é acolher 100 crianças, mas a estrutura física e econômica não comporta esse número, uma vez que o sistema não facilita a evolução do Centro, ficando a mercê de uma burocracia lenta, que às vezes parece ir contra o trabalho ali realizado, hoje atende 42 crianças de 6 a 14 anos e meio. O Centro designado como Centro de Integração Primavera volta-se o seu atendimento para a educação não formal que se distingue como “toda atividade organizada, sistemática, educativa, realizada fora do marco do sistema oficial, para facilitar determinados tipos de aprendizagem e subgrupos específicos da população, tanto adultos como infantis” Coombs (1975), a educação não formal implica em atividades com intencionalidade de educar, mas que apresentam formações pedagógicas não formalizadas, com pouca estruturação e sistematização, embora não seja realizada no âmbito escolar, possui uma intencionalidade e é essa que aproxima ou pelo menos deveria aproximar a educação não formal da formal aquela realizada nas escolas.

 O Centro é mantido pelo governo federal, mas para isso acontecer é preciso que a prefeitura desenvolva projetos que insiram o centro, sendo que quanto mais projetos a prefeitura vincula ao centro, mas verba assim recebe para desenvolver as atividades ali proporcionadas aos alunos. O centro também é vinculado a projetos sociais junto ao CRAS. Embora as informações sobre custos educacionais sejam sempre controvertidas, ainda quando se trate do universo escolar, tal informação é menos sistemática para a educação não formal e isso dá margem crer que seja mais barata TRILLA (2003), especialmente porque os custos de pessoal podem ser menores com uso de trabalho voluntário ou de indivíduos não plenamente profissionalizados.

A pedagoga atua no Centro de educação Primavera desde 2005, com total dedicação e compromisso com toda comunidade escolar do Jardim Laura. Acreditando no seu trabalho e buscando fazer a diferença na vida das pessoas, com um trabalho voltado ao desenvolvimento de vínculos, pais e alunos, alunos e Centro, alunos e professores, Centro e escolas, comunidade geral, como objetivo de complementar a educação formal e social, das crianças ali inseridas. As necessidades vieram de diferentes demandas: cuidado, formação, ambientes seguros e profissionais qualificados para deixar as crianças e adolescentes, socialização, e outras. Todas essas demandas expandidas recaem sobre o setor educacional, a diferença está no fato de terem se modificado, ou estiverem se modificando as instâncias responsáveis pela educação no mundo atual. Uma função social que não mais se restringe à família e à escola. Os meios educacionais não formais podem cobrir uma ampla gama de funções relacionadas com a educação permanente e com outras dimensões do processo educacional global, marginalizadas ou deficientemente assumidas pela instituição escolar. (TRILLA, 2008 p.20)

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