RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Por: ER1072 • 21/7/2022 • Trabalho acadêmico • 4.191 Palavras (17 Páginas) • 116 Visualizações
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CAMPUS MATA NORTE CURSO DE PEDAGOGIA[pic 1]
Estágio Supervisionado I–Educação Infantil
Professor: Mônica Maria Gadelha de Souza Gaspar
Orientadora: Maria de Fátima Oliveira Batista
(RE)INVENTANDO A PROFISSÃO DOCENTE – UM ENSAIO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA MODALIDADE HÍBRIDO
Ana Caroline Leite da Silva
“É muito melhor lançar-se em busca de conquistas grandiosas, mesmo expondo-se ao fracasso, do que alinhar-se com os pobres de espírito, que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem numa penumbra cinzenta, onde não conhecem nem vitória, nem derrota.”
Theodore Roosevelt
INTRODUÇÃO
A capacidade de observar e refletir sobre o mundo que nos cerca, nos torna seres humanos, superiores a outras espécies, nossa capacidade de admirar as situações e realidades que nos cercam e como, um ser pensante, refletem sobre quem somos e o que estamos fazendo aqui no mundo, é algo característico da nossa humanidade.
Levando em consideração que o Estágio Supervisionado é de grande importância para a formação dos estudantes, pois é uma importante oportunidade para o aluno vivenciar os conteúdos teóricos aprendidos na sala de aula em uma situação prática, com o acompanhamento de um profissional. É neste momento que o estudante percebe a importância das teorias estudadas e de como funciona o dia a dia de uma sala de aula.
Andar e pensar como seres humanos, é algo que as professoras da educação infantil, no seu processo de formação e na sua prática pedagógica precisam fazer em um movimento cíclico, para assim, adaptar-se às mudanças que ocorrem com o passar dos anos. Como já foi citado por Paulo Freire (1981)[1], que como um ser histórico, inserido permanentemente num movimento de procura, faz e refaz o seu saber. E assim são as crianças da Educação Básica no início de sua formação escolar.
De acordo com Oliveira (2002) a Educação Infantil, através das instituições historicamente conhecidas como creches, configuraram-se puramente assistencialistas, como substitutas da família, preocupadas com a saúde das crianças, sem fins educativos, propriamente ditos.
A LDB, no artigo 62, dispõe que a formação do profissional de Educação Infantil se faça em nível superior ou médio:
A formação de docentes para atuar na educação básica, far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação admitida como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
Este ensaio bibliográfico vem retratar e expor as minhas experiências vividas em meu Estágio Obrigatório I- Educação Infantil. Garcia (1999)[2], ao refletir sobre a formação do professor, concebemos como um “processo contínuo, sistemático e organizado”. Neste sentido, levando em consideração tal informação, por meio deste ensaio bibliográfico, explicitar os motivos da formação e trabalho docente com um processo contínuo.
O estágio foi realizado na Escola Ecológica de Aldeia na sala de aula do Infantil II e em discussões com a professora do componente, foi decidido que o estágio seria presencial. As experiências de campo do estágio aconteceram na modalidade presencial e as discussões teóricas combinadas com a experiência de campo ocorreram na modalidade híbrida.
Mediante este ensaio do Estágio Supervisionado I- Educação Infantil, trago com o objetivo de expor minhas observações acerca do trabalho realizado em uma sala de aula da Educação Infantil em uma escola da rede privada de classe média alta, localizada no município de Camaragibe- PE.
DESENVOLVIMENTO
A escola escolhida para fazer o Estágio Supervisionado I - Educação Infantil, foi a Escola Ecológica de Aldeia- ECOA; onde eu já estava fazendo estágio extracurricular na turma do Infantil II, com crianças de 2 a 3 anos de idade. A escola está localizada na estrada de Aldeia KM 9,8 na rua Otávio Mangabeira- Vera Cruz - Camaragibe-PE. Com 10 anos de existência, a escola atende só Educação Infantil e Ensino Fundamental I, anos iniciais.
Depois de passar 1 ano e 6 meses em casa, as crianças chegaram à escola com muitas dificuldades de vida, podendomos assim dizer. Grande parte dos alunos da Educação Infantil estavam indo à escola pela primeira vez, e essa era a primeira experiência longe do colo de seus pais.
Com a chegada à escola, foi possível observar que 80% da turma se mostrava inseguro e estressado com o ambiente escolar, além de apresentarem muitas dificuldades para a realização de atividades do cotidiano escolar, como cortar e colar, pegar nos lápis e calçar as sandálias, Além de não conseguirem compreender conceitos simples, como leve e pesado, frente e trás, etc. Outrossim não têm consciência de como descartar os pequenos resíduos de lixo que era produzido no dia na escola ( hora da entrada; lanche e hora da saída) Por esse motivo, meu projeto didático foi voltado para essa questão.
Paulo Freire (1996)[3], já dizia que um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança traz até ela, falando-se de experiências e aprendizados. A escola decreta que antes dela não há nada. Destacando ainda que no “brincar” a criança entra em contato com a cultura e faz cultura. E, no contexto em que estamos inseridos, o conhecimento que a criança adquire em casa, o chamado conhecimento de vida, é bastante importante, pois conhecimento é conhecimento independente de como e onde foi adquirido.
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