Relatório ou Resumo Referente à Atividade Desenvolvida
Por: Ana Carolina Buch • 22/9/2023 • Resenha • 605 Palavras (3 Páginas) • 58 Visualizações
Relatório ou Resumo Referente à Atividade Desenvolvida
ATIVIDADE – Em suma participação da palestra “Educação Especial e Diagnostico”
OBJETIVO - Apresentar e orientar sobre tema da educação especial e diagnostico, como instruir seu contexto histórico e suas técnicas para ministrar uma aula.
DESENVOLVIMENTO -Quando se trata de educação inclusiva, é importante manter um histórico de lutas e conquistas e pesquisar a integração destas estratégias educativas em modelos de avanço educativo. Na década de 1990, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o movimento social pelos direitos das pessoas com deficiência mobilizaram-se sobre esta questão e publicaram um importante documento. Uma série de leis foram aprovadas, desde a Declaração de Salamanca (1994) até a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006 e consagrada na constituição federal do Brasil e Lei da Inclusão (LBI). No documento da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008) que:
A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, determina formas de atendimento clínico terapêuticos fortemente ancorados nos testes psicométricos que definem, por meio de diagnósticos, as práticas escolares para os alunos com deficiência. (p. 6).
Finalmente, a implementação de políticas de educação especial no Brasil reinterpreta noções tradicionais de deficiência e diferença. Como resultado, está repleta de contradições cujo maior prejuízo é a criação de sujeitos baseados em princípios negativos, marcados pela ausência/limitação de aprendizagem e desenvolvimento.
No contexto das escolas, é necessário desenvolver mediações inclusivas que possam ensinar conceitos aos alunos com deficiência, ao mesmo tempo que permitem uma redefinição individual do conceito de deficiência. . Vygotsky (1995) define mediação como “um meio pelo qual as pessoas influenciam psicologicamente o seu próprio comportamento, bem como o dos outros; é veículo de sua atividade interior, visando dominar o próprio homem: o sinal da introspecção” (p. 95). Para o autor, os instrumentos psicológicos são mediadores de origem social que “estão dirigidos ao domínio dos processos próprios ou alheios” (Vygotski, 1997a, p. 65, tradução nossa), envolvendo a “linguagem, as diferentes formas de numeração e cálculo, os dispositivos mnemotécnicos, o simbolismo algébrico, as obras de arte, a escritura, os diagramas, os mapas, os desenhos, todo gênero de signos convencionais etc.”(Vygotski, 1997a, p. 65, tradução nossa). Portanto, adotar a perspectiva histórico-cultural para tratar das relações entre os processos de diagnóstico de deficiência e de transtornos com as práticas pedagógicas e as políticas públicas de educação especial resulta, necessariamente, em revelar contradições e perspectivas para a transformação, tanto das diretrizes contidas na legislação em geral, quanto das práticas pedagógicas.
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