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Relato de Experiência em Estágio Supervisionado Vinculado ao Programa Residência Pedagógica em Tempo de Pandemia

Por:   •  17/1/2022  •  Artigo  •  2.259 Palavras (10 Páginas)  •  257 Visualizações

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RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ESTÁGIO  SUPERVISIONADO VINCULADO AO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA  NA UFCAT EM TEMPOS DE

PANDEMIA 

 

NEIVA, Lorrany da Cunha[1]; SADOYAMA, Adriana dos Santos Prado[2] 

 

 

1Universidade Federal de Catalão – UFCAT E-mail: lorranyneiva8@gmail.com;

2Universidade Federal de Catalão – UFCAT

E-mail: drisadoyama@gmail.com  

 

 

 

 

Resumo:  

O presente trabalho relata as experiências vividas a partir das observações realizadas pela graduanda do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Catalão, desenvolvidas nas disciplinas de estágio supervisionado obrigatório vinculado ao Programa de Residência Pedagógica da CAPES. Este relato tem como objetivo compartilhar as experiências vivenciadas pela estagiaria no estágio supervisionado, na fase de observação, durante a pandemia do novo  coronavírus, contribuindo assim para que aja uma reflexão acerca desse momento atípico mundial e o peso disso na formação docente. A metodologia que sustenta esse relato está pautado na pesquisa bibliográfica e documental e pela observação participante. Nos resultados alcançados podemos perceber que os alunos estão sendo atendidos por um ensino remoto através de grupos de WhatsApp e conferências de vídeo por meio do Google Meet, foi constatado também um grande esforço das professoras e gestores para que possam alcançar a todos os alunos e famílias. A importância do estágio na formação docente é indiscutível, se trata de um momento em que teoria se relaciona com a prática contribuindo com a construção da identidade docente.

 

Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Pandemia. Formação Docente.

 

  1. Introdução 

A Lei Federal Nº 11.788 de 25 de setembro de 2008 definiu, no artigo 1º, que estágio

“é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à

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preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior [...]” (BRASIL, 2008). O estágio é um componente curricular que propicia um momento investigativo em que o estudante pensa a prática pedagógica embasado na teoria adquirida na universidade. Esse processo é muito importante na construção da identidade profissional do aluno, visto que a observação e intervenção contribuem para que o aluno se veja como um docente. Possibilitando ao licenciando: reconhecer o ambiente que está sendo inserido compreendendo as relações existentes no ambiente escolar; reconhecer as crianças como sujeitos singulares cada qual com suas especificidades e possibilitar o agir e pensar de forma crítica. Ou seja, com o fazer docente que é proposto no estágio, o aluno da graduação terá oportunidade de cruzar a teoria e a prática numa perspectiva crítico-reflexiva. Tornando o processo de aprendizagem significativo em âmbito profissional, pessoal e filosófico, o que implica em realmente preparar o educador para atuar diante da realidade escolar.  

O presente relato é fruto da experiência de estágio vivenciada no primeiro e segundo semestres do ano de 2020 no curso de Pedagogia da Universidade Federal de Catalão vinculado ao Programa Residência Pedagógica, nas disciplinas de Estágio e Prática de ensino em Educação Infantil I, Estágio e Prática de Ensino em Educação e Inclusão I e Estágio e Prática de ensino em Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Gestão I, que tem como objetivo aproximar o estudante com seu campo futuro de atuação e ter a possibilidade de desenvolver na prática o que foi aprendido durante os dois anos já cursados na unidade, visto que se trata da turma de 5º e 6º períodos. Esses semestres foram vivenciados através do ensino remoto, visto que estamos passando por uma pandemia que obrigou as instituições de ensino a fecharem. Apesar de toda dificuldade que o ensino remoto impõe, observamos as turmas de Estimulação Essencial na Escola Santa Clara de Catalão, a turma de Maternal II no CMEI Maria Isabel e uma turma de 5º ano do CAIC “São Francisco de Assis” por meio de grupos de WhatsApp em que os pais compartilhavam os filhos desenvolvendo as atividades propostas, no caso do 5º ano os alunos participavam da aula no WhatsApp com a professora simultaneamente, respondendo suas perguntas por áudio e enviando fotos das atividades e um encontro semanal no Google Meet.

No período de observação participativa, vimos que na turma de estimulação essencial foi desenvolvido um jogo pedagógico para ser entregue aos alunos em suas casas e que os alunos tiveram grande interesse nas atividades com o jogo. Na turma de maternal II, haviam propostas de jogos voltados à motricidade e ao jogo de faz de conta, tendo uma participação significativa dos alunos na execução dos jogos. E na turma do 5º ano, as atividades apesar de terem mais conteúdos, haviam momentos, geralmente no fim da aula, em que a professora mandava um link de jogo em que a própria professora faz de acordo ao conteúdo que ela queria trabalhar. Houve muita aceitação dos alunos em relação aos jogos que ela enviava. Desta forma, fizemos uma proposta de intervenção com jogos pedagógicos tanto na Educação Infantil, na Educação Especial quanto nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Primeiramente é de extrema importância explicar o que são os jogos pedagógicos. De acordo Kishimoto (1993, p. 45):

O jogo é uma atividade espontânea, livre, desinibida e gratuita, pela qual a criança se manifesta, sem barreiras e inibições. O jogo é a atividade, o “trabalho” próprio da criança. O jogo também tem função de dar prazer à criança, liberar a imaginação e a criatividade, ritmo, raciocínio, memória. Cada criança, através dos jogos, cria seu próprio êxito.

Os jogos são um bom recurso para trabalhar interdisciplinarmente e tem como objetivo proporcionar aprendizagens sendo um diferencial por seu aspecto lúdico. Nossa proposta é fazer jogos com materiais de baixo custo, voltados, a princípio, a motricidade, a percepção visual, raciocínio lógico e conhecimento lógico-matemático podendo utilizar também o jogo de faz de conta para a aplicação do projeto.  

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