Relatorio gestao sala de aula

FACULDADE SESI DE EDUCAÇÃO

CURSO: Especialização em Docência da Matemática no Ensino Fundamental

DISCIPLINA: Gestão e Organização da Sala de Aula

PROFESSOR: Josias

PÓS GRADUANDA: Luciana Rodrigues

 A ESCOLA

A escola na qual trabalho, destina-se a alunos na faixa etária de 06 (seis) a 14 (quatorze) anos, em 02 (dois) turnos de funcionamento: manhã e tarde. No Ciclo de Alfabetização são 213 alunos matriculados (06 a 08 anos), no Ciclo Interdisciplinar são 175 alunos (09 a 11 anos), no Ciclo Autoral são 205 alunos (12 a 14 anos), totalizando 593 alunos ao todo na escola.

No turno da manhã (7h às 12h) atende alunos do 6° ano do Ciclo Interdisciplinar e o Ciclo Autoral nos 7°, 8º e 9° anos. O turno da tarde (13h30 as 18h30), atende os alunos do Ciclo Alfabetização nos 1°, 2° e 3º anos e o Ciclo Interdisciplinar com os alunos dos 4° e 5º anos.

A comunidade escolar em sua maioria se concentra nas proximidades do Bairro Jardim São Bento, região periférica da cidade de São de Paulo. De acordo com a associação de moradores do bairro, o entorno da escola era uma grande chácara de um único proprietário. Acompanhando o processo geral de expansão das periferias da cidade de São Paulo, as casas do bairro foram construídas pelos próprios moradores, por meio de mutirões. Depois, houve movimentos de luta por moradia, resultando na construção de prédios que abrangem grande parte do bairro. Assim como as demandas por moradia, os serviços oferecidos e a infraestrutura urbana do Jardim São Bento são resultados das reivindicações e luta desses moradores inclusive os serviços de saúde, educação e transporte. Apesar das conquistas, não houve de fato uma melhoria socioeconômica dos moradores e seus descendentes. A população se enquadra em um perfil de classe baixa e vulnerabilidade social, pois há um alto índice de violência e criminalidade.

Alguns de nossos alunos são atendidos pelo trabalho de proteção social básico do CCA (Centro da Criança e do Adolescente), que atende de segunda a sexta no contra turno, com foco no trabalho socioeducativo. Na região também há o Projeto Fábrica de cultura, que realiza várias ações culturais como: oficinas de dança, grafite, teatro, artesanato, esporte, música e outros. Vários de nossos alunos participam das atividades do equipamento.

A escola Considera a gestão da sala de aula como o conjunto de medidas que garantem uma aprendizagem significativa. Essa gestão envolve três subprocessos que se inter-relacionam intrinsecamente: a gestão da aprendizagem, a gestão da conduta e a gestão da interação cultural. O professor, enquanto gestor da sala de aula precisa apoderar-se, através de formação continuada, dos conhecimentos e habilidades necessários ao bom exercício de seu papel.

A gestão da aprendizagem volta-se para as ações de mediação, ou seja, o que o professor precisa fazer para que o aluno aprenda o conteúdo. Nesse processo, conhecer a fundo o conteúdo e sua estrutura é fundamental para que o professor tenha condições de mapear o que é relevante, mediar conflitos de interesse e tecer relações de forma contínua. Planejar e avaliar os momentos de aprendizagem são dois aspectos fundamentais que, em geral são tão mais efetivos, quanto maior é o nível de interação cultural que existe entre professor e alunos.

Outro subprocesso da gestão da sala de aula é a gestão da conduta. Há um consenso entre os educadores de que a disciplina é necessária para que a aprendizagem ocorra da maneira satisfatória. A questão central nesse aspecto é o que entendemos por disciplina. Caso o professor tenha uma concepção de disciplina como algo unilateral, fruto da idealização de comportamentos preconcebidos, fazer a gestão da conduta resumir-se-á a estabelecer um conjunto de regras e procedimentos dos quais não se poderá fugir e, caso ocorra, deixar claras as punições. A experiência mostra, porém, que tal concepção não é efetiva na realidade da escola e dos alunos no mundo de hoje, o que nos leva a concluir que fazer gestão da conduta é realizar um processo educativo e participativo de tomada de consciência e de desenvolvimento da autonomia.

Finalmente, a gestão da interação cultural fecha o processo de gestão da sala de aula. Gerir a interação cultural é fazer com que os alunos nos vejam como pessoas e, ao mesmo tempo, percebê-los da mesma forma. Isso depende de diálogo, de real interesse pelo outro, de validação do repertório cultural que o outro traz. Acreditamos que esse processo é central para a efetividade da gestão da aprendizagem e da conduta.

MINHA SALA DE AULA

É uma classe do 2° ano do Ensino Fundamental, composta de 22 alunos, 10 meninas e 12 meninos. Essa sala tem duas professoras, eu e a professora Eliane. Eu ministro Geografia e História, e a outra professora as demais disciplinas. De modo geral, a turma é muito entrosada, têm um bom relacionamento uns com os outros.

  As crianças são um pouco agitadas, não tem facilidade de organizar a sala de aula, às vezes alguns entram em conflitos, mas são fácies de perdoar depois de uma boa conversa. Ocorrem alguns casos de agressividade verbal na turma, todavia, desde o início do ano, as crianças vêm superando esse mau comportamento devido as nossas conversas diárias sobre o assunto, os combinados e regras feitos na sala de aula.

No início as crianças não gostavam nem aceitavam ser advertidas e desobedeciam as normas para uma boa convivência em grupo principalmente nos momentos de desenvolver trabalhos em grupos, falavam alto demais, não esperava a sua vez de falar etc. Aos poucos à adaptação da turma foi acontecendo, logo se entrosaram. A maioria das crianças prefere brincar em grupo. Na realização das atividades dirigidas, percebo que alguns primeiramente observam os colegas realizarem para depois fazer também foi a partir daí que descobrir que esses alunos apresentavam certa dificuldade em desenvolver tais atividades sozinhas, outro decidem fazer de imediato e mais vezes.