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Resenha “Caso do Vestido” – Carlos Drummond de Andrade

Por:   •  7/9/2015  •  Resenha  •  657 Palavras (3 Páginas)  •  4.192 Visualizações

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Pamela Brandão Alvarenga 760705 sala 22b

Resenha “Caso do Vestido” – Carlos Drummond de Andrade

Bibliografia

Disponivel em: www.releituras.com/drummond_bio.asp 

< acesso em 9 de fevereiro de 2014 >;

 E: www.suapesquisa.com/biografias/drummond.htm 

< acesso em 9 de fevereiro de 2014 >

Referencia biográfica e principais obras

Este consagrado poeta brasileiro nasceu em Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornando-se um dos principais representantes da literatura brasileira do século XX.

Estudou em Belo Horizonte, e, nesta mesma cidade, deu início a sua carreira de redator, trabalhando também por vários anos como funcionário público.

Dentre suas obras poéticas mais importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida Passada a Limpo e Novos Poemas. Quanto às prosas, são reunidas nos seguintes volumes: Confissões de Minas, Contos de Aprendiz, Passeios na Ilha e Fala Amendoeira.

 

Na década de 1980 lançou as seguintes obras: A Paixão Medida, que  contém 28 poemas inéditos; Caso do Vestido (1983); Corpo (1984); Amar se aprende amando (1985) e Poesia Errante (1988).

 

Faleceu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha única.

Resumo da obra

 

O caso do vestido passa-se ao final do sec. XX, narrando a história de uma rica família mineira, a qual o patriarca tinha muitas posses.

As filhas interpelavam a mãe sobre um vestido rendado que se encontrava pendurado na parede. A mãe, com medo de o pai delas chegar não queria dizer nada, mas como elas insistiram, disse que o corpo que vestia aquele vestido já era morto.

O pai das meninas havia se enamorado pela dona dele, e, apesar de muito pedir, a mulher bonita não queria saber dele. Dessa maneira, obrigou sua esposa a ir falar com a mulher, pedir para que ficasse com ele. A esposa submissa foi, pediu à mulher que ficasse com seu marido, e esta disse que, por ser pedido da esposa, ficaria com ele, o qual abandonou o casamento.

Feito isso, a esposa quis a morte, adoeceu, se recuperou, trabalhou, envelheceu, vendeu suas jóias para pagar contas.

Passado um tempo, o homem enjoa da amante. A mulher por quem o marido se apaixonara procurou a esposa pedindo seu perdão em troca do vestido, última coisa que havia sobrado do relacionamento dos dois. A esposa aceitou, e nada disse.

No momento seguinte, o marido voltou para casa como se nada tivesse acontecido, mandou a esposa colocar mais um prato na mesa e, continuava o mesmo homem, enquanto ela, já estava de cabelos brancos.

Apreciação

A história passa-se em meados do século XX, época em que os fazendeiros ricos podiam fazer tudo o que queriam, pois tinham poder e posses. Suas esposas eram submissas, pois não havia separação, e, se a mulher se separasse ficava falada, não prestava, ninguém a queria.

Nesse caso o marido humilha a esposa obrigando-a a pedir para outra que ficasse com ele. Um gesto de total desrespeito com a mãe de suas filhas e, caso o mesmo acontece novamente, não teria o mesmo desfecho. As mulheres conquistaram sua independência e o respeito diante da sociedade machista de antigamente. Casam-se e se divorciam sem o preconceito de antes. A esposa, na atualidade, talvez tivesse se separado e o pai das meninas não poderia de forma alguma abandoná-las sem nenhum auxilio. Ele, na condição de pai reconhecido, se a mãe procurasse seus direitos, seria obrigado (no mínimo) a pagar pensão alimentícia. Há nos acontecimentos atuais processos em que mesmo sem filhos o marido não tem o poder de desamparar a esposa do caso de divórcio.

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