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Resenha do livro Avaliação Desmistificada, de Charles Hadji

Por:   •  26/6/2017  •  Resenha  •  727 Palavras (3 Páginas)  •  2.013 Visualizações

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Nome: Renan Rozada

Atividade: Leitura e resenha de livro:

HADJI, Charles. Avaliação Dismistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.

O livro Avaliação Desmistificada de Charles Hadji, publicado em 2001, pode ser considerado até um manual apresentado pelo autor aos educadores, para que se mudem as formas de avaliação utilizadas. Visando sempre a avaliação formativa, considerada por ele uma utopia.

O livro é dividido em duas partes: “compreender” e “agir”. Essa divisão já deixa implícito aonde o autor quer chegar com sua obra, que é, em primeiro lugar, fazer com que os professores compreendam as muitas formas de avaliações existentes, e em segundo lugar, que mudem as formas vigentes de avaliação, para um melhor proveito delas e uma melhor compreensão dos alunos.

Já no primeiro capítulo temos os subtítulos explicando os tipos de avaliação. Começando com a avaliação implícita, espontânea e instituída. Sendo que a implícita só se revela por meio de seus efeitos; a espontânea não se baseia numa instrumentalização específica; e, por último, a instituída que decorre de uma “operacionalização de uma instrumentalização específica”. Temos também as avaliações de referência normativa e de referência criteriada, onde a primeira sempre é organizada, anunciada e executada socialmente e a segunda se caracteriza por apreciar um comportamento situando-o em relação a um alvo. Em seqüência, Charles Hadji, explica as avaliações prognósticas, formativas e as cumulativas. A prognóstica é aquela que vem antes da ação de formação, ela consegue explicitar os pontos fortes e fracos do aprendiz. A formativa, que é a que o autor ver como uma utopia promissora, visa uma contribuição à atividade de ensino. Ela acaba não sendo a avaliação por si só e tem um sentido mais amplo. Por fim, a avaliação cumulativa, tem a simples função de checar se aquilo que no começo era o objetivo de transmissão ao aluno, foi cumprido.

Depois de explicadas as avaliações, Hadji se volta para os problemas que impedem a ascensão da avaliação formativa. Como as representações inibidoras, a falta de domínio dos saberes e também a preguiça dos professores.

Saindo da avaliação formativa e indo no sentido das outras avaliações existentes, um dos maiores problemas encontrados é a subjetividade natural de todo avaliador, é impossível conseguir abdicar de toda sua subjetividade nesse momento. As avaliações, segundo o autor, se caracterizam por serem um ato de confronto, uma negociação entre os sujeitos envolvidos. Sendo assim, muitos fatores podem influenciar nesse momento. Como o contexto do aluno no momento em que a avaliação esta sendo feita. Não se leva em consideração se algo pode ter acontecido na sua vida e se isso pode estar o influenciando.

Após essa análise, o autor faz três considerações: não podemos considerar a avaliação como uma medida; ficou claro que a avaliação se trata de uma negociação; e é um ato de confronto entre expectativa e realidade. Mais um ponto que o autor visa deixar claro no fim dessa primeira parte é que prova e a avaliação não podem ser consideradas a mesma coisa.

Na segunda parte, como foi supracitado, começa a parte da ação. Com Hadji tentando traçar o caminho para a avaliação formativa. Para ele, a avaliação se forma em quatro âmbitos, o alvo, os critérios de realização, os critérios de êxito e as condições de realização. Na avaliação formativa, os professores devem olhar além do erro, não ver o erro como algo ruim e como sendo o fim. Deve-se analisá-lo, tentar buscar sua verdadeira natureza, para assim fazendo com que o aluno cresça e não apenas ignore aquele erro como se fosse algo ruim.

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