Resumo do livro O que é pedagogia
Por: Lorenna Raulino • 8/3/2017 • Resenha • 835 Palavras (4 Páginas) • 248 Visualizações
Síntese 1 – Livros: O que é educação. Autor: Carlos Brandão
Brandão inicia o livro com uma carta escrita por índios para governantes norte-americanos e discorre sobre como “aprender como índio” tratando de seus ensinamentos e treinamentos, e de como os mesmos ensinam uns aos outros sem uma sala de aula e professor específico ensinando matérias diferentes.
Por isso, o autor afirma que a educação está em todos os lugares e no ensino de todos os saberes e que ela se manifesta de várias formas, em casa, na rua, na igreja. O professor não é o único detentor do conhecimento e responsável por transmiti-lo e nem a escola é o único local onde ela ocorre e talvez nem seja o melhor, uma vez que a educação é encontrada em diferentes tipos de sociedade: países desenvolvidos e industrializados, tribos indígenas, pastores, nômades, caçadores e etc. Existindo assim diferentes tipos de educação, pois cada sociedade necessita e tem o seu modelo próprio de repassar seu saber comum necessário para a continuação das suas tradições, costumes e crenças.
Para o autor esse é nesse momento que se encontra a força da educação, uma vez que as sociedades são construídas por meio de seus costumes. Porém, aí também reside sua fraqueza uma vez que, como ele afirma, a mesma educação que ensina pode deseducar.
Ele afirma ainda que a educação aparece sempre que surgem formas sociais de se conduzir e controlar o ensinar e aprender e que o ensino formal se dá no momento em que a educação se sujeita à pedagogia e cria situações para seu exercício, sua produção de métodos, bem como estabelece suas próprias regras. Brandão diz que historicamente, a educação existe por toda parte e é resultado da ação de todo meio sociocultural sobre os indivíduos, sendo o exercício de viver e conviver que os educa.
Há então a separação do “saber” e do “fazer”, sendo esse conhecimento instrumento de dominação entre os indivíduos e, por isso, surgem novas categorias de estudo com saberes especializados, dentre elas a escola e a pedagogia, tornando o ensino diferente paras as sociedades da época. A escola vem com a responsabilidade de formar as pessoas por meio do saber, desenvolvendo suas habilidades, sem desconsiderar a força da família e da sociedade na formação de crianças e jovens. Por meio da educação surgem outras práticas sociais e delas a medicina, religião e etc., e com isso interesses políticos de controle fazendo com que os políticos entendam a força que a educação tem sobre as pessoas.
O livro disserta sobre a educação na antiguidade clássica, descrevendo sobre a educação na Grécia Antiga que formava o “bom cidadão” visando uma atuação social e política. O sistema de ensino nas polis era centrado na busca da verdade estudando a filosofia, a retórica, as artes e etc., e onde o pedagogo era apenas o indivíduo que conduzia as crianças para as escolas. O autor também fala da educação na Roma Antiga, fazendo distinção entre Roma e Grécia. Lá havia dois tipos de educação, uma para a nobreza e outra para os plebeus.
Brandão busca então compreender o conceito de educação e as discussões sobre o tema, fazendo críticas severas a educação brasileira que não segue o que é afirmado nas leis do país, sendo um sistema desigual que se dá por interesses políticos e econômicos, questionando “a que e a quem serve a educação”. Partindo dos pressupostos de Dukhein o autor diz que “A educação é a ação exercida pelas gerações adultas que não se encontram ainda preparadas para a vida social, tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais reclamos pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que aquela criança, particularmente se destina”.
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