SEXUALIDADE E GÊNERO NA EDUCAÇÃO
Por: Danielle dos Santos Barreto • 3/7/2017 • Artigo • 2.056 Palavras (9 Páginas) • 282 Visualizações
Sexualidade e Gênero na Educação
Danielle Barreto, Evanir Dias e Luciana Lilian Rodrigues
1. Introdução
Neste trabalho procuramos desenvolver o objetivo de tentar identificar os problemas de como lidar com o assunto Sexualidade e Gênero na Educação, e procurar ressaltar o modo como professores e educadores lidam com o assunto dentro e fora da sala de aula, e as vantagens da educação sexual.
A partir da condição antropológica, razão de toda e qualquer preparação teórica sobre a relação com o saber, observam de um lado a criança enquanto individuo humano inacabado, do outro, um mundo pré-existente e já estruturado, mas, compreende-las assim impedirá que se pense sua relação. A criança não é um objeto incompleto situado em um “ambiente”, é precipitar-se em dificuldades, situar o problema em termos de ambiente, já que deste modo, se faz necessário repensar as influencias do ambiente sobre a criança.
O conceito de gênero ao qual vamos descrever foi formulado nos anos de 1970 com profunda influência do pensamento feminista. Criado para diferenciar a dimensão biológica da dimensão social, fundamentado no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, entretanto, a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura. Deste modo, gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não em decorrência da anatomia de seus corpos.
Nas definições atuais, sexualidade corresponde às elaborações culturais sobre os prazeres e os intercâmbios sociais e corporais que abrangem desde o erotismo, o desejo e o afeto, até noções relativas à saúde, à reprodução, ao uso de tecnologias e ao exercício do poder na sociedade. Logo, sexualidade, refere-se a um conceito dinâmico que vai se modificando e que está sujeito a vários usos, múltiplas e contraditórias interpretações, e que se encontra relacionado a debates e a disputa politicas.
2. Diversidade de Gênero
De acordo com Teixeira e Magnabosco (2010), nossa sociedade normatiza a heterossexualidade, deixando marginalizados os homossexuais dentro da organização social, isso tem início desde o primeiro contato com a escola, que mesmo sem perceber, não diferencia os gêneros. Um exemplo são os professores que dizem “bom dia alunos, ao invés de dizerem, bom dia alunos e alunas”. Quando nós abrimos para o estudo da sexualidade e do gênero, percebemos logo no primeiro momento nossos próprios preconceitos. Ainda nas palavras das autoras é preciso, um autoquestionamento de nossos valores, e é necessário também, que se reflita sobre a verdade, entendendo as várias formas do mundo que nos cerca.
Segundo Teixeira e Magnabosco (2010), as escolas devem ter por finalidade educar para a cidadania de igualdade e conhecimento dos direitos, embora grandes partes das escolas ainda utilizem práticas sexistas, tendendo sempre para o lado masculino. O estudo da diversidade de gênero, na educação pode contribuir para o entendimento das várias articulações que existem entre masculinidade e feminilidade, colaborando para a diminuição do preconceito infantil. Porem antes de tudo é preciso entender o processo de cultura e a história, em que estamos inseridos, e como professores educadores devemos compreender, nossa contribuição e influência nas pessoas que formamos.
Continuando com Teixeira e Magnabosco (2010), através da educação que apreendemos com se dá a vida em sociedade, e por meio da mesma moldamos as formas de percepção da sociedade constituída pelo homem. A partir desse pensamento, começamos a entender as diversidades e as representações, das mais diferentes formas humanas, e como elas se dão, no modo de agir, pensar, perceber e encontrar soluções para os problemas em meio ao contexto social que vive. Um profissional eficiente está sempre em posso de informação e conteúdo, com base nesse pensamento, o homem, nesse caso a criança é um documento, que se podem imprimir imagens e informações, sendo assim a escola é onde se transmite informações variadas, então porque dentro desse ambiente, não se pode apreender e ensinar, as diversidades sexuais e de gênero. Dessa perspectiva, entende-se que o aluno, reflete aquilo que lhe é ensinado, todos os comportamentos são repetições das estruturas sociais nas quais estão inseridos, o professor e a escola, são transmissores de informações nas quais eles se espelham, e de certo modo estruturam sua formação e comportamento para a sociedade.
Através de Gauderer (1996) pode-se entender que o adolescente é um ser complexo, que precisa ser compreendido, pois é nessa fase que aflora sua sexualidade, para meninas acontece, a menstruação, e para os meninos a verdadeira descoberta do pênis, a adolescência tem se dado cada vez mais cedo, o que está relacionada às melhorias nutricionais, culturais e sociais. A espécie humana aperfeiçoa os sentimentos e as sensações de prazer. Em uma sociedade, em que a menstruação e a masturbação, são entendidas como sujos, são necessárias que se tenha um discurso aberto e sem preconceitos, com essas pessoas, que estão se descobrindo. Apesar de ter ocorrido um grande desenvolvimento intelectual e tecnológico, os tabus e códigos morais permaneceram. E mesmo hoje, o sexo não é visto como algo normal, saudável, prazeroso e agradável.
Para Gauderer (1996), dentro dessa mesma sociedade, que se divide em opiniões, está inserido o adolescente, que percebe as diversas sensações em seu corpo, e se vê caminhando sexualmente, tendo maturidade ou não. Se sente perdido e confuso, e ao mesmo tempo, sente-se muito grato, com o novo jeito de seu corpo. O adolescente vê o sexo e a sexualidade, como algo livre, simples e natural, enquanto o adulto já moldado pela sociedade vê tudo com uma espécie de maldade.
Ainda com Gauderer (1996), as crianças e acima de tudo os adolescentes, sente falta de serem ouvidos pelos pais e por seus professores. Quando são feitas perguntas, nesse sentido, o adulto foge do assunto, tendendo sempre a ignorar o conflito, pelo qual passa o adolescente naquele momento, para o autor somente um adulto, sexualmente bem resolvido, poderá compreender e até mesmo responder as dúvidas de um adolescente. O meio social, em que está mergulhado o jovem, a influência, a exploração e a descoberta, os amigos são transmissores e confidentes, uns dos outros, e é onde o adolescente encontra o seu lugar, onde tenta aprender um pouco mais, sobre esse novo mundo.
Gauderer (1996), diz ainda que, nesse mesmo tempo, ocorre uma diminuição na proximidade com os pais, as meninas já não sentam no colo do pai, e os meninos negam o beijo da mãe. Surge
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