Socialização

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Multiculturalismo- Atividade 2

Fernanda S Carvalho

RA 1713102133

1. Analise as palavras de  Boaventura de Souza Santos referentes ao conceito de Multiculturalismo?

Boaventura define Multiculturismo como solidariedade e só é possível pensarmos em uma sociedade multicultural via o"reconhecimento do outro", ou seja, o outro é visto como capaz de produzir conhecimento, e esta capacidade de produção é que emancipa. Na escola que recebe coditianamente alunos pertencentes a culturas há muito silenciadas e ignoradas, tal compreensão exige uma reestruturação do próprio sistema educativo e, mais ainda, uma reestruturação do processo formativo de docentes em todos os níveis.

2. No texto da aula 8, Pluralismo Cultural, aponta que  no Brasil ,por muito tempo, se viu o

  “ silenciamento ” das culturas. Qual foi o motivo desse “ silenciamento” e quais as consequências na educação?

No caso do Brasil, por muito tempo o que se viu foi o silenciamento das culturas aqui existentes, por conta da destruição das formas de saber desses povos. Algumas culturas foram silenciadas no seu modo de ver e conhecer o mundo, como a cultura indígena, que foi silenciada com o extermínio de milhares de indígenas.

3.Como podemos fazer com que essas culturas há muito tempo “silenciadas”ou ignoradas  falem?

Se tivermos a compreensão que só existe "conhecimento e solidariedade na diferença", emancipar esses conhecimentos e/ou culturas há muito aprisionados e isolados por modelos culturais "impostos pela razão de uma raça de um sexo ou classe social." A mudança do enfoque da escola para uma atuação que considere a multiculturalidade presente em nossos espaços sociais obriga que se repense também todos os outros componentes da atuação educativa na perspectiva intercultural.

4.Como a escola deverá atuar diante dos preconceitos e da diversidade cultural?

A grande questão colocada é que a instituição escolar parece encontrar dificuldades em reconhecer que grande parte de seus alunos não se enquadra nos parâmetros determinados por uma concepção universalista de sujeitos, sociedade e cultura e, em decorrência disso, continua a trabalhar com um currículo escolar cujo pressuposto é que todos compartilham igualmente a mesma cultura, e acabam por ignorar as diferenças culturais e sociais, e assim as identidades são silenciadas, excluídas e corrompidas. Diante da possibilidade de romper com um paradigma de educação que exclui, corrompe identidades e ignora diferenças e, visando a organização de um currículo que incorpore os múltiplos modelos culturais trazidos à escola pelos seus alunos, é que urge a necessidade da organização pedagógica numa perspectiva multi ou intercultural. A escola possui papel preponderante no processo de reconstrução de um novo cenário social, uma vez que por meio desta vamos calcando colunas de transformação no que foi estabelecido socialmente.

5. Qual é a discussão que os PCNs traz, para reflexão, na questão da Pluralidade e diversidade?

  Explique:“ a diversidade como parte inseparável da identidade”

Coloca a escola como agente capaz de investir na "superação de qualquer tipo de discriminação valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade." Cabe também exercer os oito quesitos para que a diversidade no ambiente escolar seja desenvolvida da melhor forma, entre os oito que são palavras bem acolhedoras, conhecer, compreender, valorizar, reconhecer, ter atitudes, repudiar, compreender e analisar, me chama a atenção valorizar as diferentes culturas que temos.

6. Delors  faz sua contribuição para a pratica do cotidiano escolar. Relate  essa contribuição.

“Ensinando, por exemplo, aos jovens a adotar a perspectiva de outros grupos étnicos ou religiosos podem-se evitar incompreensões geradoras de ódio e violência entre os adultos. Assim, o ensino da história das religiões ou dos costumes pode servir de referência útil para futuros comportamentos. Por fim, os métodos de ensino não devem ir contra este reconhecimento do outro.”

Com base nessa citação, analiso que, o jovem de hoje é o adulto do amanhã. Se instigado a violência, preconceitos serão cotidiano em sua vida.  

7.Alguns autores como Boaventura, Delors falam de sermos iguais e diferentes. O que cabe a escola fazer nesta questão?

Há de se considerar que, via um projeto intencional, abre-se caminhos para a efetivação de novas relações sociais que podem e devem ser veiculadas pela instituição escolar com o direito de sermos iguais e/ou diferentes. Dessa forma, cabe ao coletivo da escola a sistematização de ações didáticas que atendam as reais necessidades de um projeto educativo que vislumbre as características multiétnicas, multirraciais, de gênero, etc., na escola e sociedade brasileira.

8. O que é uma cultura da PAZ ? E como ela poderá ajudar na  escola e nas práticas educativas?

A Paz é um grande desafio e também um imperativo para quem trabalha no campo da Educação, principalmente para educadoras e educadores da Educação Básica. A escola sendo um espaço de convivência e socialização, seja entre alunos e professores ou entre alunos e outros sujeitos é, portanto, um cenário onde se desenvolvem inúmeras ações que contribuem para a formação integral do educando.

Observa-se, ainda, que o contexto escolar é palco para que se instalem sentimentos de amizade por todos que nela vivem. E a partir disso, a paz e o resgate dos valores humanos são imprescindíveis!