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TEORIA E SABERES DO CURRÍCULO

Por:   •  3/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  113 Visualizações

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TRABALHO DE TEORIAS E SABERES DO CURRÍCULO - AVA 2

ALUNA: EVA

BRINCADEIRA, INTERAÇÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO INFANTIL.

“Temos um problema em minha escola: um garoto afeminado demais, com muitos trejeitos. É ótimo dançarino! Apanha sempre dos colegas, e todos os professores riem dele. Eu já lhe disse: “Tu és gay mesmo, tudo bem, eu respeito, mas para de desmunhecar, pois estás atraindo a ira dos outros sobre ti.” Já mandei chamar a mãe dele. Ele está com 6 anos agora. Que fiz com os outros? Fazer o quê? Relato de Coordenadora Pedagógica

“Na minha escola, tinha um aluno muito feminino. Todo mundo fazia deboche dele dizendo que era mulherzinha. Ele foi aparecendo cada vez mais com coisas de mulher. Ele dizia que era travesti, queria ser tratado com nome feminino e ir ao banheiro feminino. As pessoas diziam que não queriam um homem no banheiro das mulheres. Todo mundo lhe dizia para deixar dessa vida. Ele deixou a escola”. Relato de Professora

“Nas festas da pré-escola, a gente costuma distribuir balões coloridos. Esse ano, um dos meninos de 5 anos ficou com o último. Ele não queria porque era rosa. Ficou tenso e não brincava. A quem passava perto dele ele se explicava: “Não fui eu que escolhi esse balão. Eu sou homem”. Depois entendi que estava com medo que o pai o visse com aquele balão. Levei o caso para a coordenadora. Ela disse para não fazermos balões rosas nas turmas em que temos meninos”. Relato de Professora

Diante desses relatos vemos que a problemática do currículo heteronormativo vai muito além do comportamental dos alunos,existe no comportamento dos professores também,onde estão pouco qualificados para enfrentar problemáticas que aparecem na atualidade mas que na verdade é bem antiga.Sendo antigo e ainda perdurando nos dias de hoje,o que muda mesmo são as nomenclaturas.Vemos que podemos fazer um olhar crítico sobre essas práticas comportamentais tanto no corpo discente como no no corpo docente de de forma que se atinja uma educação igualitária e inclusiva,onde não há mais como evitar uma nem outra.

Analisando esses relatos

No primeiro caso mostra-se o total desrespeito dos professores onde ao invés de ter uma atitude conciliadora agiu com uma total falta de respeito, ética e empatia com uma criança que no momento deve estar ainda no campo das imitações,é inadmissível atitudes desse tipo vindo de um superior ou até mesmo de qualquer outro funcionário da escola sendo mais ainda estranho partindo de uma coordenadora pedagógica,de onde veio também o bulling.É bem verdade que usam-se muitas vezes de desculpas de que NÃO ERA A MINHA INTENÇÃO,porém o estrago já foi feito.

No segundo caso a escola provocou uma exclusão escolar,vemos o quão forte é esse conceito de currículo heteronormativo que só faz segregar sem que nada seja explicado, porque na verdade não cabem explicações,nesse caso deve ser uma escola onde a identidade desse aluno esteja em formação quase que definida e por uma escolha...mesmo que seja e ainda que não seja, a forma de tratamento para com os outros deve ser uma assunto que a escola precisa trabalhar... o pior é saber um aluno ou aluna sair da escola por motivo de preconceito ou discriminação ...independente de que se queira ser ,cada um tem direito a essas escolhas.É dever da escola saber lidar com todas essas questões

No terceiro caso vemos que a criança já sofre esse tipo de pressão comportamental de casa,muitas crianças trazem esses estigma machista do convívio doméstico...faltando diálogo sobre o assunto dentro das famílias.Na escola muitas vezes o assunto permanece porque não se quer ter atritos com os responsáveis;os conceitos de cores que se normatizaram por serem femininas e masculinas é de tempos primórdios.É bem questionável a atitude da coordenadora pois fica em uma saia-justa entre agradar aos responsáveis ou ignorá-los.

Diante dessas problemáticas expostas e diante da problemática da proposta do trabalho em si, onde o inspetor orientou a criança a voltar ao grupo de seus colegas para jogar bola e não o de permanecer no meio das meninas brincando queimados,e, após essa criança ter sofrido bulling dos outros meninos,vemos que a estratégia a ser adotada para ao menos amenizar esses comportamentos deverá abranger corpo discente e corpo docente em um projeto que inclusive envolvesse os responsáveis.

Tratamentos preconceituosos, medidas discriminatórias, ofensas, constrangimentos, ameaças e agressões físicas ou verbais têm sido uma constante na rotina escolar de um sem-número de pessoas, desde muito cedo expostas às múltiplas estratégias do poder e a regimes de controle e vigilância.

Proposta pedagógica

OBJETIVOS

O

...

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