TRABALHO
Por: nataliamribeiro • 27/11/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 3.891 Palavras (16 Páginas) • 243 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Natália Marçal Amarante Ribeiro, RU 1259886
Cinedebate: Escritores da liberdade
BOM DESPACHO – MG
2015
RESUMO
Esta síntese foi realizada com o pressuposto de analisar as relações de ensino-aprendizagem e a construção de conhecimentos diante dos conflitos sociais e étnicos.
O filme analisado mostra o reflexo da sociedade dentro do âmbito escolar e a importância de o professor problematizar a prática social do aluno e sistematizar estes conceitos coletivamente. O trabalho em si é uma análise do filme, que busca a relação com conteúdos importantes trabalhados em Didática. Em didática foi abordado um dos métodos estudados com o foco no processo de ensino e aprendizagem e a importância do diálogo na educação.
Palavras-chave: Educação, Sistematização Coletiva do Conhecimento, Relação aluno e professor, Processo de ensino-aprendizagem, diálogo na educação.
SUMÁRIO
1.Introdução.............................................................................................04
2. Resumo do filme “Escritores da Liberdade”...........................................05
3. Fundamentação teórica............................................................................07
3.1 Sistematização Coletiva do Conhecimento...........................................07
3.2 Diálogo na Educação.............................................................................09
3.3 Relação Aluno Professor.......................................................................11
4. Considerações Finais............................................................................15
5. Referências Bibliográficas....................................................................17
- INTRODUÇÃO
A aprendizagem e a construção de conhecimentos estão relacionadas com a atuação do professor e a capacidade que este tem de interagir com os seus alunos, mas o processo de aprendizagem não é restrito somente à relação do aluno com o seu professor, depende das relações que o aluno estabelece com objetos de conhecimento, além da mediação de outros sujeitos – inclusive outros alunos - será essencial. No âmbito escolar, o ato de se relacionar é em sua essência um conjunto de interações que contribuem nos processos de aprendizagem do aluno; direta ou indiretamente permitindo que conhecimentos sejam construídos. A aprendizagem escolar não é somente uma união entre o aluno e o conteúdo a ser aprendido. É necessário também considerar a atuação do professor como mediador. O processo de aprendizagem não se restringe somente ao ambiente escolar.
O enfoque deste estudo é o processo de ensino e aprendizagem no ambiente escolar, um espaço educativo institucionalizado para a construção de conhecimentos fundamentais. É neste contexto que se faz importante estudar a relação do aluno com o professor e o modo pelo qual esta relação abre oportunidades para a construção do conhecimento. A interação pedagógica vem a promover vínculos e agregar valores, contribuindo de maneira positiva para a construção do conhecimento. Deste modo, a representação das relações pedagógicas em filmes é algo frequente, as inquietações relacionadas à educação são compartilhadas por toda sociedade. E assim, diante de compreender esta relação e a sua influência sobre a construção do conhecimento, o presente estudo tem como base analisar as representações das relações estabelecidas entre professores e alunos a partir da narrativa do filme, “Escritores da Liberdade”, que retrata este tipo de relação em todo o desenvolvimento da sua narrativa com o foco no processo de ensino, aprendizagem e a importância do diálogo na educação.
- Resumo do filme “Escritores da Liberdade”
Baseado em fatos reais, o filme Escritores da Liberdade retrata o desafiante drama de “Erin Gruwell”, uma professora do 1º ano do Ensino Médio, que leciona as disciplinas de Inglês e Literatura numa escola da periferia de Los Angeles/EUA. Sua turma composta por adolescentes que possuem em seu contexto histórico, social, cultural, uma infância frustrada, marcada pelo medo e que cresceram totalmente desacreditados na vida, devido a situações de conflitos entre raças nos bairros pobres de Los Angeles.
Inicialmente, Erin Gruwell enfrenta problemas de ordem metodológica, visto que o que ela planejava desenvolver não era significativo para a turma, o que levava à desmotivação dos alunos e esses apresentavam sérios problemas de indisciplina. Contudo, ela consegue reverter àquela penosa realidade buscando novas alternativas, pois é flexível e consciente do seu compromisso com a educação. Assim, na tentativa de desenvolver um trabalho que se aproximasse da realidade dos alunos, elabora aulas dinâmicas utilizando à música, jogos, a fala dos alunos e a literatura como recursos metodológicos, objetivando elevar a autoestima e fazê-los perceber a si próprios, a vida e o mundo de maneira diferente.
Após ter conseguido avanços e despertar à atenção da turma ela decide conhecer a história de vida de cada um de seus alunos. A partir daí passa a trabalhar valores e sentimentos, objetivando sensibilizá-los para uma série de questões como: discriminação, preconceitos e tolerância, o que veio a diminuir significativamente a violência na sala de aula, possibilitando uma maior integração dos alunos nas aulas e um olhar diferenciado diante da realidade vivida.
Embora diante da falta de apoio por parte da direção e coordenação pedagógica da escola, Erin, não se deixa abater e desenvolve propostas pedagógicas inovadoras com a turma, investe em leituras significativas, através do projeto literário com o livro “Diário de Anne Frank”. Esse projeto envolvia atividades como a construção de um diário, no qual os alunos escreveriam sobre as coisas boas ou ruins vivenciadas; aulas passeios a espaços culturais; escrita de cartas para a Miep Gies, “a senhora que deu abrigo a Anne Frank”, culminando com uma visita da mesma à instituição de ensino.
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