Temas transversais
Por: caarlaa • 16/11/2015 • Trabalho acadêmico • 2.863 Palavras (12 Páginas) • 308 Visualizações
TÍTULO
Ivete de Araújo Schlögl
Prof. Orientador
Dilcicléia Gonçalves de Barros
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (Ped 0523) – Estágio
30/05/15
RESUMO
Ao tratar do tema Orientação Sexual, busca-se considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. Engloba o papel social do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os estereótipos atribuídos e vivenciados em seus relacionamentos, o avanço da AIDS e da gravidez indesejada na adolescência, entre outros, que são problemas atuais e preocupantes. O objetivo deste documento está em promover reflexões e discussões, com a finalidade de fomentar a ação pedagógica no desenvolvimento dos alunos.
Palavras-chave: Sexualidade.Orientação.Escola.
1 INTRODUÇÃO
O tema sexualidade ao mesmo tempo em que nos parece tão distante é presente, vivo e pulsante. Está sempre nas conversas dos meninos e meninas, nas atitudes, nas relações pessoais e interpessoais. Enquanto que na adolescência se manifesta por meio hormonal, nas atitudes e no corpo para os pais e educadores surge como forma de preocupação.
Na busca de uma vida saudável a orientação sexual abarca temas diversificados na tentativa de conscientizar os jovens para uma cultura de respeito e valorização da sexualidade humana. Trazer esse tema para os debates no interior da escola e promover educação no sentido de orientar sobre a sexualidade vem sendo nos últimos anos um desafio para a educação no Brasil. Tratar o tema de forma aberta e participativa é um meio para a prevenção de equívocos para o futuro. A ação não pode ser pensada, segundo os especialistas de forma unilateral, mas no conjunto de complexidades envolvidas nessa questão. É preciso, além das questões biológicas sobre a sexualidade levar em consideração as questões comportamentais e culturais.
A Orientação sexual no âmbito escolar tem sido uma pratica pouco constante e preferencialmente aplicada por especialistas, tão grande a inobservância do que propõem os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s. Este documento faz menção à transversalidade do tema com foco multicultural no ambiente escolar.
Sendo assim, abordaremos uma metodologia de pesquisa simples, de forma breve, conhecendo as dificuldades na abordagem do assunto. Falaremos um pouco sobre as questões na escola, na família, o olhar do professor e o que dizem os documentos orientadores que tratam sobre a Orientação Sexual. Este tema é um mote em construção na nossa sociedade.
- ORIENTAÇÃO SEXUAL.
As manifestações de sexualidade afloram em todas as faixas etárias. Ignorar, ocultar ou reprimir são as respostas mais habituais dadas pelos profissionais da escola. Essas práticas se fundamentam na idéia de que o tema deva ser tratado exclusivamente pela família. De fato, toda família realiza a educação sexual de suas crianças e jovens, mesmo aquelas que nunca falam abertamente sobre isso. O comportamento dos pais entre si, na relação com os filhos, no tipo de “cuidados” recomendados, nas expressões, gestos e proibições que estabelecem são carregados de determinados valores associados à sexualidade que a criança apreende.
Trabalhar orientação sexual dentro das escolas se tornou emergencial, pois a populações que estão surgindo dentro de lares que na verdade nem entenderam o que seria um lar.
Este é um tema que embora exija muito cuidado ao abordar faz se necessário entender como trabalhar, só políticas públicas já não condiz com o tamanho do problema onde as adolescentes continuam sendo mães, os garotos usam drogas pesadas cada vez mais cedo a uma inversão de valores que gritam.
Unindo esta questão aos temas transversais desde a pequena infância sem ter medo de arriscar poderá gerar algum resultado.
O tema sexualidade está sempre nas conversas dos meninos e meninas, em todas as suas atitudes no meio em que procura para que se tenha uma realização pessoal ou interpessoal, em todas as atitudes do cotidiano nas musicas nas danças, já não se sabe mais o que fazer com essa situação as praticas mais adotadas é a repressão ou a resposta ainda é cedo para pensar nisso, gerando desconforto. Por todas essas necessidades a sexualidade foi escolhida como um dos temas transversais, e tem a função de questionar e orientar os educando sobre os valores e os padrões de conduta, a responsabilidade junto a essa questão ficou abalada, como auxiliar, como desenvolver ações crítica reflexiva e educativa com os adolescentes.
2. SEXUALIDADE NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
Os contatos de uma mãe com seu filho despertam nele as primeiras vivências de prazer. Essas primeiras experiências sensuais de vida e de prazer não são essencialmente biológicas, mas constituirão o acervo psíquico do indivíduo, serão o embrião da vida mental no bebê. A sexualidade infantil se desenvolve desde os primeiros dias de vida e segue se manifestando de forma diferente em cada momento da infância. A sua vivência saudável é fundamental na medida em que é um dos aspectos essenciais de desenvolvimento global dos seres humanos.
A sexualidade, assim como a inteligência, será construída a partir das possibilidades individuais e de sua interação com o meio e a cultura. Os adultos reagem, de uma forma ou de outra, aos primeiros movimentos exploratórios que a criança faz em seu corpo e aos jogos sexuais com outras crianças. As crianças recebem então, desde muito cedo, uma qualificação ou “julgamento” do mundo adulto em que está imersa, permeado de valores e crenças que são atribuídos à sua busca de prazer,o que comporá a sua vida psíquica.
Nessa exploração do próprio corpo, na observação do corpo de outros, e a partir das relações familiares é que a criança se descobre num corpo sexuado de menino ou menina. Preocupa-se então mais intensamente com as diferenças entre os sexos, não só as anatômicas, mas também com todas as expressões que caracterizam o homem e a mulher. A construção do que é pertencer a um ou outro sexo se dá pelo tratamento diferenciado para meninos e meninas, inclusive nas expressões diretamente ligadas à sexualidade e pelos padrões socialmente estabelecidos de feminino e masculino. Esses padrões são oriundos das representações sociais e culturais construídas a partir das diferenças biológicas dos sexos e transmitidas pela educação, o que atualmente recebe a denominação de relações de gênero. Essas representações absorvidas são referências fundamentais para a constituição da identidade da criança.
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