Trabalho Centro de Educação a Distância Pedagogia
Por: cintya_tles • 27/2/2021 • Trabalho acadêmico • 1.947 Palavras (8 Páginas) • 162 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Pedagogia – Licenciatura
RA: 0111007900 – Cintia Nascimento Teles
RA: 2958679960 – Stephanne Lays Alves do Amaral
RA: 0111007274 – Thais Nascimento da Silva
RA: 0111006701 – Valdirene Ferreira
DESAFIO PROFISSIONAL – 3º Semestre
DISCIPLINAS:
Metologia Cientifíca
Educação de Jovens e Adultos
Educação Formal e não Formal
História da Educação
Didática
Práticas Pedagógicas: Gestão da sala de aula
Tutora a Distância: Sandra Regina Cunha Perini
HORTOLÂNDIA – SP
2019
SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................... 2
2. Compreendendo a Educação de Jovens e Adultos ................................. 3
3. O Professor e a Metodologia na Educação de Jovens e Adultos .......... 6
4. Considerações Finais ................................................................................. 8
5. Referências Bibliográficas ......................................................................... 9
1 Introdução
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) sempre enfrentou muitas dificuldades desde que os jesuítas eram os responsáveis pela educação no Brasil Colônia, a Campanha de Educação de Jovens e Adultos na década de 50 sofreu muitas críticas pelos métodos usados e foi extinta pelos seus resultados negativos. Na década de 60 surgiu Paulo Freire com uma nova pedagogia para a EJA, referência no panorama que dura até os tempos de hoje, mas com o golpe de 1964 essa proposta foi suprimida e substituída em 1967 pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), que foi uma iniciativa pensada e elaborada pelo regime militar vigente no Brasil (1964 – 1985).
A partir de 1980 o MOBRAL foi perdendo suas características pelo despreparo dos monitores que eram encarregados de alfabetizar, as crescentes críticas de sua metodologia teceram o fracasso do MOBRAL, encerrado em 1985.
Sendo ocupado pelo método Fundação Educar, no âmbito das políticas educacionais os primeiros anos não foram muito favoráveis aos métodos aplicados, chegando ao fim em 1990, e assim criando um enorme vazio em termos de políticas para o setor.
Alguns estados e municípios assumiram a responsabilidade de oferecer programas na área, mas muito longe de suprir a demanda. Com muito pouco recurso e falta de estudos e pesquisas sobre a modalidade educativa, materiais didáticos de apoio, educadores enfrentaram muitas dificuldades para realizarem as tarefas. Ainda na década de 90 surge para consolidar as reformulações pedagógicas o programa da Educação de Jovens e Adultos.
Segundo a filosofia do educador Paulo Freire:
Temos de estar convencidos de que sua visão do mundo, que se manifesta nas várias formas de sua ação, reflete a situação no mundo, em que se constitui. A ação educativa e política não podem prescindir do conhecimento crítico dessa situação. (FREIRE, 2002, p. 95)
2 Compreendendo a Educação de Jovens e Adultos
A Constituição Federal do Brasil estabeleceu como princípio que todas e qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CF.Art. 205). Retomada pelo Art. 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9.394/96) estabelece as diretrizes e bases à garantia legal ao acesso. O Plano Nacional de Educação (PNE) Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, cita entre as diretrizes e propostas no Artigo 2º da constituição, a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar. Mas o problema do analfabetismo no Brasil é um quadro preocupante e se faz presente em muitas regiões.
Existem diversos fatores que muitas vezes não possibilitam a alfabetização no período da infância, o que faz com que o indivíduo sinta a necessidade de procurar a EJA seja por motivos pessoais ou profissionais, tem aumentado significativamente essa procura segundo dados do MEC/Inep (2013).
Para o êxito da EJA é fundamental compreender que a alfabetização de pessoas jovens, adultas e idosas, é uma parte integrante da política pública, garantida pela articulação do sistema estadual, distrital e municipal, que são os principais responsáveis pela efetivação do processo da educação.
Podemos colocar como pressupostos teóricos para EJA, inicialmente o estabelecido pela Constituição de 1988, art. 205, onde toda e qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e para sua qualificação para o trabalho, Diante do exposto temos a teoria básica e fundamental de Paulo Freire que foi significativa para o ensino de jovens e adultos que não haviam sido alfabetizados dentro da escola normal.
O ensino da EJA necessita cumprir suas funções de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº 9394/96) tem como objetivo e função ser:
- Reparadora: o reconhecimento dos direitos civis que seja capaz de restaurar a igualdade de todo e qualquer ser humano;
- Equalizadora: recolocação do sistema educacional dos que tiveram interrupção forçada seja pela repetência ou evasão, ou outras condições adversas, que possibilite que cidadãos sejam inseridos no mundo do trabalho, na vida social, em tantos outros segmentos sociais;
- Qualificadora: é a função permanente da EJA, ter como base qualificar o ser humano.
A formação de indivíduos críticos e criativos é função social da escola, e que possam exercem plenamente a cidadania, pessoas envolvidas com os processos de transformação e mudanças da realidade, por isso é essencial que a prática pedagógica seja socialmente comprometida com as necessidades e a função social do EJA.
De acordo com a visão Freiriana, Alfabetização e Diversidade Brasil (2006, pg.27) esclarece que “Desde Freire, a educação de jovens e adultos vem caminhando na direção de uma educação democrática e libertadora, comprometida com a realidade social, econômica e cultural dos mais pobres”. A visão de Paulo Freire a partir da década de 1960 fez surgir um novo modelo pedagógico, no qual o analfabetismo reflete uma sociedade desigual. O diálogo proposto por Freire considera que o educador e o educando são mediatizados pela realidade que vivem e da qual extraem o conteúdo da aprendizagem, e desta forma estreitam as relações.
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