Trabalho de conclusão
Por: Angelniu • 1/7/2015 • Trabalho acadêmico • 4.871 Palavras (20 Páginas) • 162 Visualizações
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III
– INTERVENÇÃO DOCENTE
1. PROJETO DE INTERVENÇÃO NOS ANOS INICIAIS
1.1 Identificação do campo de estágio
Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental José Veronese
O projeto será desenvolvido com o 2º e 3º ano do ensino fundamental (turma bisseriada) matutino.
1.2 Identificação da Equipe de estagiários
Danieli Anschau Martins e Juliana Flávia Moschen
1.3 Tema e Título do projeto
Tema: O mundo mágico da literatura
Título: Quem lê, conta e encanta
1.4 Justificativa [a]
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento que começamos a “compreender” o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sobre diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos os casos estamos de certa forma, lendo – embora, muitas vezes, não nos demos conta. Desse modo, a leitura se configura com um poderoso e essencial instrumento para a sobrevivência do homem.
Por isso desenvolver o hábito de leitura é um processo que deve vir desde muito cedo já em casa e deve ser aperfeiçoado na escola e continuar por uma vida inteira, pois quanto antes à criança tiver contato com os livros e perceber o prazer que a leitura traz, maior será a chance dela se tornar um adulto crítico, pensante e altruísta.
Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor, pois a leitura não pode se tornar uma obrigação, porque quando ela se transforma em obrigação, se resume em simples enfado.
Hoje percebemos que cada vez mais a leitura tem menos espaço no nosso cotidiano, pois estamos sempre atarefados e cheios de compromissos, sendo assim muitas crianças não se interessam pela leitura, pois não recebem estímulos dos pais que por sua vez também tem pouco ou nenhum tempo para lerem nem para si nem para seus filhos, se o habito de ler não é estimulado por parte dos pais fora da escola, é dever do professor suprir essa necessidade dentro da escola, tentando despertar nos alunos esse gosto pela leitura, pois ler não é apenas decodificar os signos, e sim atravessar o texto, interagir com o autor, viver o personagem na busca e na produção de sentidos.
Vemos que oportunizar essa convivência com os livros, esse desvendamento do mundo literário contribui para que desta forma a criança melhore sua escrita, amplie seu vocabulário, desperte sua imaginação, e viaje em um mundo só dela!
Sabendo que a leitura e a escrita tem uma grande importância para vida social dos educandos e ambas devem ser introduzidas no dia a dia da criança de diversas formas achamos necessário o desenvolvimento de tal projeto, para que a criança tenha acesso a diferentes gêneros literários onde ela possa construir sua concepção de leitura, e criar de forma prazerosa o amor pelo livro e o habito de leitura, fazendo com que o ato de ler se torne uma pratica espontânea em seu dia a dia não por obrigação mas por opção.
1.5 Fundamentação Teórica
Desenvolver o interesse e o hábito pela leitura é um processo que ocorre constantemente em nossas vidas. Desde cedo temos a oportunidade de estar em contato direto com todos os tipos de materiais de leitura possíveis. Começamos em casa, nos aperfeiçoamos na escola e depois levamos isso para a nossa vida inteira.
Somente quem conhece a importância que a literatura trás para as nossas vidas, é que sabe o poder de uma história bem contada e os benefícios que ela nos trás a noite antes de dormir.[b] São estas mesmas pessoas que poderão confirmar que não há tecnologia no mundo capaz de substituir o prazer de pegar um livro nas mãos e virar suas páginas e encontrar nele um mundo repleto de fantasia e imaginação.
Podemos perceber que várias gerações já vêm demonstrando o desinteresse pela leitura, consequentemente tendo dificuldade de fazê-la coerentemente, ou seja, compreender um texto em sua profundidade[c]. Esse desinteresse acaba limitando o indivíduo em suas possibilidades de acesso ao conhecimento culturalmente construído.
O pensador Paulo Freire [d]aponta para o reconhecimento de que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura da palavra escrita implica na ampliação da possibilidade de leitura do mundo. Assim podemos ter a percepção que o não desenvolvimento de bons leitores limita as possibilidades de leitura de mundo, do entendimento e compreensão da realidade social[e].
Ler desperta em nós vários sentidos, ler nos leva a vários lugares, podemos viajar e até sair do planeta, é sofrer com o personagem, e questionar o próprio autor, ler para sonhar, ler para se atualizar, ler para ficar informado, é às vezes interagir com um mundo que não existe, mas que podemos fazer se tornar realidade. Na perspectiva de desenvolver o interesse, o hábito e o prazer pela leitura, desta fase da educação, é preciso que se forneça oportunidades variadas, não sendo só textos escritos, mas a própria leitura de interpretação do mundo em que as criança esta inserida e onde faz parte como um indivíduo social.
“O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade eficaz tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. A leitura, por um lado nos fornece a matéria-prima para a escrita: o que escrever. Por outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever.” PCN, 1997.
Podemos ver neste trecho da citação retirada dos PCNs que a leitura e a escrita tem um elo entre elas, uma depende da outra, se algo falhar ela não andará mais junta, e por isso que desde o processo de ouvir histórias na infância que já está ocorrendo a alfabetização, pois é ouvindo a história que se cria o gosto por ela e mais tarde o hábito de ler e por conseguinte a escrita se dará de forma correta.
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