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UMA ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO BABIES

Por:   •  21/9/2022  •  Dissertação  •  2.095 Palavras (9 Páginas)  •  113 Visualizações

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[pic 1]MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

                                    LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

TALLYTA DE AQUINO BARBOSA

                      UMA ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO BABIES

GOIÁS

2022

TALLYTA DE AQUINO BARBOSA

                                                                  Dissertação

Trabalho apresentado no curso de graduação em Pedagogia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

Orientador: Ana Beatriz Machado de Freitas

GOIÁS

2022

UMA ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO BABIES

O filme francês Babies foi dirigido por Thomas Balmès no ano de 2010, tem um formato de documentário não narrado, possui cerca de 80 minutos de duração e apresenta o desenvolvimento do 1º ano de vida de quatro pequenos bebês, sendo cada um deles de uma parte cultural: Ponijao é um menino namibiano; Mari, uma menina japonesa; Bayar, um menino mongólico; e Hattie, uma menina norte-americana.

Além do mais, as filmagens compartilham o cotidiano destes bebês, em que cada um, sobre as suas condições, experimenta conhecer o mundo à sua volta, através de uma aventura cheia de descoberta, com objetos e animais; e, o tempo todo, as crianças passam extremas demonstrações de emoções, como choro, gritos e risadas.

Estágio sensório-motor é o estágio que vai do nascimento do bebê até este começar a falar, o que ocorre por volta dos 2 anos de idade, quando a pessoa consegue construir frases simples. Tem como característica fundamental a maneira como o bebê interage com o mundo. Seus sentidos dão a ele toda a informação sobre o mundo, sendo sua ânsia por exploração a chave fundamental para seu desenvolvimento cognitivo.

Este é o período em que a criança melhora reflexos inatos. Eles constroem esquemas e tentam repetir uma ação com seu próprio corpo, como fazer barulho, bater seu brinquedo, jogar algo ou mover um cobertor para obter algo que está em cima dele. Nesta idade, as crianças repetem ações aleatoriamente, experimentando com seus próprios corpos.

Em seus estudos, Piaget demonstrou que as crianças em seus primeiros anos aprendem, desenvolvem-se, brincam, têm interesse pelo conhecimento, etc. Essas pesquisas serviram como precursoras de coisas que hoje são muito valorizadas, como, por exemplo, os processos de desenvolvimento e aprendizagem nos primeiros seis anos de vida. Esses processos causam um impacto significativo no futuro da criança, no adulto que ela irá se tornar, e estão fundamentalmente ligados ao processo de escolarização para o desenvolvimento da autonomia, uma teoria do empoderamento do ser humano, ao preço de ele se tornar parte do mundo, da natureza, das pessoas e da sociedade.

Pelo fato de existirem diferenças entre as culturas, foram observados diversos momentos interessantes, apesar de as crianças desenvolverem-se de formas semelhantes. Segundo (Bock, furtado e Teixeira, 1999, p. 132) sobre a teoria Piaget:

 Cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém, o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais e sociais.

Para Vygotsky, o aprendizado das crianças começa muito antes de elas frequentarem a escola. De fato, aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida da criança. Afinal, a criança aprende a falar com os adultos através da formulação de perguntas e respostas. A criança adquire várias informações e, através da imitação dos adultos e da instrução recebida de como agir, desenvolve uma gama de habilidades.

No entanto, admite-se que não podemos nos limitar simplesmente à determinação de níveis de desenvolvimento, se o que queremos é descobrir as relações reais entre o processo de desenvolvimento e a capacidade de aprendizado. Nesse sentido, há pelo menos dois níveis de desenvolvimento. Através do documentário, é possível perceber a influência que tem o meio em que a criança vive o seu dia a dia e a forma com a qual está se constituindo culturalmente, o que é evidenciado com algumas situações de destaque, como a forma com que as elas prestam atenção nas atividades realizadas pelos adultos, pelos seus pais e pela aldeia.

Os pequenos procuram imitar o comportamento dos adultos, assim como também tentam imitar a forma com a qual os adultos se comunicam verbalmente. Antes de controlar o próprio comportamento, a criança começa a controlar o ambiente com a ajuda da fala, e isso produz novas relações com o ambiente. Essa característica tipicamente humana de comportamento produz mais adiante o intelecto que é citado pelo autor (REGO, 2013, p. 141) sobre a teoria do Vygotsky: “No início, as respostas das crianças são dominadas por processos naturais, especialmente aqueles proporcionados pela herança biológica”.

As crianças resolvem suas tarefas práticas com a ajuda da fala, assim como com a ajuda dos olhos e das mãos. Essa combinação de percepção, fala e ação, por exemplo, forma a base de qualquer análise da origem das formas caracteristicamente humanas de comportamento. Com a ajuda da fala, criam maiores possibilidades e, no processo de aprendizagem e solução de um problema, são capazes de incluir estímulos que não estão inseridos no seu campo visual imediato. Usando palavras para criar um plano de ação específico, operam uma variedade muito maior de atividades e não apenas usam os objetos à mão como instrumento, mas também procuram e preparam tais estímulos de forma a torná-los úteis para a solução da questão e para o planejamento de ações futuras.

Apesar de Bayar, Ponijao, Hattie e Mari estarem passando pela mesma etapa de vida, demonstram muitos aspectos diferentes uns dos outros e são caracterizados pelo meio onde vivem. O bebê Bayar, por exemplo, teve um galo sempre ao seu redor naquele primeiro dia de vida, amarrado em cima da cama. Ele morava com sua mãe, pai e um irmão mais velho e às vezes utilizava o choro para comunicar-se e chamar a atenção da mãe, que algumas vezes, deixava-o sozinho.

Além do mais, costuma ficar amarrado dentro da casa, onde é rodeado por animais. Até quando está tomando banho na bacia de alumínio, é surpreendido com o bode bebendo água detrás dele. Em sua participação no filme, podemos analisar que Mongólia sempre aproveita explorar o seu redor e descobrir coisas nova. Trata-se de uma aventura gigantesca a maneira como aprendeu a andar se ajoelhando para correr atrás dos bichos; ou seja, até os momentos das quedas podem ser um aprendizagem. Isso quando ele não está amarrado no pau da cama.

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