Universidade Norte Do Paraná-Unopar Sistema De Ensino

Universidade norte do paraná-unopar

Sistema de Ensino A DISTÂNCIA

pedaGOGIA

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Cidade

2020

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Bandeirantes

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INTRODUÇÃO

A lúdicidade vem cada vez mais sendo deixada de lado para dar lugar as aprendizagens de leitura e escrita. Muitos pais levam seus filhos para escola para ele aprender e alegam que lugar de brincar é em casa e não na escola. É através do lúdico que o professor obtém informações valiosas sobre seus alunos além de estimulá-los na criatividade, construção de raciocínio lógico, autonomia, socialismo, ajudando assim a compreender o desenvolvimento do universo infantil.

Esse tema foi escolhido devido às observações realizadas em estágios no decorrer do curso de pedagogia. Nota-se que o lúdico não é praticado como fonte de aprendizagem no cotidiano escolar. É proposto que os docentes se aperfeiçoem para criação de momentos que oportunizem a criança a exercer seu direito de ser criança.

Mostra-se neste projeto, a importância do lúdico para criança, para que o mesmo possa reestruturar as didáticas usadas em sala de aula.  

Para realização dessa proposta deve ser levada em conta a turma em que ele será aplicado, podendo assim modificar e adaptar as atividades no que for necessário. O professor deve estar sempre atendo aos objetivos que o mesmo pretende alcançar. As atividades devem ser elaboradas obedecendo aos cronogramas das aulas da turma alvo. A avaliação será realizada através da participação e envolvimento do aluno.

Neste projeto serão utilizados os seguintes autores: Áries, Kishimoto, Vygotsky, Luckesi, Piaget, Brougère, Froebel, Montessori, Dewey, Chateau, Faria, Almeida, Kuhlman, Freire, Barros, Oliveira, Silva, Meyer, Lopes e Cunha. É através desses autores que será relatado a importância do brincar como forma de contribuição para o desenvolvimento da criança.

OBJETIVOS

Objetivo geral

• Propor aos professores que utilizem mais o lúdico em suas aulas.

Objetivos específicos

• Estimular o brincar em sala de aula.
• Desenvolver a socialização, o raciocínio e a criatividade.
• Conhecer e praticar regras e normas.
• Observar as possibilidades e limites das crianças a partir de trabalhos desenvolvidos no seu dia-a-dia.

PROBLEMATIZAÇÃO

De que forma devemos trabalhar o lúdico? Por que o brincar é importante? Qual é o papel do educador no desenvolvimento do lúdico? Há como trabalhar os conteúdos através de brincadeiras e brinquedos? O aprendizado pode ser adquirido através de jogos e brincadeiras?

REFERENCIAL TEÓRICO

O lúdico vem da palavra “ludus” que quer dizer jogo, na atividade lúdica não importa somente o resultado, mas a ação, o movimento, por isso deixou de ser considerado apenas jogo (ALMEIDA 2006).

Na antiguidade os jogos eram vistos como hábitos superficiais e sem utilidades, eles eram mal vistos por homens comprometidos com coisas mais importantes para fazer. Na idade media era considerado como algo não serio pertencente apenas para o universo infantil. Já na modernidade ele passa a ser reconhecido como uma ação importante para o desenvolvimento humano.

Para ALMEIDA (1997), o marco da questão da ludicidade é a Grécia, onde Platão já afirmava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos, praticados pelos dois sexos, em jardins de criança.

No Brasil foi só a partir das idéias escolanovistas de: Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Mário de Andrade, que acreditavam que os jogos e brincadeiras infantis eram atividades livres e, por meio delas, as crianças manifestavam uma força criadora. Mário de Andrade foi um idealizador dos parques infantis na cidade de São Paulo, em que se efetivou a valorização das brincadeiras infantis na educação das crianças brasileiras é o que afirma Kuhlman (2000 p. 55).

Segundo Áries (1978), as crianças eram consideradas como miniadultos a partir dos sete anos de idade, elas se vestiam como gente grande e iniciavam sua vida de trabalho desde muito cedo para ajudar os adultos como podiam, assumindo assim várias responsabilidades, tendo que pular etapas para o seu desenvolvimento.

Kishimoto (2004) fala das influencias que os portugueses, negros e índios trouxeram para a cultura infantil. Os portugueses vieram com os versos, adivinhas, parlenda, lendas, jogos de saquinho, amarelinha, bolinha de gude e outros. Os negros vieram com os jogos simbólicos mais conhecidos como Faz-de-conta e os índios realizavam as brincadeiras junto à natureza e os animais.

Essas influencias são resultado do contato existente entre esses diferentes povos que se encontraram em nosso país. Com isso podemos analisar a variedade de jogos, brinquedos e brincadeiras existente não só no Brasil, mas também em outros países. Cada jogo, brinquedo e brincadeira são modificados de acordo com a cultura que a criança esta inserida.

Segundo o dicionário Aurélio brincar, é divertir-se, folgar, recrear-se, entreter-se, distrair-se, também pode ser entreter-se co jogos infantis, ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser.

SANTOS (200, p.9) aborda que:

Independente da época, cultura e classe social, os jogos e brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos, onde a realidade e faz de conta se confunde. O jogo está na gênese do pensamento, de descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo.

A Lei Federal n°8069/90, mostra que toda criança tem o direito de brincar, tem direito à vida e à saúde, à liberdade, ao respeito e à dignidade, à convivência familiar e comunitária, à educação, à cultura e ao lazer, à proteção ao trabalho.