A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

Acadêmica: Isabelle Musiat Moreira – 1º Período de PSICOLOGIA

AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

Desde os primórdios da humanidade o homem já possuía necessidade de se comunicar. Inicialmente, os sons desarticulados expressavam os sentimentos e as emoções.

A comunicação verbal é somente mais uma forma de se relacionar com ser humano, mas é a mais complexa de todas e está associada diretamente com o pensamento e os demais processos cognitivos. Os estágios de aquisição da linguagem começam logo nos primeiros meses de vida onde os bebês conseguem discriminar uma grande variedade de sons e apresentam reações ao ouvirem vozes humanas. Aos seis meses a o bebê apresenta sua primeira linguagem (balbucio), nessa fase os sons adquirem mais significado para a criança e sua capacidade de distingui-los aumenta. Entre um e três anos a criança pronuncia as primeiras palavras, porém a capacidade de formular frases completas ainda é limitada. Aproximadamente entre os três aos quatros anos a criança já se torna capaz de organizar sentenças simples e apresentam uma enorme ampliação do vocabulário. Nesta fase a criança internaliza algumas regras de sintaxe. Aos quatro anos a criança usa uma estrutura básica de sentenças igual à de um adulto. Durante a adolescência alguns acréscimos são feitos no vocabulário,  mas em um ritmo mais lento.

Algumas perspectivas dentro da  psicologia concentram-se nos mecanismos ambientais que as crianças usam para a aquisição da linguagem. A imitação é um desses mecanismos, onde a criança  imita os padrões de linguagem de outras pessoas, especialmente de seus cuidadores, porém a imitação não seria suficiente para a aquisição da linguagem. Conforme Robert J. Sternberg cita no livro “Psicologia Cognitiva”, no processo de modelagem  as crianças seguem o modelo do vocabulário das pessoas de seu ambiente, pois escutam e tentam imitar os sons da mesma forma que ouvem. O mecanismo do condicionamento acontece quando as crianças ouvem frases e as associam a determinados objetos de seu convívio e produzem em seguida recebem reforços positivos de seus pais e cuidadores, esse comportamento atua como um reforço para que a criança continue a desenvolver sua linguagem. Esse processo se desenvolve até a fala adulta.

Levando-se em conta o que foi observado, há muitas teorias que tentam explicar o processo de aquisição da linguagem. No entanto, o que se percebe é que, independente do lugar, as crianças apresentam o mesmo processo de desenvolvimento de forma automática e aparentemente sem esforço.

Referência 

STERNBERG, Robert J. PSICOLOGIA COGNITIVA: TRADUÇAO DA 5a EDIÇAO NORTE-AMERICANA. 2015.