A AULA EXISTENCIAL (HUMANISMO) SEÇÃO AULA
Por: Gabriel Lednick • 26/8/2020 • Projeto de pesquisa • 5.503 Palavras (23 Páginas) • 164 Visualizações
AULA EXISTENCIAL (HUMANISMO)
SEÇÃO 1 AULA 1
Humanismo
Saber preliminarmente
- NÃO é uma teoria psicológica específica, abrange uma variedade de teorias e técnicas psicoterápicas, como a Gestalt-terapia, a Abordagem Centrada na Pessoa, a Logoterapia e a Daseinsanalyse.
- NÃO é sinônimo de existencialismo, a sua origem como movimento nos Estados Unidos, pelo contrário, pende para o essencialismo. O existencialismo é uma absorção posterior de filosofias europeias que remontam ao início do século 20 e se expandem após a Primeira Guerra Mundial.
- NÃO é uma negação total dos conhecimentos do behaviorismo (1ª força) nem da psicanálise (2ª força), e sim dos seus determinismos.
3ª força
- Movimento surgido nos Estados Unidos no final da década de 1950 para congregar psicólogos e pesquisadores com pensamento alternativo ao determinismo ambiental do behaviorismo e ao determinismo inconsciente da psicanálise.
- Foco no indivíduo, na sua pessoa, e na sua situação-presente.
- Ênfase na vontade consciente, na autodeterminação e na autotranscendência, isto é, na capacidade humana de ultrapassar seus condicionamentos e ressignificar sua existência a partir da sua atualidade.
- Alta estima da liberdade humana correlacionada à responsabilidade pessoal.
Fenomenologia
Ideia fundamental
A intenção é a determinação essencial da consciência.
NÃO existe consciência pura, em-si, TODO fenômeno psíquico, ou seja, toda consciência, se refere a um conteúdo, pende em direção a um objeto, que não precisa necessariamente ter realidade imanente, factual.
PORTANTO, a apreensão da verdade da consciência, isto é, do seu desvelamento, não está nela mesma tampouco no objeto, está na relação intecional, ou seja, ativa, da primeira com o segundo.
Edmund Husserl (1859 – 1938)
Natural da Prossnitz, na antiga Morávia (atual República Tcheca), então pertencente ao Império Austro-Húngaro, descendente de judeus, radicado na Alemanha, o “pai da fenomenologia” antes de estudou primeiramente matemática e depois migrou para a filosofia.
Para Husserl o ponto de partida do conhecimento é a experiência concreta, as coisas existentes, os fatos, e a sua chave é o modo como os fenômenos se apresentam à consciência , como esta apreende as suas essências, os seus elementos subjetivos irredutíveis.
Consciência que não deve ser confundida com ato racional. Anterior à percepção consciente há o ato pré-reflexivo. Este é substanciados por uma síntese passiva de elementos sensórios e afetivos que chegam à consciência sem que o sujeito se dê conta e que constituem o pano de fundo do ato intencional.
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Fonte:
Disponível em https://bit.ly/2uBY8GR.
Objetivo
Conhecer as essências puras
A ciência fenomenológica pretende captar e descrever as vivências puras, o elementar da experiência, "voltar às próprias coisas". Nisto, obviamente, ela não difere das outras ciências.
O que a diferencia é o seu método.
Método
Epoché
O caminho para a intuição eidética é por em suspensão, colocar entre parênteses, as opiniões preconcebidas, os pressupostos filosóficos e mesmo as teorias científicas que não sejam apodíticas, indubitáveis, para que o fenômeno seja apreendido na sua imediaticidade à consciência.
Só permanecem e são tidos como certos, os dados que subsistirem às recorrentes investidas da epoché.
Passado, presente e futuro
Uma abordagem humanista, especialmente de natureza fenomenológica, considera a temporalidade como uma experiência dinâmica e fluída de integração do passado com o futuro.
No presente vivenciamos de modo articulado e constituinte as retenções e projeções. De modo articulado porque o presente é o tempo do existir, do fazer acontecer, e constituinte porque é o tempo de ressignificar e atualizar o ontem, potencializar o hoje e alargar as possibilidades do amanhã.
Existencialismo
Princípio elementar
A existência precede a essência
O ser humano como indíviduo, como pessoa, faz e refaz a sua essência na sua existência. Não há uma predeterminação natural quando ao seu modo de ser, não há uma essência fixa a ser procurada, há uma existência a ser assumida e construída.
O existencialismo pode ser teísta, agnóstico ou ateísta. Seja como for, o foco é o indivíduo, o drama de sua existência incerta, impermanente e finita em busca de um sentido pra vida.
Diferenças
Essência | Existência |
Aquilo que uma coisa é, o que diferencia um ente do outro, a determinação do seu ser, a necessária atualização da sua potência para o seu desenvolvimento esperado. | É a historia humana do indivíduo concreto, seu modo de existir, suas escolhas, a autodeterminação do seu ser. |
Soren Kierkegaard (1813 – 1855)
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