A Alma e a Psicanálise
Por: Brunna Arantes • 2/5/2018 • Trabalho acadêmico • 608 Palavras (3 Páginas) • 371 Visualizações
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SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA REDENTOR
CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
4º Período - PSICOPATOLOGIA
Brunna Amorim Arantes
Matrícula 1601616
RESENHA DO DOCUMENTÁRIO: Holocausto brasileiro
Itaperuna/RJ
Abril de 2018
BRUNNA AMORIM ARANTES
RESENHA DO DOCUMENTÁRIO: Holocausto brasileiro
Atividade Prática Supervisionada (APS) apresentada ao Curso de Graduação em Psicologia do Centro Universitário Redentor de Itaperuna/RJ, como requisito para obtenção de nota na disciplina de Psicopatologia
Orientador: Prof. CAMILA PAIVA
Itaperuna/RJ
Abril de 2018
O documentário “Holocausto brasileiro” foi baseado no livro de Daniela Arbex, que relata a existência do hospital Colônia, um hospício na cidade de Barbacena, Minas Gerais; mostra a vivência de vários pacientes internados em situações degradantes. A obra traz tristes e emocionantes lembranças do local em que ocorreu o maior genocídio do Brasil, com mais de 60 mil mortos; e conta com as entrevistas de pessoas que estiveram presentes na época, como funcionários, jornalistas, pesquisadores, pacientes sobreviventes e suas famílias.
No início do documentário um ex maquinista relata que levava ao hospital pacientes em vagões lotados, denominado “vagões dos loucos” e os deixava para uma viagem sem volta no hospital Colônia. Esse hospital era considerado um “depósito de gente”, onde aqueles que davam mais trabalho eram mandados para lá por suas famílias que não fazia questão de vê-los novamente, nem mesmo após a morte. Nem todos que se encontravam lá possuiam distúrbios neurológicos, mas bastava se motivo de vergonha para a família, como ser um deficiente físico, alcoólatra, uma prostituta, ou até que alguém nos declarassem loucos.
O nome “holocausto” é usado para fazer ligação ao massacre dos nazistas contra os judeus na Segunda Guerra, pois, sem exageros, o hospital era tão cruel que poderia ser comparado a um campo de concentração. Sendo assim, holocausto faz referência a morte de mais de 60 mil pacientes com o massacre nazista, devido a fome, a sede, o frio, os eletrochoques e as demais torturas.
Após a morte dos pacientes seus corpos eram vendidos para as faculdades e as ossadas eram comercializadas. O hospital passou a ser um campo de extermínio, onde o objetivo principal não era salvar os pacientes, mas torturá-los até a morte, para que com isso pudessem obter lucros em cima de seus corpos.
Os ex internos, ao serem entrevistados relatam quando chegaram ao hospital e as condições em que viviam lá dentro - nus, fazendo faxinas, sem receber visitas e sempre sobre medicações - alguns não conseguiram se lembrar de como chegaram até lá, por quem foram levados, perdendo a noção da temporalidade, não se lembrando nem ao menos de sua própria idade e nem em que ano vive. Muito se emocionaram ao lembrarem de suas famílias.
E 1973 a FIAP - Fundação Institucional de Assistência Psiquiátrica fez uma reforma no hospital contratando mais funcionários especializados. E por fim, em 1979 houve a busca pela humanização dos modelos de atendimento, devido às críticas ao antigo modelo, feitas pelo psiquiatra Basaglia. Desde então houve uma modificação de pensamento no hospital, ocorrendo uma ressocialização dos pacientes, onde 120 internos foram levados para os modos residenciais para serem dotados de um tratamento humanizado, onde aprenderam com as enfermeiras atividades básicas que já não realizavam no hospital Colônia, como usar desodorante, fazer as unhas, usar batom, aprenderem a usar talheres nas refeições (já que no hospital Colônia eram tratados como porcos), e dentre essas atividades alguns se olharam no espelho pela primeira vez ficando eufóricos ao ver sua própria imagem; choravam, gritavam e batiam palmas. Dos modos residenciais esses pacientes foram levados para as chamadas casinhas.
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