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A Análise de Galileu por Koyré

Por:   •  15/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  338 Palavras (2 Páginas)  •  96 Visualizações

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O nome de Galileu Galilei encontra-se indissoluvelmente ligado à revolução científica do século XVII e sua importância é discutida em muitas versões diferentes. Segundo o filósofo francês Koyré, o grande mérito de Galileu foi a dissolução tradicional do Cosmo que era um mundo de estrutura finita, qualitativamente ordenada e hierarquicamente ordenada e que se dividia em dois espaços, céu e terra. Para a física pré-galileana, o âmbito celeste era reservado a matemática e o âmbito terrestre era reservado para o método empírico. Além de um grande matematizador, Galileu foi um experimentador, diferente de Copérnico. Baseado nessa sua característica, matematizou a natureza e o movimento dos corpos tanto “celestes”, quanto “terrestres”, e então fundiu esses dois mundos em um só universo, o que originou a unificação da astronomia e da física, tornando-as interdependentes. As noções matemáticas de Galileu que passam a explicar também os fenômenos materiais vão contra o testemunho da nossa experiência e dos nossos sentidos, o que classifica os conhecimentos de Galileu como “explicar o real pelo impossível”. Dito isto, a dissolução do Cosmo foi principalmente a destruição de uma ideia que foi substituída pela ideia de um universo aberto, indefinido e infinito, governado inteiramente por leis universais. Isso gerou, por consequência, mudanças em toda perspectiva científica, que era baseada na perfeição, na significação e no desígnio.  Sendo portanto uma das revoluções mais profundas, se não a mais profunda revolução do pensamento humano, depois da descoberta do cosmo pelo pensamento grego. Uma revolução que implica uma mutação intelectual radical, de que a ciência física moderna é, ao mesmo tempo, expressão e fruto. A ciência de Descartes e de Galileu foi extremamente importante para o engenheiro e o técnico; ela provocou, finalmente, uma revolução técnica. Todavia, não foi criada e desenvolvida por engenheiros e técnicos, mas sim por teóricos e filósofos. O homem moderno busca dominar a natureza, explica-se então por esse desejo de dominar a tendência mecanicista da física clássica – a física de Galileu – que devia tornar o homem “senhor e dono da natureza”.

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