A Atividade Discursiva de Psicofarmacologia
Por: Patrícia Natália • 25/11/2022 • Trabalho acadêmico • 326 Palavras (2 Páginas) • 143 Visualizações
Qual a interação medicamentosa que pode ocorrer com o uso de analgésicos narcóticos e drogas usadas no tratamento da esquizofrenia?
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a interação medicamentosa altera os efeitos farmacológicos entre dois ou mais medicamentos administrados respectivamente, aumentando ou diminuindo a eficácia terapêutica nos eventos adversos causados por estes ou no aparecimento de novos efeitos resultando em interações benéficas ou prejudiciais no tratamento de determinada doença.
Se tratando da esquizofrenia podemos dizer que ela é uma doença psiquiátrica de causa ainda não definida que envolve fatores ambientais e genéticos, segundo estudos post mordem, ocorrem nos cérebros dos esquizofrênicos atrofia do córtex cerebral e aumento dos ventrículos cerebrais.
No inicio dos anos 60 o tratamento dessa enfermidade era realizado em clínicas psiquiátricas com eletroconvulsoterapia. O tratamento farmacológico da esquizofrenia iniciou-se com a descoberta dos medicamentos chamados de antipsicóticos, capazes de melhorar os sintomas dos pacientes portadores dessa síndrome. Porém, além de produzirem efeitos terapêuticos, os compostos antipsicóticos também provocavam importantes efeitos colaterais neurológicos, e por essa razão também ficaram conhecidos como neurolépticos (Graeff et aI., 1999; Marder &Van Putten, 1995).
No tratamento da esquizofrenia podem ocorrer interações medicamentosas agravando os sintomas psicóticos, como no caso do haloperidol associado à clorpromazina.
Os benzodiazepínicos associados aos antipsicóticos são muito comuns no tratamento da esquizofrenia, porém considerada uma interação grave possibilitando agravamento dos sintomas esquizofrênicos, diminuição da concentração sérica de haloperidol, e discinesia tardia. Dentre os problemas ocasionados pela a associação dos fármacos, destaca-se a alteração da concentração plasmática, podendo contribuir para a intensificação das RAM. Outra questão muito importante é o elevado risco de arritmias fatais, incluindo torsades de pointes. Ainda vale comentar que, ao associar fármacos pode ocorrer sinergismo para o efeito farmacológico e RAMs (Pinto, 2014), tornando-se necessário compreender se a associação se é realmente benéfica para o tratamento medicamentoso, ou se o risco é tão elevado que o melhor é não realizar tal associação. Requerendo assim um monitoramento rigoroso para estes tipos de associações.
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