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A DESLEXIA NA INFÂNCIA

Por:   •  1/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.804 Palavras (16 Páginas)  •  252 Visualizações

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DISLEXIA NA INFÂNCIA

Deusanira Lima do Nascimento

Dyana Silva de Oliveira

Igor Brenno Barbosa do Nascimento

Maria Eduarda de Melo Lima

Suely Souza de Holanda

Taynara Tavares Leal

RESUMO

O presente artigo discorrerá a respeito do tema Dislexia na Infância, que é um transtorno do neurodesenvolvimento e atinge cerca de 5% a 15% das crianças em idade escolar. Tem como objetivo apresentar os aspectos clínicos da patologia, os sintomas e como ela afeta a aprendizagem da criança, contextualizando a função do psicólogo escolar, considerando os princípios que norteiam a Ética, o sigilo profissional, e a realidade pelo viés da Abordagem Humanista. Vale ressaltar que o diagnóstico é feito junto a uma equipe multidisciplinar, com especialistas como: psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e oftalmologistas. As crianças com dislexia aprendem de maneira diferente, mas podem acompanhar o ensino convencional se tiverem o apoio necessário para contornar suas dificuldades específicas. A Abordagem Humanista compreende que a criança com dislexia tem a capacidade de aprender, entretanto ela ainda não chegou a sua auto-realização, tendo o psicólogo a função de facilitador nesse processo, criando estratégias que ajudem a criança. Tais mecanismos podem ser atividades orais, jogos lúdicos, projetos de conscientização e apoio entre família e escola. Sendo assim, a criança com dislexia pode com certeza atingir o seu potencial máximo e explorar seus próprios talentos.

Palavras-chave: Dislexia. Infância. Transtorno de aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo é falar sobre a Dislexia na Infância, sendo ela um transtorno de aprendizagem, mais visível no período de alfabetização nos primeiros anos escolares, a criança com dislexia possui dificuldade em varias áreas como: escrita, leitura e memorização, possuindo um baixo rendimento escolar, sendo disciplinados pelo sistema pouco qualificado para prevenção e diagnóstico dessa psicopatologia, mesmo apresentando certas dificuldades o disléxico possui uma criatividade que pode ser a chave para uma compensação no que lhe falta. A presença de um psicólogo no âmbito escolar é essencial para realizar as práticas preventivas, testes e ações que englobem o contexto infantil e melhor equipando o aprendizado das crianças, estabelecendo uma inexorável base para o futuro. Dentro da Abordagem Humanista o psicólogo compreende que o disléxico tem a capacidade de aprender, entretanto ele ainda não chegou a sua auto-realização, tendo o profissional a função de facilitador nesse processo, criando estratégias que ajudem a criança, pelo viés dos pilares da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), que é a Compreensão Empática na qual o psicólogo vai colocar-se no lugar do outro, a Congruência é a capacidade de ser verdadeiro em relação aos seus sentimentos e a Consideração Positiva Incondicional onde ele vai considerar o outro e aceita-lo dentro de seus sentimentos, pensamentos e atitudes sem pré-julgamento, e como resultado pode desencadear na criança a Tendência Atualizante.

2 ASPECTOS CLÍNICOS DA DISLEXIA

A dislexia é uma disfunção leve de leitura, encontrada principalmente em crianças que apresentam diversas dificuldades no aprendizado da linguagem e escrita, ocorrendo com maior freqüência em meninos. É incluída no transtorno específico de leitura, que é um comprometimento específico e significativo no desenvolvimento das habilidades de leitura. O termo dislexia é usado em referência a um padrão de dificuldades de aprendizagem caracterizado por problemas no reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de decodificação e dificuldades de ortografia. (DALGALARRONDO, 2008; WHO, 1993; APA, 2014).

Os sintomas do transtorno de aprendizagem incluem leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta, com esforço e dificuldade para compreender o sentido do que é lido. Há também dificuldades para ortografar e complicações com a expressão escrita, incluindo dificuldades para dominar o senso numérico (fatos numéricos ou cálculo) e dificuldades no raciocínio. Neste transtorno é necessário especificar se há prejuízos na leitura, ou seja, precisão, compreensão, velocidade ou fluência na leitura de palavras. Se há prejuízo na expressão escrita, ou seja, imprecisão na ortografia, na gramática e na pontuação, clareza ou organização da expressão escrita. Ou se é específico em prejuízos na matemática: com senso numérico, memorização de fatos aritméticos, precisão ou fluência de cálculo e raciocínio matemático (APA, 2014).

Estima-se que a dislexia atinge entre 5% e 15% das crianças em idade escolar. A escolaridade obrigatória tornou mais evidente a esse transtorno, pois houve o acesso de grande parte da população à linguagem escrita. Assim, as primeiras descrições de aparecimento do transtorno datam do final do século XIX. A causa foi atribuída à técnica de aprendizagem da leitura ensinada nas escolas, mas os transtornos não são puramente redutíveis a erros pedagógicos (MARCELLI, 2010).

A dislexia é considerada um transtorno do neurodesenvolvimento e freqüentemente começa a ser percebida no início da alfabetização. Ela deve ser diferenciada da dislexia adquirida (também chamada de alexia), na qual a perda da habilidade de leitura é relacionada a uma lesão cerebral específica, e em geral acontece após o indivíduo ter aprendido a ler (SEABRA, DIAS, ESTANISLAU et al. 2014).

Os erros constatados nesse contexto, que também são banais no início da aprendizagem, assemelham-se aos que se observam na leitura: confusão, inversão, omissão, dificuldades de transcrever os homófonos (os homônimos não homógrafos: chá-xá, seco-ceco, etc.), confusão de gênero, de número, erros sintáticos grosseiros (a gente-agente) (MARCELLI, 2010).

Entre as principais teorias que abordam os aspectos cognitivos da dislexia, a teoria fonológica é a mais bem aceita. Ela sugere que esse transtorno leva a prejuízos na representação, no armazenamento e na evocação dos sons falados e escutados. Essa falha no processamento fonológico impede a pessoa de correlacionar grafemas (símbolos) com fonemas (sons) que são fundamentais para a aquisição da habilidade de leitura (SEABRA et al., 2014).

2.1 CAUSAS DA DISLEXIA E DIAGNÓSTICO

As causas da dislexia são neurobiológicas

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