A Demanda e o Desejo
Por: LeoFenrir37 • 17/6/2018 • Resenha • 945 Palavras (4 Páginas) • 219 Visualizações
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Universidade Estácio de Sá
Campus Niterói
Tópico Especial em Psi e Prev e Pro de Saúde I
(Psicoterapia Infantil)
Os Atrasados não Existem
Leandro Brito - 201307317715
Professora: Ana Lucia Ribeiro
Niterói,
Maio, 2018
Os Atrasados Não Existem
Capitulo Dois: A Demanda e o Desejo
O presente trabalho apresenta um resumo sobre o capitulo dois do livro Os Atrasados não Existe, A Demanda do Desejo.
Nesse capitulo nos diz que para uma criança aprender é necessário que ela manifeste o desejo de aprender, nesse caso nada e ninguém deve ser obrigado a desejar.
Esse “saber” é o objeto do desejo dos pais, onde não é necessário nenhum imperativo para que a criança se apodere desse saber.
O capitulo se inspira nas categorias lacanianas da necessidade, da demanda e do desejo, onde se vê que a demanda vem “esmagar” o desejo de aprender em algumas patologias.
Desde cedo as crianças são bombardeadas com a demanda que lhe é feita, ela deve aprender, ser bem-sucedida, ser o melhor. Alguns pais acabam se inquietando com as performances intelectuais de seus filhos, e com a suas possibilidades de sucesso ou a falta delas, e muitas vezes acabam acelerando o processo de aprendizagem dessa criança.
Neste contexto a contexto essa criança acaba percebendo como deve responder a uma determinada expectativa. Esse sucesso esperado é exatamente o objeto de satisfação que ela deve acabar proporcionando aos pais. O fato de tirarem boas notas, um bom desempenho e um bom currículo acadêmico, são destinados a dar prazer aos pais.
Durante algum tempo ela pode corresponder de forma agradável a essa demanda dos pais, só que mais cedo ou mais tarde, ela terá que se confrontar com o seu próprio desejo.
Além de toda demanda gerada pelos pais, existe ainda a pressão externa, gerada pela sociedade, criando assim, uma grande angústia, onde a criança tem uma enorme dificuldade de identificar e lidar.
Nos discursos onde o sucesso é sempre esperado e desejado não é sustentado apenas pelos desejos dos pais, as crianças ouvem de todos a sua volta, incluindo seus professores.
Esses professores também são submetidos a pressão do sucesso, onde as turmas pelas quais respondem devem ter um alto índice de performance para que todos os alunos consigam passar para o próximo ano.
Já os bons resultados desses alunos acabam fazendo os bons mestres serem reconhecidos pela direção, pelos pais, pelos alunos e a sociedade, com tendo um bom desempenho.
Essa competitividade acaba gerando uma angústia, ela se manifesta em todos os níveis, sendo mais nociva particularmente durante os primeiros anos de sua aprendizagem escolar. Gerando uma inquietude ligada às performances e sendo assim, gerando questionamentos, como: Passara de ano? Terá maturidade?
Os julgamentos terão sérias consequências que podem ser determinantes para o prosseguimento da escolaridade, podendo até modificar e deteriorar as relações com o ambiente.
Nem sempre a criança faz a separação entre um julgamento de valor e o amor que alguém lhe dedica.
Desde muito cedo, nos seus primeiros dias de vida, a criança se joga na exploração do seu corpo e do seu ambiente, parte para a descoberta de mesma e do mundo que a cerca para garantir seu domínio.
O desejo de saber e a necessidade de compreender estão dentro dela e sempre se prolonga através dos seus inúmeros questionamentos que ela virá a fazer. A curiosidade, o prazer da descoberta e a aquisição de conhecimentos fazem parte da dinâmica da vida.
Esse desejo de saber, onde Freud assimila a uma pulsão, a pulsão da epistemofilica, é inibida. Em Inibição, sintoma e angústia, Freud define inibição como a “expressão de uma limitação funcional do ego que pode ter origens diferentes”.
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