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A Difícil comunicação no contexto interdisciplinar: “Quem sabe mais?”

Por:   •  14/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  927 Palavras (4 Páginas)  •  226 Visualizações

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NOME DO ALUNO (A): Isabel Cristina Greff do Amaral

ATIVIDADE: 1ª atividade

CURSO: Psicologia Hospitalar

A difícil comunicação no contexto interdisciplinar: “Quem sabe mais?”

Tendo em vista o texto: O SETTING TERAPÊUTICO E O CONTEXTO HOSPITALAR, de Iris Teresa Lafuente Avila, revisado pela Me. Daniela Cristina Mucinhato Ambrosio, como base teórica, nos foi proposto à construção de um texto pautado nos principais elementos descritos por Almeida (2000), apontados como critérios fundamentais para o exercício em equipe multidisciplinar. Partindo desse pressuposto o texto discorre sobre quais desses elementos o profissional da Psicologia acredita ou visualiza em sua prática como sendo os mais complexos de serem desenvolvidos.

Vivenciamos ao longo dos anos um período de transição no quesito saúde, principalmente no que tange a questão das relações. Bem sabemos que até bem pouco tempo atrás vivíamos sob a ótica de um modelo biomédico, voltado para o saber do profissional da medicina e das medicalizações, fora a parte seus sofrimentos e suas questões subjetivas, o que consequentemente vinha fragmentar o paciente.  Com a necessidade de um olhar mais atento, humano e holístico para o sujeito caminhamos no sentido de ampliar esse conceito para uma visão biopsicossocial,  cuidado integral a saúde, ou seja, um olhar para o sujeito como um todo, um ser nas suas relações, um organismo biológico, um ser psíquico na sua subjetividade, mente e comportamento.

De acordo com Fossi e Guaresch (2004), em que as autoras citam Foucault, discorrendo em relação à tendência da ocultação do poder o qual nem sempre assume uma postura negativa,

 é impossível pensar em qualquer relação humana sem pensar nas relações de poder que permeiam, induzem, formam saberes e produzem discursos. É o que Foucalt nos ensina em microfísica do poder (1979/1984). Cabe ressaltar que poder não é um objeto e sim uma relação, e que também não é sempre negativo, ele é mais que uma instância repressiva, ou seja, o poder pode ser também positivado pelos sujeitos. Um aspecto importante do poder é sua tendência a ocultar-se, inclusive negativisar-se, apresentando-se como uma exigência natural ou razão social, de acordo com Martins (2003). Para que haja a manutenção de um discurso dominante em uma instituição, são necessárias práticas que o legitimem e operem no sentido de reprimir manifestações contrárias. Desta forma, os profissionais da área da saúde tornam-se (re) produtores de uma postura médica que não é imposta, mas sim “indicada como um padrão a ser seguido, sem crítica alguma. É neste momento que fica claro o exemplo das relações de poder nas relações estabelecidas nas equipes multidisciplinares. Tal poder se estabelece no cotidiano através do exercício da medicina, ou de outra disciplina da área da saúde, ele controla o saber e o fazer médico, normatizando os profissionais. (Martins, 2003).

Bem sabemos, no entanto da dificuldade do profissional da medicina o qual “detém” o saber – poder, dificuldade essa de sair dessa posição cristalizada que vem os colocando como privilegiados ao longo dos séculos, não só em relação ao paciente, mas como também nas suas relações de chefia para com a equipe multiprofissional. Toda equipe requer saber a função de cada indivíduo que a compõe, diálogo, respeito e flexibilidade também fazem parte desse contexto para que todos possam desempenhar seus papéis objetivando um trabalho com resultados voltados para o coletivo, para o bem comum, visando à saúde na sua integralidade, uma melhora significativa e qualidade de vida para o paciente.

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