A Dispersao Do Pensamento Psicologico
Monografias: A Dispersao Do Pensamento Psicologico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rosaliaromero • 1/10/2013 • 481 Palavras (2 Páginas) • 518 Visualizações
Um breve olhar sobre a história do pensamento psicológico aponta para o atravessamento de
diversas questões conceituais, metodológicas e epistemológicas na constituição e delimitação do
campo e do objeto de estudo da Psicologia. Tal quadro pode ser cartografado como um arquipélago
representado por uma “confederação sem centro de sistemas, escolas, pequenas teorias e práticas dispersas”
(Ferreira, 2006, p. 228).
Ainda é importante ressaltar que as idéias psicológicas foram sendo gestadas em diferentes
países da Europa e nos Estados Unidos, assumindo a influência da composição de forças do tecido
social e cultural do país de origem e marcadas pela esperança na ciência como conhecimento, que
solucionaria os problemas humanos. A definição do objeto de estudo da Psicologia sofreu alterações ao
longo do tempo, o que é ressaltado por Gomes (2005, p.107) ao considerar que “da alma substancial da
Psicologia racional ao ‘eu’ fenomenal da Psicologia empírica o progresso em direção do psiquismo foi enorme,
pois o objeto da Psicologia desceu do céu transcendente da metafísica para o solo fenomenal da ciência”
O breve contexto apresentado configura certas peculiaridades do saber e do pensar psicológico
que se desdobram em “um espaço de dispersão”, constituído pela utilização de diversas perspectivas
epistemológicas, metodológicas e conceituais. O objetivo deste artigo é contribuir para compreender
a natureza dessa dispersão, com base em um breve percurso sobre a história da Psicologia apoiado
nas condições que concorreram para a produção das diversas teorias e sistemas que constituíram o
projeto da Psicologia como ciência independente, dialogando-se com texto de Bruno Latour (1994)
para empreender tal dispersão como constituinte do saber psicológico.
A Psicologia científica, vinculando-se à influência do Positivismo, revelava a idéia de uma
Psicologia capaz de se fundamentar no modelo da Física, preocupada com o rigor da quantificação.
Wilhelm Wundt (1832-1920), amparado pelas críticas de Comte à utilização de uma metodologia
introspectiva para o estudo dos processos mentais, recorreu tanto ao método experimental para os
estudos desenvolvidos pela Psicologia fisiológica quanto ao método histórico para a investigação da
Psicologia dos povos (Penna, 1997). Fundou, segundo Gondra (1997, oficialmente a Psicologia como
disciplina acadêmica formal ao estabelecer o primeiro laboratório na Universidade de Leipzig,
Alemanha,
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