A EQUIPE DE PSICODIAGNÓSTICO
Por: Cristiane Souza • 27/9/2020 • Relatório de pesquisa • 2.400 Palavras (10 Páginas) • 148 Visualizações
- INTRODUÇÃO.
Este relatório visa apresentar as atividades inerentes ao estágio profissional supervisionado I, apresentando a teoria e as práticas que compõem um processo de psicodiagnóstico.
O estágio profissional supervisionado I é composto por uma parte teórica e uma parte prática, o momento teórico foi administrado ás sextas-feiras durante o segundo semestre de 2019, entre às 15:00hr e 18:00hr. Inicialmente é realizada a orientação sobre a literatura pertinente ao psicodiagnóstico e no decorrer do estágio inicia-se a supervisão a partir do relato do aluno sobre o que ocorrerá nas sessões e as conseguintes orientações para as próximas sessões. No que tange a parte prática do estágio, depois de selecionado e realizado contato do aluno com o paciente, iniciam-se as sessões no serviço de psicologia aplicada Universidade Veiga de Almeida onde o aluno é capaz de interagir com o paciente e por em prática o que foi aprendido durante a supervisão.
A equipe de psicodiagnóstico, supervisionada pela professora Tânia Abreu da Silva Victor, se propõe a identificar as principais demandas advindas do mais diverso público. As utilizações de testes dos mais variados modelos auxiliam na proposição de uma hipótese diagnostica assertiva e corroboram com as inúmeras fontes na melhor forma de encaminhar o paciente para um melhor tratamento psicoterapêutico e/ou psiquiátrico.
A escolha pelo psicodiagnóstico se torna desafiante a cada sessão, poder observar a psicodinâmica através da escuta e do acolhimento e por vezes fazer uso de testes para aprofundar o conhecimento sobre as principais características encobertas na fala do indivíduo, tornam a prática prazerosa e ampliam o caráter cientifico da psicologia. A elaboração de um laudo, que esteja de acordo com o que preza o Conselho Federal de Psicologia (CFP), embasado pela resolução 06/2019 do próprio CFP, coroa o processo de psicodiagnóstico e orienta a fonte do encaminhamento sobre o caminho a seguir a partir da hipótese diagnóstica verificada durante todo o processo.
Cabe enfatizar que o Estágio profissional supervisionado I, faz parte do currículo acadêmico da Universidade Veiga de Almeida e é uma exigência para a conclusão do curso e obtenção do grau de Psicólogo.
- HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO.
Em 1933, através do sonho de Mario Veiga de Almeida, tem inicio a história da UVA. Aos 16 anos junto com sua irmã, Maria Anunciação de Almeida, começa a alfabetizar as crianças que, com dificuldade de leitura, não conseguiam acompanhar a catequese na igreja de Santo Cristo, onde desenvolvia uma atividade voluntaria. Utilizavam como sala de aula a mesa de jantar da modesta residência onde viviam adotados por seus padrinhos, uma vez que perderam seus pais ainda quando crianças.
Em 1937, a sala de aula improvisada muda de endereço, para uma casa com poucas salas de aula, surgindo a primeira escola, o colégio Sagrado Coração de Jesus.
O ensino superior inicia em 1971, com a criação da Escola de Engenharia Veiga de Almeida, com cursos de Engenharia Civil e Engenharia Elétrica. Em 1992, a criação de novos cursos leva ao reconhecimento e a oficialização por parte do Ministério da Educação e Cultura (MEC) da Universidade Veiga de Almeida, que nos dias atuais conta com cinco campi e um centro de excelência em saúde.
O estágio em Psicologia e atividade obrigatória do curso de formação em Psicólogo segundo a lei de regulamentação da profissão de Psicólogo (Lei 4.119 de 27/08/1962 – regulamentada pelo decreto n° 53.464 de 21/01/1964), devendo o aluno realizar 840h, no mínimo, para a obtenção do grau de Psicólogo.
Para o cumprimento da Lei o Serviço de Psicologia Aplicada oferece diversas modalidades de estágio, sob supervisão. O plano de estágio dos setores atende à especificidade do SPA e às ênfases dadas ao curso de Psicologia: sócio institucional e clínico-institucional.
O serviço de Psicologia Aplicada – SPA da Universidade Veiga de Almeida tem dois objetivos fundamentais bem delineados: contribuir para a prática na formação de Psicólogo dos alunos do curso de psicologia e propiciar atendimento de qualidade para a comunidade. Para fins funcionais, se divide em setores considerados subestruturas encarregadas, primordialmente, do planejamento e da supervisão de estágios, adequando a formação profissionalizante às ênfases do curso de psicologia.
Cada setor referenda um campo de inserção da prática da psicologia, assim como as linhas teóricas que servem de fundamento para o pensamento psicológico, devendo estar constituído por um ou mais supervisores que formarão as equipes de atendimento conforme sua orientação teórica e as especificidades de suas práticas.
Desta forma as diversas propostas de atuação da Psicologia estão representadas no SPA em setores que por sua vez refletem suas especificidades através de objetos e planos de trabalho elaborados e tratados de forma independente.
O estágio de formação profissional vias coerência e integração com as ênfases do curso de Psicologia e também a articulação de maneira eficiente entre teoria e prática. Busca-se coerência e continuidade entre o conteúdo ministrado em sala de aula e nas atividades desenvolvidas na prática do aluno.
Desta forma pode-se identificar como as atividades de estágio se inserem no fluxograma curso de Psicologia e a procura de articulação entre as disciplinas ao longo da formação teórica que servem de base para as atividades dos alunos no SPA.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sabe-se que a introdução de testes na psicologia remonta o final do século XIX e inicio do século XX a fim de delinear um caminho da cientificidade para a ciência psicológica que era vista com descrença pela comunidade cientifica devido as suas características metodológicas que não se enquadravam no padrão das ciências naturais.
À medida que se concretizava como ciência, ampliando seu escopo investigativo na proposição e verificação de veracidade de hipóteses, a psicologia começa a se fortalecer como um amplo campo de produção de saber capaz de converter suas descobertas em prol da comunidade se tornando essencial para evolução do pensamento critico individual e coletivo.
Com o passar do tempo, a psicologia se fortalece como ciência e profissão e a aplicação de testes se torna característica inerente ao profissional de psicologia. O entendimento do uso de testes com o propósito clínico leva a formulação do psicodiagnóstico como uma ferramenta da avaliação psicológica que busca identificar as potencialidades e limitações da psicodinâmica do sujeito, seja ela de origem psicopatológica ou não, infere um caráter investigativo e necessariamente cientifico ao processo que durante seu percurso levanta hipóteses diagnósticas e verifica suas veracidades utilizando as mais diversas técnicas que auxiliam desde a compreensão do real motivo do encaminhamento até a formulação do laudo e sua posterior devolução ao paciente.
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